71 - Mas aquele que faz a Vontade de Deus, permanece para sempre.

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O dia seguinte amanheceu com o céu límpido, em um tom de azul claro com nuvens brancas. A animação das pessoas era contagiante, e Ariane estava mais tranquila com todos pra lá e pra cá.

Durante todo o dia, ela observou a felicidade do filho, é claro que vez ou outra ela sentia um aperto no coração por tudo que seu orgulho havia tirado dele, mas ela respirava fundo e lembrava-se do amor de Deus por ela, e que Ele a ajudara a chegar até há este momento.

Ela estava irradiando felicidade, e de mãos dadas com Pedro ela cumprimentou cada convidado, apresentou-o aos irmãos em Cristo e aos poucos amigos que fizera no trabalho. E Paulo orgulhoso apresentara o pai a todos os amigos.

- Oi filho! - Disse Pedro bagunçando o cabelo do garoto, ele estava afastado sozinho, e sorriu se abaixando para a mãe beija-lo.

- Por que está aqui sozinho? Por que não está com os outros? - Perguntou ela tensa, e o garoto abraçou os pais, tendo um de cada lado.

- Eu só estou esticando as pernas, estou feliz demais para ficar parado muito tempo em um lugar só. - Disse sorrindo e a mãe se acalmou, e curtiu o aniversário do filho.

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Os meses seguintes foram cansativos para Ariane, o casamento que era para ser simples estava ficando grande demais, e como não havia nada que ela pudesse fazer, com ambas as famílias enormes, e os amigos que não poderiam deixar de convidar, ela relaxou e deixou tudo por conta da irmã e de uma cerimonialista que a irmã havia contratado.

No mês de abril Ariane e Pedro não se viram, mas se falaram todos os dias, e o mês de maio estava cheio de expectativas para os dois, pois se veriam e contavam os dias para isso.

Ela focou sua atenção na reforma da casa em Goiânia 'infelizmente às vezes que precisou ir até lá Pedro sempre estava para Brasília', e em seu projetos na igreja, com pesar se deu conta de que logo estaria deixando aquela igreja, foi lá que ela aprendeu a depender exclusivamente de Deus; deixaria irmãos muito amados que estiveram ao lado dela por todos aqueles anos; até mesmo Edith que por anos a provocou e humilhou, mas se tornara uma amiga querida nos últimos meses.

- Fico pensando, passei tantos anos te atormentando, desejando que você deixasse a nossa igreja, e agora que estamos nos dando bem você vai embora, sei lá, não me parece certo! - Disse Edith pesarosamente.

Ela e Ariane estavam enfeitando o auditório da igreja, para as apresentações em comemoração ao dia das mães, em todos os anos anteriores, elas discutiam por causa dessa mesma decoração e pela primeira vez estavam as duas sozinhas e em paz.

- Eu também lamento que tenhamos perdido tanto tempo, discutindo por coisas que em nada nos acrescentou, mas louvado seja a Deus que nos entendemos agora e não partirei magoada com você e nem te deixarei magoada comigo, somos irmãs em Cristo e finalmente estamos lidando uma com a outra como Deus espera que façamos. Eu sentirei sua falta, e estou feliz por isso, porque eu sei que ficaria muito triste se eu mudasse e nós ainda fôssemos duas estranhas. - Disse Ariane pensativa.

- Eu também vou sentir sua falta. E eu quero te agradecer por ter me ajudado com a Bia, acho que se não fosse você ela ainda estaria sem falar comigo, e imagino que deva ter sido difícil pra você falar a meu favor, quando você também acha que eu exagerei. - Disse constrangida.

- Não é que eu ache que você exagerou, eu realmente acredito que meu filho é fiel a Deus o bastante para respeitar a sua filha, e também acho que você deveria ter acreditado mais no discernimento dela, no entanto, eu compreendo você, veja o que aconteceu comigo e o Pedro, e ele era um garoto temente a Deus, apesar de eu ser uma total alienada que achava que sabia de alguma coisa, mas acho que qualquer pessoa que deixa de vigiar pode cair, então acho que você só está cuidando da sua filha, e eu só tentei fazê-la entender isso.

No tempo de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora