Capítulo 6

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10 anos depois (atualmente)

Baekhyun, obrigada mais uma vez por conceder essa entrevista. — Junmyeon, amigo de infância do empresário agradece com um semblante simpático.

Que isso, Jun! Sabe que eu tô fazendo isso aqui por livre e espontânea obrigação. Nem precisa agradecer. — Ambos riem.

Bom, antes de terminar... Vou ter que fazer uma pergunta pessoal.

Tava demorando... — Baekhyun revira os olhos.

A minha redação me mata se eu não fizer. Você quase não fala da vida pessoal... É uma boa oportunidade já que a revista na qual eu trabalho é a mais renomada para QUALQUER entrevistado no ramo empresarial.

Anda, então.

Você não é visto em nenhum relacionamento amoroso. Mas... será que está nos seus planos ter um casamento algum dia?

Casamento? — Baekhyun ajeita o blazer de grife e cruza os braços. — Provavelmente não.

Não? Você já mencionou uma vez ter tido uma grande paixão... — Junmyeon sorri sugestivamente — será que nem com esta pessoa seria possível?

Hum... Essa "pessoa"... Eu... o perdi. — Baekhyun que encarava o chão ergue o olhar para o amigo entrevistador — Sem mais perguntas.

(...)

Eu não queria ter tocado num assunto tão delicado, desculpa Baekhyun... — Junmyeon quebra o silêncio no carro, ambos sendo levados a um restaurante pelo motorista de Baekhyun.

Vou fingir que você sente muito, pode ser? — O homem de negócios, com óculos escuros, encosta o antebraço no carro e leva a mão ao queixo, seguro de si... fazia Junmyeon acreditar que não tinha o magoado tanto. — Na verdade, Jun... essa entrevista me deixou nostálgico. Você vai servir de escuta hoje.

Como é? Logo eu? Quer mesmo confiar em um jornalista? — Junmyeon satiriza fazendo bico.

(...)

Apesar dos longos anos em que ficaram distantes, Baekhyun e Junmyeon sempre mantiveram uma amizade saudável. Isso porque foram amigos desde os seis anos de idade, separados apenas pelo colégio interno em que Baekhyun tivera que frequentar. Depois de construir o império tecnológico de aplicativos e jogos, o empresário bem sucedido mantinha mais contato com o amigo. Chegando ao restaurante, a sala privada permitia conforto necessário para permanecer o tempo que fosse. E naquela tarde, que virou noite, Baekhyun saturou os ouvidos do pobre jornalista abrindo o livro da vida amorosa com a justificativa de que queria castiga-lo. O jornalista se fazia de entediado para manter o orgulho do amigo, mas mantinha dentro de si um "finalmente esse ordinário tá se abrindo". Baekhyun começou do começo, com sarcasmo e exageros relembrando como o pintor se apaixonara facilmente por ele. Admitiu ter sido rendido, mas ponderava nas palavras. "Interessado". "Atraente". "Até que não foi ruim". "Era um antiquado, mas dava pro gasto". Quando percebeu estava para contar a tragédia. Bebeu um gole da soda de maça e continuou como se estivesse em uma palestra... resistindo às emoções que vinham a tona. Era a primeira vez em anos que falava com alguém sobre aquele assunto. Após xingar a ex-madrasta de todo tipo de nome infernal, conseguiu contar como ela manipulou o padrastro de Chanyeol. Um certo envolvido de uma gangue, conhecido do segurança da bendita, encomendou o serviço: um susto, apenas. Um susto seria o suficiente para abalar o coração de Baekhyun, que na época – e até hoje – se encontrava voltado para o pintor Park Chanyeol.

Renascença (chanbaek)Onde histórias criam vida. Descubra agora