No tempo de Deus

57 - Mesmo que a figueira não floresça, eu me alegrarei no Senhor.

Ariane e Alex encontraram a casa alvoroçada, ao chegarem da igreja.

Estavam todos acordados, na cozinha dos fundos, pois a outra cozinha não suportava tanta gente.

A primeira pessoa que Ariane foi cumprimentar foi Katie.

- Oi! - Disse abraçando-a. - Não pude agradecer ontem, você foi fantástica, tocou divinamente. Você é uma excelente violoncelista. Parabéns querida!

- Eu fico lisonjeada, por receber elogios da mãe de um garoto como o Paulo. - Disse sorrindo, apertando o abraço. - Você é uma querida, e merece tudo do melhor, e acredite-me Deus tem o melhor para você.

- Obrigada querida, você sim é muito querida. O Paulo me disse que vocês só ensaiaram duas vezes, ontem a tarde, mas estava tão perfeito! - Alegrou Ariane.

- Tocar com o seu filho, e com o seu noivo, foi uma honra. E Deus foi o maestro naquele momento, não tinha como dar errado. - Disse sorrindo.

Seu Henrique se aproximou meio sem jeito.

- Podemos conversar minha filha?

Sorrindo katie pediu licença, e se afastou.

- Claro pai, pode falar, aconteceu alguma coisa? - Perguntou receosa.

- Eu não havia lhe perguntado, porque não queria estragar a surpresa do Pedro. Mas filha vocês já conversaram, sobre o futuro? Ou vocês pretendem casar e cada um morar em uma região diferente do país? - Perguntou sarcástico.

Ariane ergueu a sobrancelha.

- Não exatamente pai! Claro que já falamos, sobre o fato de vivermos em cidades diferentes, e não vemos problema, em sairmos de onde estamos...

- Mas não é só vocês dois. - O pai a interrompeu. - Vocês têm que pensar, no que é melhor para o Paulo.

- Eu sei pai, e vamos fazer isso. Não temos a intenção de magoar nosso filho. Vamos voltar a falar sobre isso, e esperamos que Deus nos ajude, a encontrar a melhor solução para tudo isso.

- Você acredita mesmo, que tem uma solução plausível para essa situação? - Perguntou o pai desdenhoso.

- Estou na fé que sim pai. - Afirmou fervorosa.

O pai a olhou, como se a filha fosse uma sonhadora. E tentou ser mais compreensivo.

- Filha a realidade, não tem nada de romântica. Não se iluda que tudo será um mar de rosas, que não será. Se você quer embarcar nessa aventura saiba, que as coisas são bem difíceis.

'Manter um casamento é difícil quando começamos a vida juntos, imagine então, quando o casal já tem suas vidas feitas em outros lugares! - Tentou traze-la para a realidade.

- Eu sei que não será fácil pai, mas eu sei que as coisas vão se ajeitar, eu ainda não sei como, mas eu tenho fé, que elas se ajeitarão.

Ela se aproximou do pai, e pegou sua mão.

- Pai, não estou pedindo para confiar em nós, estou pedindo para confiar em Deus que habita em nossos corações, por favor pai! Já falamos sobre isso.

O pai a abraçou emocionado.

- Sim minha filha, mas quando falamos sobre isso, você não estava noiva! - Lembrou sorrindo. - Tudo bem, vamos orar para que Deus guie vocês nessa nova jornada!

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Jemima estava na igreja com o marido, e Pedro e Ben sentaram perto dos dois. Jemima apenas dirigiu um sorriso triste para o irmão, mas não disse nada.