Anne
Estávamos andando na areia da praia, conversando e rindo, até que ele pediu para que parássemos e se sentou na areia, disse que tinha uma coisa importante para falar e, quase que instantaneamente lembro do que precisava falar e o corto, perguntei sobre ontem na festa, o álcool me fez esquecer de tudo que tinha acontecido, o rapaz fala da vergonha que eu o fiz passar com um sorriso no rosto e coro envergonhada. Deixei que o rapaz falasse, ele parecia apreensivo, e quando diz sinto um alivio, estava preocupada, parecia ser algo tão sério, mas logo o rapaz me contradiz, ‘entendeu errado’, depois de travar várias vezes e, como uma bomba explodindo, ele diz ‘Anne, eu te amo’
Pensei que era mais uma de suas piadas, mas ele talvez não esteja fazendo uma, talvez seja real, mas como poderia ser, ele nunca disse isso pra ninguém, como poderia ter certeza, eu nunca falei isso, não entendo muito bem esse tal ‘amor’, só leio sobre, sim eu gosto dele, muito na verdade, mas ama-lo? Eu não tenho certeza.
Gilbert- er... não... não...não- ela repete – não pode ser... Gilbert, fala que é mais uma das suas brincadeiras sem graça... por favor... eu imploro- lagrimas escorriam por seus olhos
- Não- falo baixo
- O que? - ela pergunta com um pouco de esperança de que tudo fosse só mais uma brincadeira infantil
- não, Anne, não é uma brincadeira, nem uma piada, nem nada, eu estou falando sério- falo alto para que ela ouvisse com perfeição- acho que nunca falei tão sério em toda minha vida- Ela cai pra trás – eu te ajudo – me levanto e estendo a mão
A ajudo a levantar – eu... eu... eu... não sei o que dizer- ela dá pequenos passos para trás- me desculpa- corre na direção oposta deixando tudo para trás.
AnneAssustada, a única coisa que eu consegui pensar foi fugir, saí correndo, quando já estava cansada, paro e caio de joelhos na areia, desabando em lagrimas, olho para trás e não vejo o rapaz, limpo meu rosto e me levanto.
Entrei na casa chorando, passei pela sala correndo quando vi Diana sozinha no sofá
- Anne, tudo bem? – a ignorei completamente e subi para o quarto, tranquei a porta e me sentei atrás dela
Gilbert
Por favor, não vá – grito, mas ela ignora- Por favor, Anne – minha voz falha e caio de joelhos na areia me acabando em lagrimas. Por um segundo abro meus olhos e vejo o chão encharcado, seco meu rosto com as costas da mão. – Eu tenho que fazer alguma coisa – pego meus pertences e os da Anne e vou para um quiosque no calçadão- Com licença – digo me aproximando
- Vai querer alguma coisa rapaz? - ela estava com um bloquinho e uma caneta na mão anotando alguma coisa, olha para meu rosto – tudo bem? - ela seca a lagrima que escorria pelo meu rosto
- Um suco de laranja, por favor- digo e me sento num banquinho no balcão- Ah, poderia me emprestar uma caneca e uma folha de papel? – pergunto a moça que estava me atendendo
- Claro- ela coloca uma folha e a caneta que estava usando antes na minha frente- aqui
Ela volta para a cozinha, mas antes que ela passasse pela porta grito- obrigado – pego a caneta e começo a escrever uma carta
A moça volta com o copo com suco e o coloca na minha frente- pronto – ela sorri- Obrigado, quanto é? - pergunto pegando a carteira no meu bolso
- é por conta da casa –
A olho surpreso – ah, não precisava –
- Você está muito tristinho -ela diz sorrindo, leva a mão ao meu rosto e seca a lagrima que escorria – ah, meu nome é Prissy- ela estende a mão
- Gilbert, prazer –
- eu tenho que trabalhar, se não ficava aqui conversando contigo – ela me abraça pelo balcão e sussurra – vai melhorar, um dia dói menos, você não vai esquecer, nem pode, mas a dor desaparece, ou quase, eu prometo- ela beija minha bochecha e vai atender o outro cliente que estava entrando.
Termino de escrever a carta e vejo que o papel estava molhado, mas eu não queria explorar a jovem que trabalhava ali, dobro o papel, escrevo o nome dela na frente.
Mando mensagem perguntando se Jerry ainda estava na casa e pedindo para que ele pegasse minhas roupas e trouxesse para esse quiosque, sem perguntar o motivo o rapaz faz o que eu tinha pedido e em 20 minutos ele estava na entrada.- O que aconteceu cara? - ele pergunta ao ver meu rosto vermelho e me abraça
- Eu falei para ela – digo tentando sorrir
- E ela?
- Saiu correndo- ele me puxa para um abraço
- Você vai embora? -
- Uhum, mas antes de ir eu preciso entregar isso para ela – mostro o papel dobrado
- Certeza?
- Nenhuma – digo e brevemente rimos
- Então vamos
- Claro – coloco uma nota de dez dólares embaixo do porta copos – muito obrigado – digo a moça que estava secando alguns copos
- Garoto, eu falei que não precisava- ela fala ao ver o dinheiro em baixo do copo
- é a sua gorjeta – digo sorrindo e ela retribui.Cheguei na casa e Diana me avisou que Anne estava trancada no quarto, ela não queria falar com ninguém. Me aproximo da porta.
- Anne, sou eu, me desculpa, eu não pensei que poderia tomar esse rumo- escuto uns barulhos baixos, como se fosse algo batendo no chão – eu estou indo embora, aproveita a viagem e desculpa, de novo- passo a carta por baixo da porta e me levanto com a cabeça baixa
AnneEstava sentada no chão abraçando minhas pernas, batendo meus pés contra o piso de madeira, criava um barulho baixo e abafado. Ao escutar a voz do rapaz meus olhos se encheram de lagrimas, não tive coragem para responder, vejo um papel dobrado com meu nome escrito, mas não tive coragem de abri-lo, ele se despede e pede desculpa.
- Anne você vai me contar tudo depois- Diana diz autoritária e eu apoio minha cabeça no joelho, viro meu rosto para a carta, levo a mão para pega-la e durante longos minutos observo o papel com meu nome e alguns lugares que ficaram enrugados pela água. Com o resto de coragem que eu tinha abro a carta e lentamente começo a lê-la.
Continua...~♡~
Eu avisei kkkk
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Por favor, não vá - Shirbert - COMPLETA
FanfictionO início tá bem ruim mas depois melhora, prometo Nessa história Anne morava com os tios no Queens Country desde os 10 anos porque seus pais viajavam muito a trabalho e como tinha que estudar não poderia acompanhar seus pais nessas aventuras. Os pai...