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Penetro meu dedo médio, que praticamente escorregou pela quantidade de lubrificação presente, tinha que ser rápida mas minha mente me pregava peças me fazendo involuntariamente querer sentir cada sensação com mais atenção o que precisava de um pouco mais de tempo, mais do que aparentemente, eu tinha naquele momento.

"Billie passou fora tantas noites, por que agora?". Esse entre outros pensamentos se faziam presentes constantemente mas os perdia em meio aos toques provocados por mim mesma.

Após alguns, poucos, minutos deixando boas e atenciosas carícias sobre meu clitóris, deslizo meu médio junto ao anelar pela minha entrada os curvando assim que os senti por completo, queria acabar com aquilo de uma vez.

Não adiantava acelerar os movimentos, isso me fazia dar três passos para trás do que dois para frente, sabia que aquela posição estava horrível. Ofego baixo, surpresa, ouvindo o registro ser fechado.

Reviro os olhos decidida a acabar com isso de uma vez por todas, viro de costas me apoiando sobre meus joelhos mantendo meu rosto contra o meu travesseiro. Oh, assim, ia tão fundo que não demoraria nem quinze segundos.

Invisto meus dedos com força, talvez Billie escutasse os sons molhados, mas minha mente estava totalmente fora do ar, minha sanidade havia se perdido ali.

Obedeço meus instintos, excentricamente pervertidos, parando meus movimentos assim que estava a um passo de usufruir de uma das melhores coisas que tinha experimentado na minha vida, isso foi bom e ruim ao mesmo tempo e fui obrigada a deixar um gemido arrastado escapar quase que engasgado.

E assim que os continuei e fui atingida pela a infinidade de sensações aguçadas que fizeram meu corpo aquecer, não contive e deixei alguns gemidos escaparam prendendo o lençol entre meus dedos com força.

Deito na posição anterior ofegante, puxando o ar com força algumas vezes, visto minhas roupas apressada levando minha mão ao iPhone sobre o criado mudo.

Eilish abre a porta do banheiro em seguida, saindo de lá vestida, e rapidamente se deita puxando as cobertas por cima de seu corpo e então pega seu celular.

Bills

Quer me ver nesse Sábado?

Bills
Não
Não quero mais ver você.

Eu dei esse conselho, mas meu coração se partiu mesmo assim e acredite doeu.

Saio da cama andando em passos rápidos ao banheiro, sem me preocupar em fechar a porta, jogo a água fria contra o meu rosto. Foram ao todo cinco semanas, todos os dias, era divertido estar com ela e agora a entreguei a outra.

Suspiro apoiando meus braços na bancada, e mais uma vez fracassei, soluço deixando meu choro tomar conta do ambiente que tinha uma quantidade considerável de eco.

Ouço passos rápidos quase que tropeçados.

— Charlotte? Tudo bem? — Billie indaga nervosa entrando no banheiro.

— Billie... — Sussurro sentindo meu lábio inferior tremer constantemente. — Meu coração... — Pondero. — Ele foi partido e foi minha culpa. — Soluço.

— Oh, amor! — Fala baixo.

Não percebi quando se aproximou, apenas quando passei meus braços pela sua cintura deixando meu rosto sobre o seu ombro, sentia seus carinhos sobre os meus cabelos.

Não foi legal ser consolada por ela, mas gostava do seu perfume e de a sentir perto assim.

— Devo estar horrorosa. — Sussurro me afastando dela limpando meu rosto a escutando rir.

— Não, e sinceramente, já vi piores. — Fala e sou obrigada a rir baixo. — Eu faço parte das piores, meu coração foi partido, uma vez, mas foi tão forte que nunca irei esquecer. — Revela. — Não confie em homens. — Sussurra perto do meu rosto antes de sair dali.

Fico mais um tempo no local esperando a vermelhidão das minhas bochechas passar. Dou pequenos passos para fora do banheiro, encaro minha cama por minutos me sentindo vazia.

— Billie? — A chamo baixo.

— Eu. — Ouço.

— Posso deitar com você essa noite? — Pergunto.

— Pode, vem. — Me chama.

Deito ao seu lado, sem grandes demoras, conversamos sobre coisas aleatórias. Ela falava bastante da infância, parecia sentir falta, e afinal, qual o ser humano que não sente falta de uma época tão linda e incrível como essa?

Prometi para mim mesma que iria fechar os olhos mas ainda assim continuaria prestando atenção nas suas histórias, mas não aguentei e caí no sono.

Queria muito saber o fim daquela, mas talvez ela tenha outras oportunidades para me contar.

Abro meus olhos no que parecia ter se passado dias, fazia meses que não dormia tão bem e continuamente assim.

Billie ainda dormia, pelo visto devaneamos até tarde, olho o relógio me assustando com os números que o mesmo marcava.

09:05 AM

Encaro Eilish, me sentindo perdida, como iria contar que perdemos a primeira parte do dia de aulas.

— Quê? Não me olha assim, foi minha culpa, desliguei o despertador. Hoje não iremos a nenhuma aula, vamos descansar. — Fala rouca sem abrir os olhos se virando para a parede.

— Billie? São aulas. — Retruco incrédula me sentando na cama.

— É início de semestre relaxa, Segunda, pede 'pra uma colega as anotações emprestadas. Precisa dormir, você parece sempre estar exausta. — Reponde ainda de costas para mim.

Penso por longos minutos, poderia assistir o resto das aulas se tivesse o mínimo de vergonha na cara, mas sabia que Eilish tinha razão.

— Só hoje. — Sussurro baixo.

— Só hoje. — Billie repete me fazendo sorrir. — Vem dormir Charlotte. — Me chama.

Suspiro me dando por vencida deitando ao seu lado novamente, passo meus braços pela sua cintura caindo no sono em menos de meia hora.

Acordamos tarde depois disso, eram quase três da tarde e resolvemos iniciar o dia como se nada tivesse acontecido.

Arrumei minha cama, tomei banho e sai para correr acompanhada por Eilish. Talvez a gente tenha rido dos alunos em aula, só talvez.

— Quer sair 'pra comer pizza? Só você e eu. — Pergunta ofegante, abrindo a porta do quarto, após a nossa corrida.

— Claro, eu adoraria. — Aceito.




Call 666 • Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora