Como foi o Juan que fez o convite inicial, naturalmente ele escolheria o restaurante. Então essa questão foi resolvida facilmente, sem nenhum dos nossos conflitos amistosos. Porém, não foi tão fácil assim, quando travamos uma guerra para que eu fosse no meu próprio carro.
Juan insistiu, argumentou e só depois aceitou que eu não iria ceder. Não vejo sentido em irmos no mesmo carro, esse jantar iria acontecer como um tratado de paz, não é como se fosse um encontro e nem como se fossemos amigos de longa data. Então o ideal é que cada um se mantenha em seu espaço, para o bem do meu psicológico.
Chegamos ao restaurante que ele escolheu, seu carro entra para o estacionamento e foi em direção de uma vaga livre. Assim que ele estaciona, faço o mesmo com o meu veículo. Logo depois realizo uma vistoria rápida nos meus pertences dentro da minha bolsa, e saio do carro.
Esse restaurante na zona sul é bem disputado, as reservas são feita há semanas com antecedência e Juan conseguiu uma mesa com apenas uma ligação, não posso dizer que estou impressionada. Hoje, está tudo bem calmo, o vento frio da orla toca minha pele me fazendo arrepiar, não estava com roupas adequadas para a situação, mas tudo bem.
Caminho em sua direção pelo calçadão do restaurante, a cada parte do trajeto que é feita sinto meu coração bater descompassado e a respiração insiste em sair lentamente. Estou nervosa, com o fio de antecipação navegando em meu sistema.
— Já veio aqui alguma vez? — ele pergunta assim que o alcanço.
— Sim, algumas vezes.
— Da próxima levo você em um lugar inédito — ele fala em alto e bom som, assim que oferece seu braço para que pudéssemos entrar. Hesito em primeiro momento a tal gesto, mas Juan me guia para dentro do estabelecimento, me fazendo relevar o que ele acabou de dizer, não quero ser rude, mas não haverá próxima vez.
Não me entendam mal, mas não é porque estamos em tréguas que pretendo virar Best Friends do Juan. Até seria bem incoerente de minha parte, já que sabemos bem qual a minha opinião pessoal sobre a sua pessoa e tenho motivos de não querer uma amizade tão intima.
Também não estou me negando a aceitar ou dar chance a ele, mas prefiro que nossa relação seja exclusivamente formal e somente a trabalho para um bem coletivo.
Assim que chegamos à recepção, fomos direcionados a nossa mesa. O salão estava bem movimentado, mais ao contrário de outros dias até que estava bem calmo e tranquilo. Pego o cardápio que está na mesa e procuro os pratos principais, o chef Goulart ainda trabalhava neste restaurante e eu já estava com água na boca para provar uma de suas delicias.
— Então, me fale um pouco sobre você — A voz de Juan me assustou.
— Hmm, o que você quer saber? — meu olhar vai do cardápio para Juan, que também está olhando o cardápio, com apenas metade do rosto amostra.
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Cafajeste Perfeito
RomanceDUOLOGIA IRMÃOS DI LUCCA - Livro 1 Arrogante, sedutor, vaidoso e com um sorriso devastador, Juan Luís faz jus ao título de Don Juan. Sendo ele um Cafajeste completo, acostumado a ter todas que deseja a qualquer hora e em qualquer lugar. Mas sua vida...