Prólogo

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Era uma vez uma garota que surgiu das cinzas de um povo destruído. Banhada em mel e fogo, ela resplandeceu como uma Fênix e, das chamas que outrora consumira o seu reino, empilhara pedaço por pedaço das ruínas até que vingasse consigo a esperança. 

Deram-na o nome de Louise, e a chamaram de A Abençoada.

Ela era o legado do que o mundo poderia ser, de como todos poderiam viver mesmo sem a magia. Com isso, crescera rodeada pela graça daqueles que enxergavam nela não somente uma garota, mas alguém que poderia mudar tudo. Alguém que caminharia sobre o crepúsculo e ofereceria um alvorecer onde a morte não fosse constante. 

Ela era a sucessora ao trono de Daninty e, ao que lhe dizia a personalidade, estava destinada - segundo o seu próprio povo dizia - a mudar a sina do reino que havia muito caído no esquecimento.

Trevas líquida banhavam os seus olhos quando ela descobriu a vida e apreciou o mundo. Os seus cabelos eram cor de bronze, e sua pele era branca como a neve e delicada como seda; sua alma era como o verão e o sol e o fogo. Ela cintilava e prometia dias melhores.

E, com ela, esses dias vieram. Viveu em júbilo e em glória e apreciou isso com uma fome voraz.

Então, quando fez três anos, ela ganhou um irmão. Mas, também, perdeu a sua mãe. Quando fez três anos, Louise descobriu que a vida e a morte andavam lado a lado. 

Ela também descobriu que os seus dias de felicidade estavam contados, e que nem todo final, era necessariamente um final feliz. 

Entre Estrelas e TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora