[17:09]: Chanyeol: Não vai dar pra ver o filme
[17:11] Baekhyun: Sério? Aconteceu algo?
(...)
Boas notícias. O bandido provavelmente vai ser condenado, as provas são mais do que suficientes. Mas Chanyeol não consegue se sentir satisfeito. Embora não se lembrasse de Baekhyun, nem tivesse tido muita proximidade com o rapaz depois de acordado, se sentia desolado. A frustração é por se sentir impotente diante de tantos acontecimentos. Processo a família? Processo Baekhyun? Então foi por isso que me suportou nas costas por um ano? Pagando as contas, visitando e se aproximando como se nada tivesse acontecido. Era pena que Baekhyun sentia? Ou era medo de ser condenado junto? No fim, os acontecimentos faziam sentido. E essa era a pior parte. A razão e a emoção são dois filtros completamente distintos. Nesse momento, Chanyeol entendeu que a emoção são para os privilegiados, no seu mundo, só poderia confiar na razão.
(...)
Baekhyun estava no terraço da sede de sua empresa. Engasga depois da primeira tragada no cigarro. Ele não fumava. Era a segunda vez que fazia aquilo. A primeira foi quando estava quase sem dinheiro, morando no quartinho pequeno sozinho e esperando que Chanyeol acordasse. Agora era diferente. Ele tinha a vista do mundo à sua frente em cima do seu império. Mas já havia dias que Chanyeol não respondia suas mensagens. Recorreu a Chen, que lamentou contando como o primo tinha ficado ao saber pelo assassino da sua mãe toda aquela história. Embora não desse notícias pela internet, Chanyeol avisou por Chen que visitaria a empresa naquela tarde para ver Baekhyun. O empresário joga o cigarro no chão quando ouve o barulho da porta metálica se abrir. Ele expira todo ar do pulmão eliminando o nervosismo. Já próximos, Chanyeol e Baekhyun se cumprimentam respeitosamente. Ambos encaram a grande Seul.
— Desculpa não ter respondido as mensagens. Eu andei meio ocupado nos últimos dias. — Chanyeol tem um tom de voz educado.
— Claro, imagina. E... Como estão as coisas?
— Estão indo. — Um silêncio desconfortável. — Baekhyun, eu acho que nós dois sabemos porque estamos aqui, não é? — Chanyeol coloca as mãos no bolso e continua olhando para os prédios da cidade. — Quer dizer, eu li tudo que você escreveu. Sobre seu pai. A sua madrasta. O seu irmão. A sua versão, não é? Até o Chen quis me explicar também. É que... como vou te explicar... que pra mim... isso tudo parece um grande erro? Você e eu... Parece que não era pra gente ter se conhecido. Deu tudo errado pra todo mundo. Até pra você que teve que carregar um meio-vivo nas costas durante tanto tempo. Mas pra mim... — engole em seco — deu muito errado. Deu tudo errado. E agora a minha mente tá toda... fodida. Não só porque eu perdi a memória, mas é que eu nem sei o que eu quero e o que tenho que fazer.
— Você não precisa saber agora. Só... tô dizendo. — Baekhyun também mantinha um tom calmo.
— Sim. E sobre o perdão... tá tudo certo. De verdade... viva bem, Baekhyun, fique bem. — Chanyeol finalmente olha para o rapaz, no qual corresponde o olhar e sente peso naquelas palavras. Era uma despedida?
— Você quem tem que ficar bem. — Baekhyun se esforça para mostrar um sorriso de lábios. A conversa curta se encerra com Chanyeol lembrando que precisava resolver algumas questões no centro. Eles apenas acenam com a cabeça para dar o tchau. Baekhyun estava frustrado. Tinha fumado um cigarro para nada. Teria sido melhor um soco na cara. Chanyeol era realmente um nobre que havia saído de outro século. Isso era irritante. E dessa forma parecia pior, porque o esforço para alcança-lo parecia ser inestimável. Ele estava no pico de um monte congelado, Baekhyun sabia disso.
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Renascença (chanbaek)
RomantizmBaekhyun é um filho rico e mimado que mantém a postura de bad boy. Ele se encontra com o pintor Chanyeol às escondidas, mas não imagina que este vai parar na sua casa para trabalhar para sua família.