Pedro olhava pela janela, enquanto a chuva caia, e em algum lugar alguém tocava uma campainha.
Ainda estava em dúvida se comparecia ou não ao almoço de domingo.
Assustou ao perceber que o barulho da campainha era na verdade, na sua porta.
Foi atender, surpreendeu-se ao ver Tina, desde a noite em que a deixara na casa dos amigos ela o vinha evitando.
- Bom dia! Eu vim te buscar para o almoço. Imaginávamos que talvez você não quisesse ir, mas como sou o motivo pelo qual, você tem estado enclausurado achamos melhor eu estender a bandeira branca.
E estendeu um lenço branco, sorrindo.
- Me desculpa por agir como uma menina mimada e ficar fugindo de você. Te constrangendo.
- Está tudo bem! Talvez se eu fosse uma mulher e vivesse com os hormônios bagunçados, eu também estaria fugindo de um bonitão igual a mim.
- Céus! De onde vem tamanha modéstia? - Bateu com a mão na testa. - Bem, já que você está no seu normal, vamos almoçar que eu estou com fome.
- Talvez eu não tenha contribuído com o almoço dessa semana!
Ela sorriu.
- Você? Nem sonhando! E então vai agora comigo? Ou prefere que seu amigo neandertal, venha atrás de você?
- Deus Santo! Vocês ainda estão nessa?
- Tenta morar com ele? A Lucia é uma santa, por suportar aquele irmão! - Disse rindo.
Algo no tom da voz dela, fez Pedro duvidar da veracidade daquelas palavras.
Mas não comentou, apenas sorriu, e pegou suas chaves.
- Ok! Acho que eu prefiro ser arrastado pela Thuga, pois seria muito constrangedor ser arrastado por aí pelo Piteco. - Disse fechando a porta.
Ela deu um murro em seu braço.
- Engraçadinho! Sorte a sua que eu deixei a minha clava em casa. - Disse oferecendo o braço a ele.
Com uma reverência, ele tomou o braço dela e ambos sorriram.
- Você parece bem. - Disse ele cauteloso.
- E estou mesmo... Obrigada! Por tudo o que você fez por mim, e em especial por ter insistido que eu ficasse na casa deles. - Ela parou, puxando-o levemente constrangida.
- Eu disse tudo, para a Lucia, sobre todas aquelas coisas horrorosas que fizeram comigo, e que eu também já fiz.
'Ela agiu assim como você, não ficou achando que eu sou uma criatura do outro mundo. Ela é mesmo uma ótima amiga, e obrigada por compartilha-la comigo.
- Independente do fim do nosso relacionamento amoroso, quando você estiver pronta para ser minha amiga, saiba que eu estou aqui, e sempre vou compartilhar as coisas e as pessoas boas com você.
Ele tocou em seu rosto sorrindo.
- Tina, eu quero que você saiba que eu te amo, e as pessoas que moram aqui também te amam, e que você é muito especial, então, por favor! Tina, não permita que aquelas pessoas que faziam de você, um ser destrutivo volte para a sua vida. - Pediu pesaroso.
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No tempo de Deus
RomanceUma adolescente engravida do filho de um pastor, que não usa a sabedoria de Deus para lidar com a situação, manda o filho para outra cidade, e os pais da garota fazem o mesmo com ela, e anos depois os dois se reencontram. E, apesar dos pais de ambos...