❇ Loreta narrando ❇
O fim de semana finalmente chegou, foram 3 longos dias tendo que olhar para a cara daquela Melissa e saber que ela e Heron tinham dado um tempo me fez ter um pouco de esperança.
— Ah se eu pudesse ir com você pra toda a comilança que vai ter nessa festa. — Thaís falou.
— Eu estou animada — confessei — achei que não iria estar, mas estou.
— Você precisa sair um pouco desse inferno que está toda essa convivência com a chegada da putalissa, ou seja, mesmo que seja com o Felipe eu apoio porque pelo menos você vai estar em novos ares.
— Felipe não é esse bicho de sete cabeças, até porque se fosse eu não iria querer ve-lô nem pintado de ouro depois do que ele fez comigo.
— Eu te amo por uma dessas coisas, seu coração é bom e perdoa com facilidade Lô.
— Depende... eu perdoei sim, mas não esqueci até porque não sofro de amnesia, amiga.
— É, está certa.Ouvimos o barulho da campainha e presumi que era o Felipe porque no relógio marcava a hora que eu tinha combinado com o mesmo, Thai saiu do quarto indo até a sala e eu fechei minha mala me olhando no espelho para ver se eu estava apresentável.
— Será que posso entrar? — Felipe perguntou, parado na porta me olhando.
— Sim, juro que tentei me arrumar o mais rápido possível. — brinquei.Ele soltou uma risada breve.
— Não ligo, já teve época que você demorou mais. — falou, pegando minhas malas.
— Pode deixar que aquela ali eu levo — falei, apontando para uma que estava em cima da cama — vai descendo, só vou me despedir da Thai.
— Jaé.Ele saiu e eu sai logo atrás com a outra mala, Thai estava na cozinha preparando alguma coisa.
— Só porque vou sair você vai fazer coisa gostosa, dona Thaís? — perguntei, fingindo estar brava.
— Sis não seja dramática, quando você chegar eu faço isso umas mil vezes para você.
— Receita nova? — perguntei, enfiando a cara dentro da panela.
— Loreta! — ela me repreendeu — sim, Taniel disse que estava com saudade da minha comida.
— Ah, tá explicado então..
— Larga de ser otária. — ela disse, revirando os olhos.
— Enfim sis, fui! — disse, abraçando-a.
— Juízo e me liga quando chegar.
— Ok mãe. — zombei, saindo da cozinha.Saí do apartamento e desci pela escada mesmo, não estava com paciência para esperar elevador. Cheguei no hall e vi Felipe encostado no carro provavelmente me esperando.
— Vamos?
— Claro po, tava te esperando.Eu dei a volta e entrei no carro, Felipe entrou rapidamente e deu partida, de Floripa até o chalé de seus pais dava quase 3h e se fosse a algum tempo atrás seria enlouquecedor ficar no mesmo local com Felipe mais de 20min mas eu já estava começando a superar isso.
Durante o caminho inteiro fomos conversando coisas de todos os tipos e relembrando um pouco de quando namorávamos, certas coisas que ele falou mexeram um pouco comigo mas em nenhum momento eu deixei transparecer nada, até porque no meu pensamento a última coisa que aconteceria naquela viagem seria eu ficar com Felipe.
— Minha mãe disse que você não deve ter mudado nada. — ele disse, já entrando numa pequena estrada que dava no chalé.
— Ah, sua mãe que parece que nunca envelhece cara, sério! — falei, soltando uma risada.
— Depois que ela se aposentou se preocupa com a beleza mais do que tudo.
— E seu irmão? Lembro que da última vez sua cunhada estava grávida.
— Quando terminamos minha cunhada teve a Malu e agora minha meia irmã teve a Larissa.Eu o olhei surpresa e ao mesmo tempo contente.
— A família então deve estar em uma animação.
— Ô, nem se fala. — ele disse, rindo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brasa Incandescente
Teen Fiction''O coração é safado, tonto demais, bobo ao extremo, ordinário pra caramba! Tenta nos enganar e fazer jogo, jogo sujo. Dá golpes baixos e é chantagista da pior espécie, de quinta categoria. O coração tem vontade própria. E numa dessas vontades do me...