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I keep on runnin' from my own life
Because I'd rather not fight
It's chases me soon as it's daylight
And well through the night

Two Feet

Rafael Siqueira

Minha respiração estava descompassada, os cachos da morena grudavam em sua testa enquanto ela subia e descia freneticamente no meu pau.

Rafael...

Suas mãos se apoiaram em meus ombros e gemi contra seu pescoço quando ela foi mais rápido.

As batidas do meu coração eram frenéticas, ter Vênus gemendo pra mim novamente era extasiante.

Acordo num sobressalto e então passo rapidamente a mão no rosto para despertar, que porra foi essa?

O relógio marcava quatro e cinquenta e cinco da manhã, cinco minutos antes da hora de levantar.

Saí da cama e pude ver o lençol molhado pelo suor e balancei a cabeça, fui pro banheiro ligando a água gelada, hoje faria quase quarenta graus no Rio e eu definitivamente odeio esse calor.

Depois de sair do banheiro, botei a camisa branca que sempre usava e afivelei o cinto da calça preta.

Pego a chave do carro e dirijo sem pressa até o departamento, faltava pouco tempo para as seis e meia e eu tinha que estar no departamento às sete.

Passei em uma padaria para pegar um pouco de café e logo voltei para o carro.

Bebi o café forte e sem açúcar em poucos minutos, voltando a dirigir para o departamento.

Era sábado de manhã, não tinha nada demais além de jovens dormindo sentados enquanto provavelmente esperavam alguém para os buscar quando finalmente cheguei.

Fins de semana tinha muitos jovens menores de idade que foram apreendidos por dirigirem bêbados, o que eles não deviam fazer, já que não podem dirigir e muito menos beber, entretanto hoje em dia vejo garotos de doze anos com filhos, então nada mais me surpreende. Não que deva ser normalizado, filhos na adolescência é uma coisa assustadora, até hoje eu tenho medo, apesar de já estar quase na casa dos cinquenta.

Depois de algum tempo, Ricardo me mandou fazer a patrulha matinal, já que o policial que faria isso estava no hospital com a filha que tinha adoecido.

Parei com meu carro próximo a padaria, já que queria beber mais café e já se passava das dez da manhã.

Meu celular toca e atendo, deixando no viva voz, era ninguém menos que minha mãe.

Está de parabéns, atendeu de primeira.

Acabo soltando uma risada, dona Rosa amava reclamar do quanto eu não atendia o celular e vivia me xingando por isso.

— Oi pra senhora também mãe.

Trabalhando muito querido? — o tom de preocupação foi evidente.

— Por aí, mas já estou indo atrás de alguém para me substituir, já que vou me aposentar.

Nenhuma namorada? Estou ficando velha, filho! Não vou viver para sempre pra poder ver você se casar.

— Não começa! Estou bem, passo aí hoje assim que meu expediente acabar.

Tudo bem meu amor, te espero aqui.

Minha Doce Obsessão | REESCRITAOnde histórias criam vida. Descubra agora