Depois das Sombras

Audiência

Dia da audiência.

Eu estava uma pilha de nervos.
Assim que acabamos os estudos, fui direto para uma sala do Ministério, nem tive tempo direito de comemorar. Eu tinha dito a Kingsley que iria usar o Veritasserum e ele concedeu. Eu não sabia o que estava acontecendo do lado de fora, não conseguia comer nada, estava enjoando por nada.

- Scárina Malfoy? - Um segurança abre a porta

- Sim. Eu mesma. - Me levanto

- Está na hora, poderia me acompanhar? - Ele diz

- C-claro.

Eu estava gelada, tremendo. Mas tudo passou quando eu vi meus amigos. Pansy e Blaise eram meus irmãos, eu sabia que eles iriam fazer de tudo pra me tirar dessa. Hermione e Rony são uns amores, nunca imaginei ser amiga deles. E Harry, o famoso Harry Potter, O Menino que Sobreviveu. Eu o amava, nunca imaginei, eu amar alguém. Sempre fui a que pega e não se apega, mas eu me apaguei de mais. Ele da um breve sorriso, como se estivesse dizendo " vai dar tudo certo".

- Aqui. Beba, tem o Veritasserum. - Um dos aurores diz e me entrega um copo. E eu não penso duas vezes, viro o copo. Um gosto amargo. Ele me direciona para o meio e eu me sento em frente ao Ministro.

- Poderia nos dizer seu nome, idade e quando nasceu, quem são seus pais? - Kingsley ordena

- Meu nome é Scárina Narcissa Malfoy. Tenho 19 anos e nasci no dia 05 de Junho de 1980. Meus pais são Narcissa Malfoy e Lucius Malfoy. - Digo.

- Como era sua infância? - Kingsley pergunta. E eu sinto a Veritasserum fazer efeito.

- Bom, eu nem sei como dizer. Mas era péssima. Meu pai nunca me quis, ele queria um menino, e veio uma menina, a vergonha da família, ele sempre deixou isso claro. Ele me batia quando fazia alguma coisa errada. Minha mãe tentava o impedir, mas ele batia nela também. Olha... crianças fazem bagunça não é? Porque eu não podia fazer nada que ele vinha com a bengala dele e me batia. Até que quando fiz dez anos, aconteceu uma coisa muito ruim. Eu fui violentada por um homem que eu nem conheço. E faz pouco tempo que descobri que foi meu pai que ordenou o estupro. Tudo o que fiz foi esquecer. Tentei ser uma boa filha, e consegui. Bom, até eu conhecer o Potter. Ele dizia que um mestiço não poderia ser melhor que um puro sangue. Ou que uma nascida trouxa não poderia tirar notas mais altas que um Puro Sangue. Eu descontava minha raiva nas pessoas, principalmente em Harry.

- Como a Sra. Descobriu sobre os Comensais da Morte? - O ministro pergunta

- Bom, eu não sabia que meu pai era um até a 422° Copa Mundial de Quadribol. - Digo - Meu pai me disse para que eu ficasse na tenda, ele estava dizendo que algo grande iria acontecer. Aí ele saiu. Eu comecei a escutar uns barulhos estranhos e fiquei com medo. Sai pra ver o que estava acontecendo, foi quando vi, uma porção de pessoas mascaradas marchando e atacando fogo por todos os lados. Eu corri, e trombei com um dos mascarados. Era meu pai. Eu fiquei em choque, e ele irritado, me lançou uma Cruciatus por eu não ter obedecido. Foi isso, depois disso eu só me lembro de eu acordando em casa.

- Como virou uma Comensal da Morte? - Ele pergunta

- Bom, eu nunca quis ser uma. Mas foi no meu sexto ano. Meu pai falhou em uma missão que Voldemort tinha lhe dado, que era roubar a tal da profecia de Harry. Bom ele falhou, e então Voldemort propôs que eu me tornasse um deles, e fizesse a missão. Em troca ele perdoaria a minha família, caso o contrário, ele mataria a todos. Eu não estava nem aí pro meu pai, eu fiz isso pela minha mãe. E então eu me tornei uma deles, e ele me deu a missão de matar Dumbledore. E é claro que não conseguiria. Jamais matei ninguém. Quando Snape matou Dumbledore, ele me fez torturar o Sr. Olivaras. Minha varia não quis, pois ela é de pelo de unicórnio e não corrompe facilmente às trevas. Ele ficou furioso.

- Então a sra. Admite ter tentado matar Alvo Dumbledore? - um dos aurores pergunta

- Sim. Não só ele, tentei matar Harry Potter uma vez, mas falhei, quase matei Kátia Abell, e quase matei por envenenamento Ronald Weasley. Mas foi por pressão, por medo. Olha, eu tenho diversos problemas, e um deles é a Depressão, eu convivo com ela todos os dias, todos os dias me vem uma ideia maluca de me matar. De vez em quando eu realmente tento.

- Muito bom, agora, vamos ouvir as testemunhas.

E

sse foi mais pra vcs verem como ela sofreu todos esses anos. Amanhã sai o depoimento dos amigos dela. Qual será o veredito??