— Exatamente, você vai dá seu jeito pra essa festa de aniversário acontecer. — Baekhyun procurava uma roupa qualquer na mala, mesmo após duas semanas do incidente, não tinha guardado as roupas no armário do hotel, que até então serviu de casa. — D.O., tô confiando em você. Sabe que é um dos poucos da empresa do meu pai que eu ainda consigo confiar.— Talvez porque eu seja... confiável? — Um dos diretores executivos da empresa Byun, Kyungsoo, respondia pelo telefone.
— Okay. Nem que eu perca o meu rim amanhã, faça essa droga de evento acontecer. Eu tô repetindo porque já sabe, seu patrão vai cancelar de novo se descobrir.
— Você sabe que eu cumpro com o que falo. Pra sua família vai ser um evento de promoção, deixa de ser fresco e se preocupe com o plano mais importante.
— Ta, desligando. — Baekhyun encontra o moletom rosa e veste por cima da camiseta branca. Pega o chapéu de pescador e a máscara, chaves do carro no bolso... pronto para visitar Chanyeol.
(...)
Chanyeol ainda estava inconsciente. Mas, segundo os médicos, sua recuperação estava encaminhando bem. Os sinais vitais não foram alterados nos últimos dias, o que para a condição na qual tinha enfrentado era um resultado positivo. Baekhyun durante os últimos dias manteve contato com o primo mais velho de Chanyeol, Chen. Este que morava em Busan, viajou para Seul para tomar conta de tudo que estava acontecendo sobre a família. Cuidou do enterro da tia, mãe de Chanyeol. Da denúncia contra o assassino que se encontrava foragido. Assinou os papéis do hospital em que Chanyeol estava internado, embora Baekhyun tenha brigado para se responsabilizar pelas contas. O primo Chen tinha se formado em ciências contábeis, até tinha certa estabilidade financeira, e por consideração a família resolveu permanecer em Seul até que tudo se estabilizasse. Por outro lado, Baekhyun precisava investir em algo para ganhar dinheiro, já que sua herança estava paralisada no banco desde que o pai descobriu sobre sua sexualidade, bônus de Dan. E Baekhyun não o tinha encarado ainda, já que não voltou para casa desde a discussão que teve com madrasta. Sehun quem fez a mala e levou para o irmão no hotel. Porém todos na família sabiam que uma hora o filho pródigo teria de voltar para casa, sem dinheiro ninguém se sustenta. Era só questão de alguns dias. Enquanto isso, sua ocupação principal era estar presente para Chanyeol, principalmente no momento em que ele acordasse, pensava Baekhyun.
— Trouxe uns doces aqui. Olha, hummm... tem de tudo um pouco, porque não sei ainda qual é o seu preferido... meio que não perguntei isso pra você antes. Mas tem de tudo mesmo... chocolate, biscoitinhos, gomas, e nossa, eu amo essas gominhas aqui. — Baekhyun desempacotava e explicava ao paciente, Chanyeol, deitado no leito de olhos fechados. — O Sehun me disse que você gosta de ouvir Beyonce. Essa foi nova pra mim, achei que você só ouvia música cult do tipo Mozart, Bethooven e... poxa, eu não consigo pensar em mais nenhum clássico, arhg. Vou pesquisar no Google... — Baekhyun pega o celular e pesquisa "artistas clássicos música" — CHOPIN! Isso, até eu já ouvi... é realmente bom. — Ele busca no youtube "Chopin melhores" e dá play no vídeo de 1h30m. Durante esse tempo Baekhyun permaneceu sentado na poltrona que ficava do lado direito da cama, próximo a grande janela que iluminava o quarto. Era um dia lindo, apesar da friagem, o sol irradiava lá fora e fazia parecer um dia feliz. Isso era irritante. O mundo... não para. Ainda que seu mundo esteja desabando, seus sonhos sendo destruídos e sua alma pedindo socorro incessantemente... todos seguem em frente. Não é como se todos tivessem que sofrer juntos, mas parecia ser tão solitário para Baekhyun assistir a pessoa que ele amava a beira da morte, sem nem ter despedido da mãe... por motivos vinculados a própria vida de Byun. Ele mostrava não se culpar pelo acontecido, mas no fundo, em última instancia, como poderia evitar o pensamento "E se eu não tivesse me aproximado dele?" ou "E se eu tivesse chegado antes?". Essa era só a ponta do iceberg. Ele não queria admitir, mas carregava o peso de ter acabado com a vida de Chanyeol. Mas também sabia que ele era quem estava sofrendo menos, afinal, a sua frente estava a verdadeira vítima de tudo aquilo. Não conseguia tirar os olhos sobre o garoto... a sensação é de que a qualquer momento a espera infernal vai acabar quando ele abrir os olhos. E como vai ser quando ele abrir? Como posso encarar ele depois de tudo que aconteceu? Será que ele vai conseguir me perdoar? Baekhyun recorria a preocupações desse tipo, já que pensar assim o fazia considerar apenas a possibilidade que mais queria: Chanyeol consciente.
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Renascença (chanbaek)
RomanceBaekhyun é um filho rico e mimado que mantém a postura de bad boy. Ele se encontra com o pintor Chanyeol às escondidas, mas não imagina que este vai parar na sua casa para trabalhar para sua família.