26- " A GENTE NÃO É UM CASAL"

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Anne

Acordei antes do Blythe e tentei me mover sem que ele despertasse, falhei, o rapaz acordou assustado num pulo, ficando sentado na cama, e depois caiu, nesse momento ele se apossou do móvel, totalmente esparramado. Tentava segurar a risada ao ver a cena, eu estava perto da cama colocando as mãos na boca, pensando que elas poderiam ajudar a abafar o som.

O rapaz termina seu show, na expectativa de acorda-lo, me sento na cama, um pouco abaixo da linha do seu rosto, passo levemente meus dedos pelo seu rosto, ele se assusta, num instante, não sei como, eu estava deitada na cama e o moreno em cima, suas mãos prendiam meus pulsos contra a macia mas rígida cama, seus olhos encaravam os meus, minha respiração estava desregulada, nossos narizes por milímetros não conseguiam se encontrar, ele, para me prender, estava com uma perna de cada lado do meu corpo, meus joelhos estavam flexionados e levemente inclinados para um único lado.

-Er... desculpa- ele sai de cima do meu corpo, me libertando, e sai da cama- eu tomei um susto- ele estava envergonhado pelo ato.

- é... problema não- me levanto e fico sentada na cama, olhando para o chão e pensando sobre o que acabara de acontecer-

Gilbert

Eu estava dormindo, na verdade, tendo um pesadelo que no instante que acordei esqueci, e quando dou por mim, estou em cima da ruiva deixando a moça imobilizada, nossos narizes por milímetros não se tocavam, eu encarava seus olhos enquanto tentava pensar o que eu poderia fazer. Depois de alguns segundos, noto o semblante assustado dela, a liberto e saio da cama.

Fico alguns segundos olhando pra fora da janela, quando me viro pra a cama vejo Anne sentada na mesma, ela continua assim durante um bom tempo e preocupado com a moça, me sento ao lado dela e levemente empurro seu corpo com meu ombro- cenourinha- inclino meu rosto pra tentar ver o dela e, novamente, nossos lábios quase se tocam- er... - me levanto e estendo a mão - vem- dou um sorriso de canto e a ruiva se levanta.

Fomos pra mesa e todos estavam lá - A noite foi boa?- Jerry pergunta com um sorriso cínico enquanto cortava um pão

Sorrio debochado- ótima, mas a sua deve ter sido melhor- pego uma torrada do prato em frente a Diana - deu pra ouvir até os gritos- a moça corava de vergonha, assim como o rapaz a minha frente. Anne que estava do meu lado, bate no meu ombro - ai-

- Isso lá é coisa pra se dizer- ele volta sua atenção a xícara agora em sua mão e antes de dar um gole - idiota- ela murmura.

-Hum- resmungo e depois dou uma mordida na torrada com o rosto virado completamente pro lado oposto ao da ruiva.

- esse casal é fofo até brigando- Diana comenta sorrindo enquanto observava a cena com prazer

- A GENTE NÃO É UM CASAL - Falamos em uníssono e, por alguns segundo, nos encaramos, eu observava a pupila da ruiva dilatar conforme os segundos passavam, aqueles olhos azuis, um tom facilmente confundido com o de um vasto oceano. Depois de encara-la, viro meu rosto para o lado oposto - Hum- murmuro

- Com licença- ela se levanta, pega seu prato e o coloca na pia, se desloca, provavelmente, para o quarto. Depois de alguns minutos subo e encontro a ruiva revirando as gavetas.

Anne

Depois da lamentável cena, vou para o quarto, me sento no final da cama e segundos depois me jogo nela, escuto o som das gaivotas, das ondas rebeldes que tentavam fugir do mar, porém falhavam.

Por favor, não vá - Shirbert - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora