Home - Pt.2

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A casa estava rodeada, tinha pelo menos 16 Z's no terreno, era quase impossível passar sem ter problemas, um pedaço da cerca que contornava a propriedade havia sido derrubada, foi por lá que esses carniceiros entraram.

A casa em si não foi invadida, tudo parecia bem fechado o que era ótimo, isso quer dizer que todos estão do lado de fora, isso torna tudo mais fácil.

— Podemos limpar a área. - Eu disse assim que Warren me alcançou, parando ao meu lado.

— O que? Do que você está falando? E não saia correndo assim de repente, eu quase atirei em você, achei que estava fugindo.

Eu à encarei sem dizer uma palavra e depois voltei a olhar para a casa, Warren se abaixou ao meu lado e olhou em volta percebendo a situação em que estávamos.

— Não me diga que esta é a casa? - Eu apenas assenti, sem tirar meus olhos dos Z's.

— Podemos limpar tudo. Mas teremos que ser silenciosas.

— Você enlouqueceu? Não tem como nós duas acabarmos com todos sem armas.

— Nós vamos usar armas, mas não essas. - Apontei para a arma no coldre dela.

— Isso é loucura...

— Eu sei, mas o mundo também está louco.

— Vamos chamar os outros, Hope.

— E arriscar que alguma dessas coisas peguem o seu garoto? De jeito nenhum, é muito perigoso.

— Não mais perigoso do que nós irmos sozinhas.

— Você não precisa ir se não quiser, eu resolvo isso sozinha.

— Você enlouqueceu?

— Warren, nós precisamos do que tem lá dentro.

— Vamos voltar pra caminhonete e trazer os outros.

— Não, já falei que é muito perigoso, não vamos trazer eles pra cá.

— Nós não vamos conseguir sozinhas, é suicídio e você sabe disso.

— Não me importo, não temos todo o tempo do mundo.

— Mas ainda temos algum tempo.

— Nós temos, mas ele não tem, ele já pode estar morto quando voltarmos.

— Ele? 10K? Ele é um garoto forte, aguenta muito mais do que você imagina, ele vai sobreviver. - Warren me olhou com sinceridade.

— Eu só não quero ver mais ninguém morrer.

Ficamos em silêncio por um tempo, eu continuei a observar os Z's caminhando pelo terreno, já Warren continuava a me observar, talvez tentando adivinhar um pouco da minha história, mas ela nunca vai saber, afinal não é uma história comum.

Ela quebrou o silêncio com uma voz calma.

— Sabe Hope, você é cheia de mistérios e segredos, mas espero que um dia você me conte a sua história.

Eu não disse nada, apenas continuei olhando para frente.

Warren é uma pessoa boa, me lembra um pouco a minha mãe, talvez seja por isso que eu não me sinto estranha perto dela. Mas só lembrar a minha mãe não é o suficiente, eu não posso me esquecer que ela é uma completa estranha pra mim, eu não sei quais são as suas intenções, se não fosse pelo garoto machucado talvez eu nem estivesse com eles, mas ele precisa da minha ajuda.

The Last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora