DUOLOGIA IRMÃOS DI LUCCA - Livro 1
Arrogante, sedutor, vaidoso e com um sorriso devastador, Juan Luís faz jus ao título de Don Juan. Sendo ele um Cafajeste completo, acostumado a ter todas que deseja a qualquer hora e em qualquer lugar.
Mas sua vida...
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Estava tudo pronto, tudo estava malditamente pensado e idealizado para confirmar aquilo que eu já tinha a completa certeza. Faltava apenas a cereja do bolo, Anne viria ao meu escritório e me encontraria em uma cena comprometedora, o que podia dar errado, eu pensei.
Será que Anne saindo do clube antes do horário esperado responde minha pergunta? Não teve como impedir, quando soube ela já tava do Leblon pra mais longe. Mas não vou me desesperar, um bom jogador sempre carrega cartas na manga. Seguindo o roteiro de um plano B, manobro meu carro em frente ao enorme Jardim da casa do prefeito em procura de uma vaga, o que está sendo muito difícil, certeza que a cidade inteira está aqui nesse evento.
Se Anne Brandt pensa que vai estragar meus planos, ela está malditamente errada.
Tudo está servindo apenas para deixar a situação mais interessante.
Saio do carro e caminho em passos largos em direção da Ágata, que estava no hal de entrada da enorme mansão. Ela está belíssima como sempre, e por um milésimo de segundos até me sinto mal por ter pedido sua ajuda, depois de tudo que rolou da última vez. Mas não tinha muitas opções, tinha certeza que era iria participar desse evento, a parte mais difícil foi conseguir foi essa. Minha presença aqui significa que sempre consigo o que quero, e hoje não será diferente.
— Devo confessar que sua ligação me pegou de surpresa Querido — Ágata fala assim que me alcança, me dá um leve abraço e um selinho nos lábios logo em seguida.
Podia ter me esquivado ou recusado esse ato de afeto? Poderia, mas seria bem ingrato de minha parte, já que estou aqui por sua ajuda. Então por mim tudo bem, se hoje a noite tenho que ser um fantoche, hoje serei um troféu para o prazer de Ágata.
Nem perco tempo dando informações desnecessárias
— E eu pensei que não iria me ajudar...
Ela olha por cima do ombro, liberando um sorriso convencido.
— Porquê eu faria isso?
— É, porque você faria isso — dou uma de cínico, enquanto seguíamos de braços entrelaçados em direção da porta de entrada da mansão.
— E querido, estou um pouco curiosa? Não vai me dizer porque se mostrou tão interessado neste jantar? — Ágata pergunta desinteressada, sem nem mostrar interesse no que estava perguntando.
— Negócios...
— Planeja entrar para a política? — ela encara estupefata — Acho que você leva jeito para a coisa.
Prefiro perder meu pau do que entrar para política, mas não irei dizer isso. Ao invés disso vou confirmar e tentar por fim nessa conversa sem rumo.
— Sim, no futuro... Então preciso me familiarizar.
Minto de cara dura e felizmente ela não faz mais perguntas, a medida que adentramos no interior da mansão. De cara damos de cara com vários rostos conhecidos da política carioca, alguns famosos, empresários e socialietes do meio. Essa grande roda de pessoas públicas são divididas em grupos pequenos, os mais importantes são paparicado por seus bajuladores, outro estão mantendo sua imagens para os muitos fotógrafos que estão cobrindo o evento, a mesma merda de sempre.
