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Mas eu fiquei mais inteligente, fiquei mais forte, na hora certa
Querido, eu me levantei dos mortos, faço isto o tempo todo
Tenho uma lista de nomes e o seu está em vermelho, sublinhado
Eu o marco uma vez, e aí marco duas, oh!

Taylor Swift

Vênus Lucchesi

Rafael se levantou e só não ficou cara a cara comigo porque era mais alto. Ele passou direto e foi até o balcão, entregando uma nota de duzentos reais ao barman, depois disso ele apenas me encarou rápido e se dirigiu para o lado de fora.

Acho que ele não gostou muito da minha brincadeirinha.

Quando tentei pagar pelo meu consumo, descobri que os duzentos reais que Rafael havia pago ao barman era por tudo que Mia e eu também consumimos. Fui para o lado de fora e ele já estava dentro do carro, apenas esperando que eu entrasse.

— Não precisava ter pago tudo, Rafael.

— Achei que eu era o "titio". — debochou e segurou o volante com força após girar a chave na ignição do carro.

— Está mesmo irritado porque eu estraguei seus planos com aquela loira?

— Não. — respondeu seco, virando em uma das ruas, foi ali que eu notei que ele não sabia o meu endereço.

— Então por que caralhos você tá com essa cara de cu, hein? Se esse for o caso você pode dar meia volta que eu explico tu... — ele grunhiu, virando em uma rua escura abruptamente, me fazendo apoiar as mãos no porta-luvas.

O carro parou e ele passou as mãos na cabeça, desgrenhando os fios alinhados e depois de respirar fundo virou para me encarar.

— Acha mesmo que eu fiquei puto por você ter dispensado uma mulher que eu sequer queria? Vênus, você é muito inocente.

Quando abri minha boca para responder, lábios furiosos atacaram os meus, imediatamente fui levada para semanas atrás, mas eu estava ocupada demais para focar nelas.

Ele era intenso, suas mãos seguravam meu rosto para que eu não me afastasse — como se eu quisesse fazer isso — e sua língua envolvia a minha com fervor. Soltei o cinto de segurança e avancei, subindo no colo dele e as mãos desviaram do meu rosto para o meu quadril, o segurando com força.

Gemi quando sua boca migrou para o meu pescoço, o chupando avidamente — com certeza deixaria marcas depois.

— Devíamos estar fazendo isso? — murmurei, tão baixo que achei que ele não tivesse me ouvido.

— Se importou com o que devíamos fazer quando me provocou naquele bar? — rebateu, arrancando de mim uma risada alta e um gemido surpreso em seguida quando senti sua boca tocar meu seio que sequer reparei que ele havia descoberto. 

Mas, no segundo em que eu tentei desabotoar a sua calça, meu celular começou a tocar.

Cazzo!

Meu pai.

 Eu não sabia se agradecia ou matava ele por interromper o que estava acontecendo naquele carro.

O capitão me encarou ofegante e quase ri com as lembranças daquela noite, mas me contive e atendi o celular.

— Lucchesi.

Minha Doce Obsessão | REESCRITAOnde histórias criam vida. Descubra agora