O último sinal toca e os alunos saem de todos os cantos do prédio de tijolos aparentes. Freadas de ônibus podem ser ouvidas a distância e os operários se aglomeram na plataforma da estação, lutando para embarcar. Os alunos do segundo e terceiro anos se reúnem no estacionamento em um fluxo constante, que parece convergir para Galen e seu carro não muito modesto. Ele se recosta no porta-malas, assentindo para os caras que estão admirando o veículo e evitando contato visual com as meninas que admiram outra coisa.
A onda de alunos se transforma em trânsito pesado. As buzinas se tornam menos frequentes conforme carros cheios de adolescentes humanos vão para a estrada. Atrás dele, Galen escuta alguém de skate cair no asfalto e gemer de dor.
Ele olha para o carro estacionado ao lado do dele. Onde ela está?
Quando ela aparece nas portas duplas, o ar entre eles parece estar carregado de energia. Ela olha para ele. Desapontado ao ver que ela não sorri, ele se afasta do carro e a alcança antes de ela completar dez passos.
— Deixe-me carregar seu material. Você parece cansada. Você está bem?
Emma não reclama por causa do material dessa vez. Apenas o entrega e joga os cabelos brancos para o lado.
— Só estou com dor de cabeça. E nossa! Você perdeu um dia todo de aula depois de brigar comigo porque mudei minhas aulas.
Ele sorri.
— Não vi as coisas dessa maneira. Só sabia que você não se concentraria na aula se eu ficasse. Você me perturbaria o dia todo por causa do seu segredo, e já perdeu bastante aula.
— Obrigada, pai — diz ela, revirando os olhos. Quando eles chegam ao carro, ele joga a mochila dela no banco de trás do conversível.
— O que você está fazendo? — pergunta ela.
— Pensei que tínhamos planos de ir à praia.
Ela cruza os braços.
— Você fez os planos. E depois foi embora.
Ele cruza os braços também.
— Você concordou na segunda, antes de bater a cabeça.
— É, você não para de dizer isso.
Sem pensar, ele segura a mão dela. Emma arregala os olhos — ela está tão surpresa quanto ele. O que estou fazendo?
— Tudo bem, então você não se lembra de eu tê-la convidado. Mas estou convidando agora. Você pode, por favor, ir à praia comigo?
Ela puxa a mão, olhando para algumas crianças que passam disfarçando seus sussurros atrás de uma pasta amarela.
— O que a praia tem a ver com meus olhos? E por que você está usando lentes de contato?
— Rach... Hum, minha mãe diz que elas vão me ajudar a me misturar melhor. Ela diz que a cor chamaria atenção para mim.
Emma resmunga.
— Ah, ela tem razão. Os olhos azuis fazem você se tornar muito mais comum. Na verdade, quase não percebi você ali.
— Isso fere meus sentimentos, Emma. — Ele sorri.
Ela ri.
Galen diz:
— Eu pensaria em perdoar você... Se você fosse comigo à praia.
Ela suspira.
— Não posso ir com você, Galen.
Ele passa a mão pelos cabelos.
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Poseidon
RomantikAlém da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada. Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensaç...