Capítulo 1

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Talvez por conta de Evan ainda ser um adolescente que precisa pegar firme nessa reta final dos estudos na faculdade, algumas pessoas que ainda se enxergavam criminosas costumavam cometer seus crimes durante a madrugada, quando ele estava dormindo para no dia seguinte acordar cedo. Evan não queria, mas embora já soubesse usar seus poderes durante a batalha, ele não controlava a ativação deles, era como se seus poderes ainda estivessem controlando seu corpo por vontade própria, sorte que por ele ser tão forte e poderoso, ele resolvia tudo em um piscar de olhos e logo voltava para casa e dormia.

Mas, em uma dessas madrugadas em que dormia, no centro da cidade, uma casa é invadida e logo o rapaz ouve o barulho da janela sendo quebrada.

— Merda, que prejuízo! - pensou ele, já pegando uma faca pequena para tentar se proteger de seja lá quem fosse. Ou talvez não fosse nada, pode ter batido um vento que jogou algo na janela dele, quem sabe?

Com esse pensamento, ele caminhou calmamente para não fazer muito barulho até a janela quebrada, em seguida, ligou a lanterna do seu celular para iluminar o local, mas não encontrou nada, não havia qualquer objeto jogado no chão que confirmasse sua suspeita. Ao iluminar a janela, percebeu que o vidro todo havia se quebrado, o que o levou a crer que alguém invadiu a casa.

Trêmulo e angustiado, o rapaz começou a andar pela casa iluminando onde passava com a lanterna do celular, mas procurava manter a calma. Ao chegar na porta de entrada da sala, ele não encontrou nada, mas ouviu o barulho de uma respiração calma além da sua, atrás dele. Ao se virar, o coração quase saltou pela boca: havia uma pessoa à uns três metros de distância dele, com um moletom preto que possuía um capuz que cobria parte do seu rosto, apenas o seu queixo aparecia. A calça era cinza, as botas eram pretas e ele tinha um taco de baseball nas mãos. Se não fossem pela calça cinza ele acharia que era Diversus, pois o uniforme era igual, mesmo que não tivesse nenhum símbolo no peito.

Assustado, tremendo, ele praguejou:

— Q-que-quem é você? - perguntou.

Mas, o misterioso invasor não respondeu nada, começou a andar a passos lentos na sua direção. Ele tentou correr, mas as pernas tremiam demais, depois veio a sensação de estarem paralisadas. Ele então, pegou sua faca.

— Se afasta! Senão te esfaqueio todo! - ele disse, apontando a faca na direção do rapaz.

Mas, nada adiantou, quando estava perto o suficiente, em um piscar de olhos o invasor lhe deu o primeiro golpe com o taco, o fazendo logo cair no chão junto com a faca e o celular que com o impacto se quebrou e mergulhou o local em um breu completo. Mesmo assim, os vizinhos puderam ouvir os gritos do rapaz, assim como o som dos golpes do taco do invasor. Alguns segundos depois, os gritos cessaram, os golpes também, então, antes de perder a consciência, o assassino ligou uma outra luz para iluminar o local, pegou o rapaz pelos cabelos e olhou bem no fundo dos olhos quase fechados de tão inchados dele.

— Apodreça no inferno. - disse o invasor, num sussurro quase inaudível, com uma voz grave.

Ele então soltou o rapaz, deixou um bilhete ao lado do corpo e foi embora pela mesma janela quebrada em que entrou. Evan não ouviu os gritos e nem a confusão que se seguiu porque estava combatendo outro crime, ainda que inconscientemente, por isso não se deu ao trabalho de tentar sequer impedir, mas isso não duraria pra sempre.

...

Na manhã do dia seguinte, o corpo daquele rapaz estava no necrotério, já que um vizinho conseguiu entrar dentro da casa e chamar a polícia que eles pudessem ir até lá, mas como o assassino já tinha ido embora e levado todos os documentos dele, levaram o corpo ao IML e começaram as investigações.

Diversus - Sede de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora