the proposal | sibina

donzela em apuros

P.O.V Sabina

Volto à minha casa, como Diarra havia ordenado, troco a roupa encharcada de café por outra roupa social sem graça, mas que ao menos caíam bem em meu corpo. Depois vou à cafeteria, porém dessa vez, eu não precisava enfrentar uma fila gigante para pegar o café.

- Saby, voltou aqui por quê? - Shivani pergunta ao me ver entrar na cafeteria pela segunda vez no dia.

- Acredita que aquela loira que brigou comigo na fila esbarrou comigo lá fora e jogou o café todo em cima de mim?

- Meu Deus, eu pagaria para ver a cena - ela segura o riso ao ver minha expressão fechada, mas não aguenta e acaba rindo.

- Krystian teve a honra.

- Ah não, mas pelo menos eu vi o barraco, a parte fofoqueira de mim estava se controlando para não rir da sua cara com a briga com a loira lá, mas eu tinha que ser profissional né.

- Você é podre.

- Eu acho que só sou sedenta por qualquer novidade, e a treta que rolou entre vocês duas foi uma.

- Ela também era um pé no saco, ok que eu não tinha que ter furado fila, mas também precisava de tudo aquilo?

- O que você faria se ela tivesse furado a fila e você estivesse há minutos na fila esperando para ser atendida? - ela pergunta com um sorriso convencido no rosto, sabia muito bem que eu faria o mesmo, ou até pior.

- Não me enche, Shivani - reviro os olhos a fazendo rir da situação.

- E foi mal por hoje cedo ok? - Shivani me olhava enquanto fazia a contagem do meu pedido, cujo já sabia de cor - Sabe que eu te daria o café tranquilamente se ela não tivesse reclamado.

- Está tudo bem, Shiv, - sorrio para passar à ela verdade no que falava - isso podia te prejudicar, eu que devo pedir desculpas, não deveria ter te pedido algo assim só por você ser minha amiga.

- Relaxa, Saby, já foi - ela prepara meu pedido, e logo me entrega, a agilidade de Shivani era impressionante - Aqui, e boa sorte com a Tenente Sylla - rio com o apelido, ele surgiu em uma noite que Shivani, Krystian e eu estávamos bebendo em minha casa, e quando eu disse que ela mandava em mim, e eu era como uma escrava, a indiana não se contentou e acabou criando o apelido, que acabou pegando devido ao seu jeito prepotente.

Volto ao escritório, e dou à ela o café. Vou até a minha mesa, que ultimamente era o único lugar que me trazia um pouco de paz, haviam fotos das minhas irmãs e dos meus pais, junto com uma foto da Shelby, a qual eu tive o prazer de deixar maior que as outras, visto que ela era a única coisa que me alegrava. Sigo cada um dos mandamentos de Diarra, que hoje eram muitos, checar seus e-mails e os da empresa, organizar o horário das reuniões, e ligar para as assistentes dos chefes de outras empresas para marcar mais e mais reuniões.

Surpreendentemente, Diarra me liberou mais cedo, hoje ela realmente está bem humorada, e eu nem se quer retruquei, não iria reclamar, tudo o que mais precisava era relaxar e me distrair, então decidi mandar mensagem para Joalin, minha melhor amiga e minha transa nas horas vagas.



Bom, Joalin e eu temos uma relação exclusiva, depois dela ter terminado um relacionamento conturbado há uns dois anos atrás, e eu estar solteira há um tempo suficiente que nem me lembro qual foi a última vez que beijei alguém que não fosse a loira, decidimos adicionar sexo à nossa amizade, nós sempre fomos próximas demais, e ela é uma pessoa incrível, arrisco dizer que seria a melhor pessoa do mundo para eu me apaixonar, mas infelizmente não consigo vê-la além de uma irmã, e no final do dia, é isso que somos, irmãs - irmãs que acordam nuas na mesma cama - mas ainda sim irmãs.