Capitulo 6

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Ele para na frente da casa não tão modesta que pediu a Rachel que não comprasse. Ao desligar o motor do carro não tão modesto, ele joga a mochila cheia de livros por cima do ombro.

Ele encontra Rachel na cozinha, tirando filés de peixe do forno. Ela usa um avental em cima do vestido de bolinhas, e seus cabelos, uma bagunça de cachos escuros, estão presos em um rabo de cavalo. Ela sopra para cima para tirar a franja de seu rosto, se vira e sorri.

— Oi, lindo! Como foi seu primeiro dia na escola? — Ela fecha o forno com o quadril.

Ele balança a cabeça e puxa um banquinho ao lado de Rayna, que está sentada ao balcão pintando as unhas com um esmalte vermelho.

— Isso não vai dar certo. Não sei o que estou fazendo — diz ele.

— Querido, o que aconteceu? Não pode ser tão ruim.

Ele assente.

— Mas foi. Eu deixei a Emma inconsciente.

Rachel cospe o vinho de volta no copo.

— Ai, querido, hum... Esse tipo de coisa tem sido mal vista há anos.

— Ótimo. Você devia uma a ela — Rayna ri. — Ela o empurrou na praia — explica a Rachel.

— É? — pergunta Rachel. — Foi assim que ela chamou sua atenção?

— Ela não me empurrou. Ela tropeçou em mim — afirma ele. — E eu não a derrubei de propósito. Ela correu de mim, então eu a persegui e...

Rachel levanta a mão.

— Certo. Pare bem aí. Os policiais estão vindo? Você sabe que isso me deixa nervosa.

— Não — diz Galen, revirando os olhos. Se os policiais ainda não encontraram Rachel até agora, não vão encontrá-la. Além disso, depois de todo esse tempo, os policiais não podem mais estar procurando. E as outras pessoas que querem encontrá-la pensam que ela está morta.

— Certo, ótimo. Agora, calma, querido. Por que ela correu de você?

— Foi um engano.

Rachel une as mãos.

— Eu sei, querido, eu sei. Mas para eu poder ajudá-lo, preciso saber os detalhes. Nós, mulheres, somos seres cheios de firulas.

Ele corre a mão pelos cabelos.

— E eu não sei? Primeiro, ela estava sendo bacana e cooperando, e então começou a gritar.

Rayna se assusta.

— Ela gritou com você? — Rayna bate o esmalte sobre o balcão e aponta para Rachel. — Quero que você seja minha mãe também. Quero ser matriculada na escola.

— De jeito nenhum. Se tirar um pé da casa, eu mesmo vou prendê-la — diz Galen. — E nem pense em entrar na água com essa tinta de humanos nos dedos.

— Não se preocupe. Não vou mesmo entrar na água.

Galen abre a boca para contradizer aquilo, para dizer a ela para ir para casa no dia seguinte e ficar lá, mas então ele vê sua expressão exasperada. E sorri.

— Ele encontrou você.

Rayna cruza os braços e assente.

— Por que ele não pode apenas me deixar em paz? E por que você acha tão engraçado? Você é meu irmão! Deveria me proteger!

Ele ri.

— De Toraf? Por que eu faria isso?

Ela balança a cabeça. — Eu estava tentando pegar alguns peixes para Rachel e o senti na água. Perto. Saí o mais rápido que consegui, e ele provavelmente sabe que foi o que fiz. Como é que ele sempre me encontra?

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