O som dos passos ao caminhar pelo corredor forrado com carpete, foram ficando mais próximos dentro do quarto. Por sua contagem, ela concluiu que haviam duas pessoas vindo em sua direção, então como de costume se enfiou nas cobertas e se escondeu.
— Metis? — A voz de Lagoona ecoou dando leves batidas na porta.
Ela não obteve o silêncio como resposta, e foi assim pelos longos duradouros dois meses no oceano Pacífico. Metis comia raramente e quando comia era em um horário quando sabia que não haviam pessoas na cozinha e não saia de sua suíte para nada além disso.
— Estou entrando. — Apolo abriu a porta e se deparou com aquela cena.
O ambiente estava sujo, escuro, abafado e muito bagunçado.
— Isso não faz bem para a sua saúde. — Apolo se aproximou da cama e sentou.
— Vamos lá, prima! Levante daí, nós precisamos de você…
— Por que não me deixam em paz? — Bufou mudando o lado. — Não viram a bagunça que causei? — Respondeu de forma ríspida com outra pergunta.
— Todos nós sabemos que não foi sua culpa. — Apolo desceu o edredom revelando os cabelos da garota.
— Estamos com saudades de te ver bem, sorrindo, realizando missões, governando. — Lagoona estava em pé.
— Obrigada pela preocupação, mas caiam fora!
— Hoje é dia de consulta! — Apolo mentiu afim de tirar a garota de seu quarto.
— Adie! Não estou afim.
Encarou Lagoona, e ela assentiu com a cabeça para que ele alimentasse a mentira, de qualquer forma seria melhor se ele a examinasse, afinal desde a coração ela não foi examinada.
— Não! — Apolo gritou. — Quero dizer, ou você vai por bem, ou te levaremos a força!
— Tem certeza de que quer medir forças com um monstro, mais uma vez?!
— Você não é um monstro. — Lagoona também se sentou levantando a prima, Metis se sentou na cama.
— Eu estou quebrada, Lagoona. — Abaixou a cabeça, deprimida.
— Eu adoraria montar todos os seus pedaços novamente. — Apolo sorriu tímido.
— Por favor, precisamos ver como está essa saúde! — Lagoona encostou em seu ombro.
— Tudo bem, se isso fizer vocês calarem a boca e me deixarem em paz depois…
— Feito, mas primeiro você precisa de um banho. — Levantou segurando sua prima pelo braço e com alguns passos já estava no banheiro.
— Será que você pode… — Antes de tirar a roupa olhou para Apolo.
— Oh céus! Mas é claro! Perdão… — Suas bochechas ganharam rubor. — Estou aqui no corredor esperando vocês.
Após tomar um banho com a ajuda de Lagoona, Metis vestiu um shorts jeans, uma regata branca e um par de chinelos. Já fazia uma semana em que a garota sequer tomava um banho.
Saíram do quarto encontrando com Apolo e indo até o andar do ambulatório. Em poucos segundos a plataforma fez com que eles parassem em frente a sala.
Apolo foi entrando aos poucos e no banco de espera estavam Justin e Ohana. O rapaz estava com um dos braços enfaixado e pendurado por uma espécie de bolsa que ligava o peso do braço ao pescoço. Já Ohana estava com o rosto um pouco inchado com bastante gases e faixas enroladas ao seu pescoço.
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Submersas - [Concluído]
Fantasy"Sereia", um termo muito antigo criado para enganar e alimentar uma lenda antiga folclórica de mulheres que pregavam peças com a sedução em rapazes e depois os matavam, nada mais que uma lenda onde as pessoas brincam, criam produtos, bonecas e até m...