Modern Fairytale | Rabia

13 - It's not a fairy tale, it's the two of us

E vamos de nomes dos capítulos super sugestivos... Porém, eu fiquei real assustada com esse capítulo kkkk

Espero de coração, que estejam gostando da história.

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Bianca estava sentada na beirada do sofá, olhando concentrada para a frente. Ela estava esfregando as pernas com as mãos e depois cruzava os braços, abraçando a si mesma e cravando as unhas na carne. Estava tão nervosa que nem mesmo percebia que se balançava para a frente e para trás. Rafaella se sentia impotente, incapaz de proteger Bia das consequências do que ela estava prestes a fazer.

A morena mordeu os lábios e seu olhar mostrava dúvida. Ela olhou para Ivy.

— Como é que você sabe que existe mais uma vítima?

Rafa não gostou quando viu Ivy trocar com Daniel um olhar de preocupação.

— Essa é uma boa pergunta. — Rafa disse calmamente. — Acho que vocês esqueceram quem é que paga seus salários aqui.

— Ele está provocando você. — Ivy disse sem demora. — Ele mesmo avisou. Quer que você saiba disso para tentar rastreá-lo. A nova vítima é a mensagem que ele está mandando a você.

Kalimann ficou exaltada.

— Ela não vai fazer isso. Você está louca? Está preparando uma armadilha. Bianca, você não pode fazer isso.

— Quando ele avisou? — Bia perguntou. — Como ele deu o aviso? Como vocês sabem que é ele?

Daniel ficou tenso.

— Esta manhã. Ele ligou para a polícia de São Paulo e deixou uma mensagem para você.

Bia olhou chocada para Daniel.

— É por isso que eu queria alguém para fazer o retrato falado dele. — Ivy disse. — Para podermos enviar para a imprensa e colocar na internet. Assim, as pessoas vão começar a procurar por ele. São Paulo é uma cidade grande e nem mesmo sabemos se ele está aqui, mas ele ligou para a delegacia do centro e disse para avisarem Bianca Andrade que ela não vai conseguir se esconder dele para sempre, e que ele estava esperando por ela. E, até lá, ele tinha encontrado uma pessoa para passar o tempo.

— O detetive Galina queria trazer Bianca para a investigação. — Daniel disse. — Nós falamos para ele que estamos protegendo você e que a intenção dele é fazer você sair do seu esconderijo.

— Você precisa derrotá-lo nesse joguinho que ele está fazendo. — Ivy disse olhando com firmeza.

Bia lentamente virou a cabeça na direção de Rafaella, com um olhar cheio de dúvida. A dúvida não era se ela iria fazer aquilo ou não. A dúvida era se a mais velha estava com ela nessa ou não, se ela iria apoiá-la ou não. Rafa sentou-se ao lado dela e passou a mão sobre sua perna até pegar em sua mão. Ela entrelaçou seus dedos e apertou sua mão para lhe passar confiança, embora confiança fosse a última coisa que estivesse sentindo naquele momento.

Kalimann não sentia tanto medo – nem se sentia tão desamparada – desde o dia em que Manu foi sequestrada. Ela não estava acostumada a ter tão pouca influência e controle sobre o ambiente e sobre as pessoas ao seu redor. A vida toda ela esteve no comando das coisas, mas, no último ano, isso tudo se inverteu.

— Eu estarei aqui, Bia. — Ela murmurou. — Não vou sair para lugar nenhum. Mas você precisa me prometer uma coisa.

— O quê? — Ela perguntou, sem tirar os olhos do rosto de Rafaella.