27-"... é errado "

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Anne

Antes de chegar no lugar da festa, era uma casa bem grande com acesso para a praia, já escutava o som alto.

Chegando na residência, várias pessoas dançando, bebendo e conversando - Boa sorte - Cole diz e sai andando quase correndo

- Eii- grito mas a música alta sobressaiu a minha voz - merda

Gilbert se aproxima de mim - ele foi embora? -

- Acho que sim- ele ri

-  Vamos pegar alguma coisa pra beber -

Gilbert

Depois de algumas latas de cerveja, as vezes um copo de ponche, estávamos sentados numa mesa perto da 'pista de dança' observando as pessoas.

- Vamos dançar- a ruiva se levanta num pulo

-Não Anne, eu tô bem-

- você tá me devendo- ela refuta

- tá mas só essa música- me levanto

A ruiva pega na minha mão e me conduz pra a pista - não prometo nada –

A música eletrônica me dava uma dor de cabeça quase insuportável, mas ver a garota pular e balançar seus longos fios vermelhos me deixava feliz, tão feliz que esqueci de tudo, da vergonha, da dor, e acompanhei a ruiva, mas alguns minutos depois, colocaram uma musica calma, romântica. Ela para de pular e me olha, estendo a mão pedindo para que dançássemos, com um sorriso no rosto, junta sua mão a minha e aproxima seu corpo do meu, envolve um de seus braços pelo meu pescoço e depois o outro, minhas mãos apoiadas na cintura da jovem a conduziam na dança enquanto seu rosto estava no meu ombro.

 A musica lenta era como um alivio para meus ouvidos, mas aquele momento de paz acabou tão rápido como chegou, as batidas voltam, mas Anne não afasta seu corpo do meu instantaneamente, lentamente levanta seu rosto e me olha, alguém esbarra na jovem, deixando nossos rostos próximos, tão próximos que nossas respirações se misturavam. Ficamos um bom tempo assim, até que eu sucumbo ao desejo, levo minha mão até sua nuca e a beijo lentamente, não demorou para que ela correspondesse intensificando cada vez mais. Porém tudo aquilo era errado, estávamos bêbados, nossa noção do que é certo ou errado estava comprometida pelo álcool, mas admito que estava adorando tê-la tão perto.

Por falta de ar nos afastamos, mas ela encarava meus olhos e eu os dela, via sua pupila dilatar gradativamente. Ela avança para outro beijo e simplesmente me afasto.

- o que foi?

- Nada, mas acho que isso é errado

- mas você que me beijou primeiro

-eu sei, mas... – ela me corta

- mas o que?

- você tá bêbada, não ta pensando direito. É melhor a gente ir pra casa-

- tá-responde irritada. Volta para mesa em que estávamos e pega sua bolsa

Fomos pra casa, durante o caminho ela não conseguia manter o equilíbrio, então a trouxe para casa apoiada em meu ombro. A levo para o banheiro – toma um banho –

- não- ela reponde como uma criança mimada

-Anne, por favor- quase implorava

- já disse que não – ela diz e vai em direção a porta


-ah é?-


- é – ela reponde grossamente

- então tá- pego ela no colo e a levo para dentro do box enquanto ela batia nas minhas costas, a prendo contra a parede, abro o chuveiro no máximo, minha pele arrepia ao sentir a agua gelada.

- Tá muito fria- ela reclama

- eu sei, mas é melhor isso do que passar mal amanhã- ela resmunga e me olha, a ponta de nossos narizes se encontravam, a jovem avança me roubando um beijo, depois solta um sorriso vitorioso e, novamente, sucumbo a um desejo escondido, intocado e, até agora, impossível. Nos beijávamos enquanto a água escorria por nossos corpos, eu não pensava em nada, essa cobiça me domava, e durante longos minutos desperdiçávamos a água, me afasto dela ao recobrar a consciência – desculpa, mas... não posso.

- Por quê? – ela pergunta confusa

- Não é certo, você está bêbada – digo e a jovem se afasta encostando seu corpo na parede.

- você poderia sair? Não quero tomar banho com você olhando- ela cruza os braços e por conseguir me olhar observava a agua escorrer ate o ralo

- claro – pego minha toalha e saio do cômodo – tomo banho no outro

- Obrigada – ela murmura num tom baixo

- nada – digo baixo e fecho a porta.

Vou para o outro banheiro e tomo o banho, volto para o quarto, a moça estava sentada na cama folheando um livro, pego um travesseiro e um lençol – ué, não vai dormir aqui? – ela pergunta com uma expressão triste

-Melhor não – sigo em direção a porta

- por favor, fica, não quero dormir sozinha- novamente a expressão triste aparece.

-tá- respondo e me deito na cama, ela apoia sua cabeça no meu peito e abraçava minha cintura enquanto eu acariciava seu cabelo ainda úmido e pensava sobre o que aconteceu hoje e se foi realmente errado, demorei a pegar no sono, mas mesmo assim acordo antes dela no dia seguinte, coloco um copo de agua e um remédio junto a um bilhete dizendo “toma quando acordar” na mesinha de cabeceira  do lado dela. Durante a madrugada decidi que hoje era o dia, o dia que eu iria falar tudo, tudo que eu sinto e já senti por ela, usaria toda a minha coragem e desabafaria.     

 
 ~♡~

Não é meme, prepare o seu psicológico
Hehe
Bjs

Por favor, não vá - Shirbert - COMPLETAOnde histórias criam vida. Descubra agora