13 - Meu jugo é suave e o Meu fardo e leve.

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Pedro olhava pela janela, enquanto a chuva caia, e em algum lugar alguém tocava uma campainha.

Ainda estava em dúvida se comparecia ou não ao almoço de domingo.

Assustou ao perceber que o barulho da campainha era na verdade, na sua porta.

Foi atender, surpreendeu-se ao ver Tina, desde a noite em que a deixara na casa dos amigos ela o vinha evitando.

- Bom dia! Eu vim te buscar para o almoço. Imaginávamos que talvez você não quisesse ir, mas como sou o motivo pelo qual, você tem estado enclausurado achamos melhor eu estender a bandeira branca.

E estendeu um lenço branco, sorrindo.

- Me desculpa por agir como uma menina mimada e ficar fugindo de você. Te constrangendo.

- Está tudo bem! Talvez se eu fosse uma mulher e vivesse com os hormônios bagunçados, eu também estaria fugindo de um bonitão igual a mim.

- Céus! De onde vem tamanha modéstia? - Bateu com a mão na testa. - Bem, já que você está no seu normal, vamos almoçar que eu estou com fome.

- Talvez eu não tenha contribuído com o almoço dessa semana!

Ela sorriu.

- Você? Nem sonhando! E então vai agora comigo? Ou prefere que seu amigo neandertal, venha atrás de você?

- Deus Santo! Vocês ainda estão nessa?

- Tenta morar com ele? A Lucia é uma santa, por suportar aquele irmão! - Disse rindo.

Algo no tom da voz dela, fez Pedro duvidar da veracidade daquelas palavras.

Mas não comentou, apenas sorriu, e pegou suas chaves.

- Ok! Acho que eu prefiro ser arrastado pela Thuga, pois seria muito constrangedor ser arrastado por aí pelo Piteco. - Disse fechando a porta.

Ela deu um murro em seu braço.

- Engraçadinho! Sorte a sua que eu deixei a minha clava em casa. - Disse oferecendo o braço a ele.

Com uma reverência, ele tomou o braço dela e ambos sorriram.

- Você parece bem. - Disse ele cauteloso.

- E estou mesmo... Obrigada! Por tudo o que você fez por mim, e em especial por ter insistido que eu ficasse na casa deles. - Ela parou, puxando-o levemente constrangida.

- Eu disse tudo, para a Lucia, sobre todas aquelas coisas horrorosas que fizeram comigo, e que eu também já fiz.

'Ela agiu assim como você, não ficou achando que eu sou uma criatura do outro mundo. Ela é mesmo uma ótima amiga, e obrigada por compartilha-la comigo.

- Independente do fim do nosso relacionamento amoroso, quando você estiver pronta para ser minha amiga, saiba que eu estou aqui, e sempre vou compartilhar as coisas e as pessoas boas com você.

Ele tocou em seu rosto sorrindo.

- Tina, eu quero que você saiba que eu te amo, e as pessoas que moram aqui também te amam, e que você é muito especial, então, por favor! Tina, não permita que aquelas pessoas que faziam de você, um ser destrutivo volte para a sua vida. - Pediu pesaroso.

No tempo de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora