11 - You keep pushing me aside

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Foram me encher de mensagem pedindo att, pelo amor de todos os santos kkkkkkk

OBS: Essa música do capítulo é muito especial para mim e preciso muito que ela seja sentida por vocês também. Pois diz muito sobre o capítulo, diz muito sobre a história e o que eu sinto com ela. 

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Quando Bia acordou, na manhã seguinte, imediatamente levou os braços para trás procurando por Rafa, querendo confirmar que ela estava lá. Quando não encontrou nada, franziu a testa e virou o rosto por cima do ombro. Ela não estava lá, e parecia que tinha saído já havia algum tempo, porque o travesseiro e a cama estavam sem as marcas de seu corpo.

Será que a mineira havia saído e ido para o próprio quarto depois que ela pegou no sono?

A morena virou o rosto quando a luz do sol a atingiu com toda a intensidade por meio de uma fresta das cortinas. O sol estava alto o bastante para indicar que já não era mais tão cedo. Ela olhou para o relógio ao lado da cama e confirmou que, de fato, estava tarde. Ficou deitada na cama pensando nos eventos da noite anterior, e em Rafa na sua cama, com os braços em volta de seu corpo, lhe dando apoio e conforto. A intimidade tinha camuflado as coisas entre elas, e Bianca estava inquieta e apreensiva com aquilo. Ela estava se sentindo incompleta e insatisfeita de um jeito que jamais tinha se sentido antes. A carioca não fazia ideia do que estava acontecendo entre a mais velha e ela, e nem tampouco fazia ideia se ela queria que algo acontecesse entre as duas. Mas estar tão perto de um outro ser humano – ainda mais sendo uma mulher – era uma experiência nova para ela, e da qual ela gostou e muito.

Bianca tirou o cobertor de cima do corpo e colocou os pés no chão, e então parou. Para onde ela iria? Ela não precisava ir a nenhum lugar, e também não poderia perambular pela casa de Rafaella como se fosse a dona. Será que ela deveria simplesmente ficar no quarto ou será que talvez esperassem que ela saísse de lá em algum momento?

O estômago da morena roncou e resolveu a questão para ela. Ela estava morrendo de fome. Foi até o banheiro e ligou o chuveiro, deixando a água gelada o suficiente para acordá-la de uma vez. Quando entrou debaixo d'água, ela deu um gritinho. Estava congelante o bastante para lhe dar um choque nos sentidos, o que a deixou mais desperta e atenta, como ela queria. Ela não se demorou sob o chuveiro gelado e lavou rapidamente os cabelos e o corpo. Enrolou uma toalha na cabeça e outra ao redor do corpo e então voltou para o quarto. Na mesma hora, ela sentiu frio. Parecia estar ainda mais frio que debaixo do chuveiro... Por que estava tão frio assim naquele quarto?  O resto da casa não estava daquele jeito.

— Eu estou aqui.

Ela prendeu a respiração e ficou completamente imóvel, sentindo o estômago se revirar e os pelos do corpo se arrepiarem. Ela balançou a cabeça. Não, não iria permitir que ele a perturbasse. Ainda assim, vestiu-se com rapidez e penteou os cabelos molhados, depois jogou a toalha no chão e saiu correndo do quarto. No momento em que saiu de lá, sentiu o calor a envolver no corredor. Inspirou profundamente, sentindo o ar quente entrar. Ela queria ficar o mais longe possível daquele quarto horrível. Na metade do corredor, parou de correr e se obrigou a, no mínimo, manter as aparências, embora por dentro ela estivesse quase histérica. Ela não tinha prestado muita atenção quando a mais velha apresentou o andar térreo da casa no dia anterior. A única coisa da qual conseguia se lembrar com clareza era a sala, onde havia todos aqueles monitores de vigilância. Daquele ambiente ela se lembrava nos mínimos detalhes.

Bia sabia que a sala de estar ficava à direita, e virou para a esquerda no corredor que havia depois que desceu a escada. Passou pela sala de segurança, depois pelo quarto do pânico e finalmente chegou à cozinha. Quando ela passou meio hesitante pela porta, Manu a olhou cheia de raiva de onde estava sentada, na ilha central da cozinha. Sem dizer uma palavra, a irmã de Rafaella se levantou, derrubando um copo, e saiu andando, deixando a irmã ali, pasma e com um olhar assustado.

Modern Fairytale | RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora