10 - A caça.

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Após ser alertada sobre uma nova descoberta, Metis correu junto de seu irmão Netuno até o ambulatório, estava curiosa para saber o que estava acontecendo.

Caminhou pelos corredores extensos e com quadros minimalistas do castelo e se deparou com a plataforma.

A plataforma tinha uma tecnologia avançada, onde eles diziam o andar que gostariam de chegar e ela, com sua inteligência artificial os levava até o andar determinado.

— Queremos ir até o ambulatório. — Netuno dizia, sua voz estava mais alta o garoto parecia estar animado.

— Você está bem, senhor Netuno!? Espero que sim! — Disse a voz feminina do "elevador".

Esse foi o tempo necessário para que eles chegassem até onde deveriam chegar, correram até as portas de vidro temperadas e chegaram ao lugar onde todas as outras sirenas aguardavam, maravilhadas.

— Metis, encontramos um humano. — Netuno saiu de sua frente, para que a mesma pudesse ver com seus próprios olhos.

Metis não pareceu muito entusiasmada, afinal, qual novidade havia em um humano?

— Uau! Que divertido! — Sorriu desconcertada tentando demonstrar empolgação.

— Irmã, sei que já sua cabeça deve estar se passando a seguinte frase: "Uau! Um humano!? O que tem de mais nisso?!", mas o que nós descobrimos sobre essa criatura é diferente de tudo que estamos acostumados a ver.

— Isso não me parece nem um pouco diferente. — Cruzou os braços fazendo uma careta.

— De acordo com minha contagem, vai acontecer mais uma vez em 3, 2 e... — Apolo segurava um cronômetro em suas mãos.

Nesse momento, um brilho esverdeado tomou conta do local e quando fixaram seus olhares para o até então "Humano", sua pele de queratina começou a bilhar feito glitter, entre seus dedos surgiram guelras e novamente a pele que agora estava brilhando tomou um aspecto áspero.

Isso poderia ser o mais impressionante, porém, escamas surgiram pelo corpo inteiro que dependendo da posição em que você via, ficava azul, verde ou roxo.

Com um toque final, as duas pernas se juntaram formando uma cauda e por fim barbatanas nos braços e pernas.

Todos já haviam visto aquilo acontecendo, mas Metis que até então estava em seu quarto ficou boquiaberta.

— Uma cauda! — Seus olhos se enxergam de lágrimas. — O meu sonho sempre foi ter uma cauda comprida e bonita como essa...

— Por isso o meu entusiasmo. — Netuno encarou sua irmã dando pulinhos de alegria.

— Posso... — Metis se aproximou com a mão para sentir, mas foi impedida por Apolo.

— Não! Nós não sabemos o que é isso é o que ele pode fazer com a gente.

— Boa coisa não é! — Nixie disparou. — Vocês sabem muito bem como somos e também sabem que sirenas com caudas são raras!

— Reforçando isso, normalmente criaturas mais bonitas, servem para nos atrair, encantar e atacar. — Indra rebateu.

— O que nós sabemos, é que eles se transformam a cada vinte minutos. — Apolo explicou para Metis.

— Então, híbridos realmente existem... —  Metis estava ainda encantada com aquele ser.

— Sim! Eles existem! — A sirena deitada se levantou falando em um tom de voz falho.

— Se afastem! — Ohana gritou. — Fiquem atrás dessa linha. As enciclopédias citam sirenas com caudas como criaturas traiçoeiras e ferozes.

Submersas - [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora