O restaurante era grande e requintado, separado por dois andares: o andar de cima ia até a metade do debaixo, não era totalmente fechado e sua divisória era de vidro, assim quem quisesse poderia observar claramente o que se passava no andar "vizinho". O andar de baixo era visivelmente maior, tendo duas mesas maiores, em lados opostos, como centro da organização do lugar.Quem estivesse nas mesas de frente as janelas poderia ter uma visão ampla das pessoas ao seu redor e ainda observar algumas pessoas do andar de cima. Ângela havia observado isso em um dos encontros que teve. Um dia depois, ela havia agendado uma mesa para 6 pessoas.
- Esse restaurante parece incrível! - Hugo olhava ao redor em uma animação mal contida.
- Eu geralmente prefiro ficar em casa porque posso comer o tanto que eu quiser. - Augusto fala olhando o cardápio - Mas, também estou feliz de estarmos juntos aqui.
Uma das mesas em frente às janelas estava sendo ocupada por: Augusto, Ângela e Guilherme de costas para as mesmas, assim tendo uma imagem geral do lugar e Hugo, Cassandra e Beatriz sentados a frente dos amigos com a vista do lado de fora do restaurante.
- Ângela, eu queria te parabenizar por ajudar Maria Isabel e Patricia. - Hugo encara a agente em uma expressão de admiração.
- Você ajudou? - Augusto pergunta surpreso, tirando o cardápio do rosto.
- Sim! - diz como se o assunto a entediasse.
- Você não sabia? - Hugo pergunta surpreso ao que Augusto balança a cabeça em negação - Bem, ela fez uma visita a família no último mês e ainda as direcionou a consultas psicológicas, mãe e filha.
- Por que não disse nada? - Augusto parecia uma confusão em demonstrar admiração e indignação ao mesmo tempo.
- Achei que o Hugo já tivesse te dito. - Ângela fala ainda de forma monótona - Ele também ajudou diretamente aquela mulher, então... - finaliza balançando os ombros.
- Eu não sabia! - Augusto fala olhando diretamente o marido - Mas, como elas estão?
- Mudaram de casa, estão com os pais do senhor Silva. - Ângela respondeu - Estão tentando lidar com a dor recente. A menina ainda recusa entender que o pai morreu.
- Eu nunca conseguiria trabalhar como policial - Cassandra fala balançando a cabeça de um lado a outro negando.
- Cara, imagina eu na hora, estava quase infartando e nem tinha visto o corpo. - Hugo diz.
- E depois ainda teve que depor. Eu reconheço que fui um pouco grosseira com você. - Ângela faz uma careta ao constatar.
- Tudo bem! - diz com um sorriso acolhedor - Eu nunca fui alguém que considerava 'primeiras e segundas' impressões como uma verdade absoluta. Acho isso bobo.
- Até porque nossas personalidades são muito mais do que "primeiras impressões". - Guilherme, um homem de cabelo grande e liso, diz levando a taça de vinho a boca - Nós somos infinitos, mas, temos a mania medíocre de nos limitar...
- Meu noivo é um poeta, não é?! - Beatriz diz, se esticando para deixar um beijo na bochecha de Guilherme.
- Seu noivo é irritante, isso sim! - Hugo fala provocando o amigo.
- Há quanto tempo vocês se conhecem? - Ângela interrompe Guilherme antes dele rebater a provocação.
- Eu e o Guilherme somos amigos desde a infância. A Cassandra, conheci em uma balada e a Beatriz já era amiga do Gus.
- Antes eu tinha companhias pra sair, mas depois que esses dois se casaram ficou muito difícil. - Cassandra aponta os amigos fingindo decepção.
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HQs: Mortes em Série
RomanceO que fazer quando mortes fictícias assombram a vida real? Um serial killer assombra a cidade do Rio de Janeiro inspirado em situações de histórias em quadrinhos da Marvel e DC Comics. Sempre no dia 05, alguém aparece morto junto a uma carta detalha...