Psiquiatra De Um Assassino

Um Novo Problema

                                              Maratona 4/7

                                            Any Gabrielly

Encarava a todo tempo o desgraçado do Robert para ter a certeza de que ele receberia todo o castigo que merece. O juiz e o júri decidiram que o mínimo que ele merece é prisão perpétua, mas isso antes de várias pessoas começarem a se pronunciar indicando que também eram vítimas de Robert. Enchi-me de alegria por perceber que eu não estava sozinha e que havia mais pessoas que passaram o mesmo que eu.

Após escutarmos todos os depoimentos, eu pude perceber que tinha casos piores que o meu e isso me assustou muito inclusive. Vendo a cara que todos faziam, olhando para o culpado de todas essas atrocidades, percebi que Robert estava perdido. Ri sabendo que não havia escapatória para ele. O mesmo era um perigo para as pessoas de Nova York ou até mais que isso. E eu vi que todos perceberam isso também. Olhei bem na cara do homem que ganhou por mérito, meu ódio e repudia e vi o quanto ele começou a ficar desesperado. Ele não esperava por essa. Olhava a todo o momento para o advogado, que assim como ele, estava sem outra escapatória.

- Ordem no tribunal! - Exclamou o juiz enquanto batia fortemente o martelo na mesa. Depois de uns instantes, o lugar estava silencioso. - Visando todos estes casos que inclusive, parecem muito com o da senhorita Any Gabrielly Rolim Soares, eu e o júri não vemos alternativas além de mandar você, Robert Beauchamp para a solitária. Passará os seus dias lá até que vá para o exílio e ficará por lá a sua vida toda. - Arregalei os olhos, um pouco surpresa por ver a sua decisão final. Era muito além do que eu esperava, no entanto ainda continua muito bom porque ele nunca mais assombrará a vida, seja íntima ou não, de outras pessoas.

Quando escutei o barulho do martelo batendo na mesa quatro vezes, suspirei aliviada sabendo que finalmente o pesadelo tinha acabado. No mesmo instante que pensei nisso, imediatamente lembrei-me de Josh e meu estômago começou a si contorcer de nervosismo. Já havia se passado duas horas que ele tinha ido embora e minha preocupação tinha aumentado consideravelmente. Eu sei que errei por não dito nada a ninguém quando eu precisava, mas nós estávamos passando por tanta coisa ao mesmo tempo, que eu não dei a devida importância para minha gravidez. Sei que ele deve estar magoado e quando Josh sente as emoções negativas, não consegue controlar a si mesmo. Sei exatamente o que ele fará. Sinto-me culpada por não ter conseguido pará-lo.

- Any? - Despertei quando escutei a voz de minha melhor amiga se aproximando. Levantei-me rapidamente, grunhindo por sentir tontura e ter que sentar novamente para passar a sensação. - Você está bem? Quer que eu chame alguém? - Suspirei, fechando os olhos sabendo exatamente o que ela quis dizer.

- Não Sabi, está tudo bem sim. Eu só preciso ir para a casa. - Afirmei, encarando seus olhos preocupados.

- Nós precisamos conversar urgentemente. - Assenti, não querendo escutar sermão agora. - Como assim você está grávida? Aconteceu alguma coisa entre você e aquele monstro quando você estava naquela casa com ele? - Perguntou, alterando um pouco a voz.

- Sabina, por favor, eu não quero falar sobre isso. Ainda não sei se estou grávida, mas se estiver, eu sei, com certeza, quem é o pai.  Mas, por favor, não vamos falar sobre isso agora. - Suspirei frustrada. - Parece que quando eu consigo resolver um problema, outro maior me aparece. - Disse, começando a andar para fora do local. - Eu vou fazer o exame de gravidez para ter a certeza de que estou grávida. Porém, sei que todos vão querer saber. Eu só... Não quero falar sobre isso agora. Estou muito nervosa. Josh saiu daqui igual uma fera caçando sua presa e eu não consegui fazer nada a respeito. Tenho certeza de que ele me odeia. - Respirei fundo vendo as quatro pessoas nos esperando.