Capítulo 11 - Nova Aliada

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Alguns minutos depois que o prédio desabou, a polícia finalmente chegou e não se preocupou tanto, afinal, aquele prédio era abandonado e todo mundo sabia disso, portanto, não havia algo com que se preocupar. Porém, eles ainda tinham que ir até lá para poder fiscalizar e interditar a área, para que nenhum curioso ousasse passar por lá, era extremamente proibido e perigoso.
Mas, o que eles viram foi algo bem diferente, como os escombros haviam acabado de chegar, ainda havia bastante poeira no local, então tiveram que parar.
— Vasculhem toda a área. - ordenou Augusto.

Eles caminharam por algum tempo pelos destroços do prédio, não encontrando nada de especial, só escombros. Quando pensaram que não iriam encontrar nada, Augusto começou a dar meia-volta quando ouviu um de seus ajudantes.

— Ei doutor, vem ver isso aqui. - falou ele.

Augusto se aproximou e, ao olhar o que era, ficou em choque, uma camisa preta rasgada e coberta de sangue. A princípio, considerou ser do tal assassino, mas quando viu o símbolo branco no peito, um pouco rasgado e ensanguentado, percebeu que era de Evan.

— Essa não. - suspirou ele.

Mas, ele não teve muito tempo para ficar de luto, pois ainda havia os corpos queimados das garotas.

— Não sabemos quem são, mas precisamos levar esses corpos pra examinar. - disse outro rapaz.

Com a camisa ensanguentada e rasgada de Evan na mão, Augusto ajudou a colocar os corpos no carro, mas ele estava confuso, pois se Evan realmente morreu, por quê só a camisa dele estava lá e o corpo não? Teria o assassino levado o corpo dele para outro lugar? Talvez tenha o jogado no mar, exatamente.

— Depois de verificarmos os corpos, procurem o corpo do garoto em outro lugar. - disse ele.

— Que outro lugar senhor?

— Sei lá, talvez dentro do mar, em alguma vala, não pode o corpo dele sumir assim.

— O senhor acha que... - um outro começou a dizer.

— Sim, esse fulano aí terrorista deve ter escondido o corpo para não o acharmos, ou para torturá-lo e depois matá-lo. Talvez despistar a gente. - completou ele.

— É, faz sentido. Mas precisamos avisar a mãe dele.

— De jeito nenhum, se avisarmos aí mesmo que ela vai acabar surtando ou até infartando. E acho que já perdemos gente demais nessa cidade.

— E ela vai ficar em casa sozinha, esperando ele voltar? Ela tem que saber senhor. - bufou ele.

Augusto suspirou, ele tinha razão, Mikaela precisava saber do ocorrido. Por isso, ao chegarem na delegacia, um grupo de seguranças levou os corpos para um necrotério e ele logo ligou para Mikaela, que em poucos minutos chegou, desesperada.

— Doutor, o que aconteceu? Me fala! - suplicou ela, visivelmente assustada.

— Bem, estávamos fazendo uma blitz pela cidade quando ouvimos o barulho de um estrondo forte em uma das ruas e fomos até lá. Então, encontramos um prédio totalmente caído, tinha demolido sozinho. - começou ele.

— E daí? - ela questionou, irritada.

— Daí que fomos fazer a interdição do local e encontramos isso.

Então, ele estendeu a mão, mostrando a camisa de Evan com o sangue já seco.

— Isso... isso é... - ela falou, com a respiração ofegante, pegando a camisa.

— Sim, é do seu filho. Mas calma, o corpo não estava lá, então deve estar vivo por aí em algum lugar. - ele disse.

Mas de nada adiantou, Mikaela desabou no chão, chorando, abraçada à camisa do filho, totalmente desamparada e desesperada. Seu filho agora provavelmente estava morto e ela não podia sequer se despedir dele, pois o corpo tinha sumido.

Diversus - Sede de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora