Copacabana estava cheia. Pessoas de todas as idades e jeitos se encontravam e festejavam no local, apenas esperando a virada do ano ao lado de familiares e amigos. A voz do Duo Anavitória vinha de um lugar mais afastado de onde a mulher estava, mas ela ainda conseguia escutar se prestasse bastante atenção.
- Matheus está fora!
- O quê?
- Ele foi afastado. - Augusto a encara com um meio sorriso - Lembra que algumas pessoas gravaram a cena na lanchonete?
- Sim, o que isso tem a ver? - diz com o cenho franzido.
- Outras mulheres o denunciaram por agressão, pelo que entendi quando elas o reconheceram no vídeo sentiram que também poderiam falar.
- Você não deveria saber sobre isso! - Ângela constatou, recebendo um sorriso maior e um balançar de ombros - Não sabia que ele era esse canalha, também não sei pelo que essas mulheres passaram...
Ângela volta a encarar o mar, perdida em pensamentos, enquanto Augusto a abraça de lado.
- Vocês são fofos. - Cassandra aproxima-se com algumas bebidas e Hugo ao lado - Nem parece que quando discutem todo mundo se esconde com medo, porque parece que vocês vão começar um bang bang um contra o outro. - diz dramática.
- Não teria graça, eu acabaria com ele muito rápido. - Augusto que estava começando a beber, engasga com a cerveja.
- Você está delirando! - o loiro fala indignado, sem notar algumas pessoas se aproximando.
- Vai começar! - Hugo diz puxando o marido e o dá um selinho.
- Trouxa! - Ângela fala sorrindo encantada, olhando a cara boba do amigo ao passar o braço ao redor da cintura do negro.
- Angel, você ainda vai quebrar os pescoços desses homens. - Ariane fala à Ângela, se aproximando do pequeno grupo junto a Diana e Renato. - Boa noite, galera!
Augusto e Ângela se adiantam a abraçar a senhora, deixando Hugo de braços cruzados.
- Esses dois querem roubar a minha avó. - todos dão risada da implicância do homem.
- Sou muito disputada - Ariane joga os cabelos fazendo charme - e eu achando que quando fosse mais experiente, ninguém iria ligar.
- Senhora...
- Por favor, Angel, não me chame de "senhora". Me faz parecer velha e eu ainda tenho muitas bocas para beijar. - fala olhando alguns homens passarem, arrancando sorrisos dos demais.
- Ariane, por que disse que eu ia quebrar o pescoço desses homens? - Ângela se mantinha ao lado da mulher, como uma neta muito carinhosa.
- Você nesse vestido tá fazendo todo homem que passa por perto olhar pra trás babando. Se continuar assim o ano que vem é só chuva de homem.
- Eu também tô precisando! - Cassandra diz apontando para si própria.
- Ah, querida, você também está gostosa.
Cassandra dá um sorriso convencido girando em seu próprio eixo, chamando atenção de alguns homens.
- Gus, eu amei o presente. - Renato fala animado ao genro.
- Bah, eu sabia que ia gostar, é uma peça rara.
Diana e Hugo se limitam a revirar os olhos pela conversa recém iniciada entre os maridos.
- Esses dois amam conversar sobre carros e brinquedos - Diana fala apontando os dois - sem contar que o Gus é o genro predileto do Renato.
A última parte saiu como um sussurro para as outras mulheres, mas Hugo conseguiu ouvir e abriu um sorriso de orelha a orelha.
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HQs: Mortes em Série
RomanceO que fazer quando mortes fictícias assombram a vida real? Um serial killer assombra a cidade do Rio de Janeiro inspirado em situações de histórias em quadrinhos da Marvel e DC Comics. Sempre no dia 05, alguém aparece morto junto a uma carta detalha...