Capítulo 2

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{POV. Keren}

Após trocar de roupa eu ando até uma das salas menores usadas para stripper com danças particulares, minha roupa de stripper particular era bem brilhante e bem mais caprichada do que as que eu uso para os shows no salão. Respiro fundo enquanto espero a música começar a tocar e eu poder começar meu show para o cliente novo.
Ainda estou muito surpresa que esse cliente novo pagou para me ter dançando para ele a noite toda, jamais um cliente tinha pagado tanto e mandado cancelar toda minha agenda da noite. Roger disse que assim que o tal homem me viu entrando ele logo chamou Roger para dizer que me queria pela noite toda, só espero que ele dê uma boa gorjeta.
The Somo - Oh Nah começa a tocar e a mini cortina do pequeno palco se abre, abro o maior sorriso que consigo tentando ser o mais sensual possível, então com minhas mãos na cintura ando sensualmente até a barra de polidance e meus olhos se cruzam com os olhos do cliente novo que estava sentado no sofá de veludo da mine sala de dança. Puta merda, que homem! Olhos castanhos claros, cabelo moreno bem alinhado, ele usava um terno belíssimo que acredito custar um ano de minha faculdade.
Seus olhos penetraram nos meus enquanto eu balançava meus quadris sobre a barra e seu olhar começou a descer lentamente pelo meu corpo enquanto eu mesma começava a passar minhas mãos por meu corpo sensualizando, de uma certa forma, o seu olhar estava me deixando quente. Ele balançou a taça de champanhe em sua mão e deu um gole, eu me virei de costas e comecei a rebolar mais fazendo as lantejoulas de meu figurino baterem e brilharem ainda mais. Então levei as mãos aos fechos do meu corcele para abrir e começar o stripper.

- Não, não tire a roupa agora. (Ouço a voz grossa do cliente falar e eu me viro lhe olhando confusa). - Venha, sente-se comigo. (Ele me chama com sua mão e eu assinto).

Caminho delicadamente e me sento ao seu lado no sofá mantendo uma distância segura de alguns centímetros, então ele me entrega uma taça de champanhe e bebo com graciosidade. Tanto tempo trabalhando para esses vermes de ternos, a gente aprende a como se comportar ao lado deles. Mas agora eu ainda estava muito intrigada, primeiro esse homem cancela minha agenda para eu dançar para ele pela noite toda e agora ele não quer que eu dance, apenas fique com ele.

- Você é muito linda, sabia? (Ele fala com seu olhar penetrante no meu e eu termino outro gole no champanhe).
- Obrigada, são seus olhos. (Respondo sorrindo com malícia). - Qual seu nome? (Pergunto curiosa).
- Charles. (Responde). - E o seu?
- Pink. (Respondo rapidamente).
- Eu sei que esse é apenas seu nome de guerra... (Charles começa mas eu logo lhe interrompo).
- E sabe que não posso revelar a ninguém minha verdadeira identidade. (Rebati e dou um gole no champanhe).

Charles da uma risada simples e serve novamente nossas taças com mais bebida.

- Quanto tempo trabalha aqui? (Pergunta com curiosidade).
- Há 3 anos.
- Quantos anos tu tem? (Ele rebate com outra pergunta).
- 20 anos.
- Então trabalha aqui desde os 17 anos? Entrou muito nova nessa ramo hein, o que teus pais acham disso? (Charles comenta curioso bebendo seu champanhe e eu junto minhas sombracelhas em contusão).
- Não acha que estar a fazer perguntas demais? (Falo intrigada).
- Estou apenas me informando, querendo bater um papo legal. (Charles responde dando de ombros e eu assenti mas ainda meio desconfiada).
- Meus pais morreram quando eu tinha 17 anos, sem nenhum parente, sem teto e comida, foi o jeito vir parar aqui. (Expliquei dando de ombros como se aquilo não importasse).

Mas importa, importa e muito. Dói muito lembrar que eu sou uma fodida stripper pobre e órfã.

- Então mora sozinha? (Charles deduz).
- Não sei até quanto tempo, afinal meu aluguel está atrasadissímo. (Falo sorrindo e ele sorriu também).

Nada melhor do que sorrir da desgraça alheia hein, seu filho da puta.

- Mas qual o porquê desse interrogatório? Alguma entrevista de emprego? (Perguntei curiosa e Charles soltou uma risada contida).
- Estou apenas batendo um papo para relaxar, o dia foi cansativo hoje. (Ele explicou e eu me virei para ele).
- Então me fale mais sobre você então, quer dizer, o que você pode dizer. Sei que aqui os clientes podem ser anônimos quando quiserem. (Falo).
- Não, tudo bem. Não tenho nada a esconder. (Charles rebate). - Sou um empresário dono de uma das maiores concessionárias daqui de Los Angeles, tenho 38 anos... (Lhe interrompo).
- Espera aí, você tem 38 anos? Meu Deus, eu jurava que tu tinha no máximo apenas 30 anos. Está bem conservado hein. (Brinco surpresa e ele solta uma gargalhada rouca). - Eu não sou muito ligada em carros mas acho que já devo ter visto teu rosto em alguma revista ou coisa do tipo. (Comento apenas perceber que sua feição me era familiar).
- Pode ser, as vezes dou entrevistas quando se é preciso, mesmo eu não gostando muito. (Charles explica enquanto eu bebia mais champanhe da minha taça até ela está totalmente vazia). - Já teve quantos clientes hoje? (Charles pergunta tirando delicadamente a taça de minhas mãos).
- Nenhum, afinal você cancelou toda minha agenda de hoje para que eu seja toda sua. (Explico rindo enquanto sinto ele se aproximar ainda mais).

Engulo seco ao ver ele ficar a pouquíssimos centímetros de mim, ele estende sua mão que toca suavemente meu rosto, mãos quentes e rebustas que me fazem arrepiar ao toque.

- Sua pele é tão macia e rosada. (Ele comenta parecendo encantado a cada traço meu).
- Não é atoa que meu nome seja Pink. (Rebato rindo de lado tentando controlar minha respiração).
- Quero um beijo seu. (Charles fala e segura firme meu rosto me puxar).

Mas eu sou mais rápida e coloco mais mãos em seus peitos lhe segurando.

- Beijo não, regra da casa: toques apenas se a stripper conceder. E eu não vou te beijar, sou stripper e não prostituta. (Explico firme e Charles suspira se afastando).
- Então dance e tire a roupa, esse é seu trabalho né? Então faça. (Charles fala se esparramando no sofá colocando mais champanhe pra ele e eu tento disfarçar minha confusão ao sentir sua mudança repentina de tumor ao escutar um "Não" meu).

Mas mesmo assim respiro fundo e me levanto do sofá subindo novamente ao mine palco da sala, Charlotte Lawrence - Joke's On You começa a tocar no som da mine sala e eu, como ele mesmo disse, começo a fazer meu trabalho.
Rebolo, subo na barra de polidance, sensualizando e tiro peça por peça de minha roupa vendo Charles tentar se controlar conforme eu faço meu "trabalho". Ele pode está irritado por eu ter recusado seu beijo mas não pode negar que eu sou perfeita no stripper, acho que nunca me divertir tanto em fazer um stripper para provocar o cliente.
[...]

- O cara é poderoso mesmo pra pagar pela noite apenas com essa daí. (Vermelha fala no camarim enquanto retocava rapidamente sua maquiagem e eu retirava minhas roupas).
- Pelo menos vou poder descansar um pouco, já que ele pagou pela noite toda e já foi embora, mas eu não posso pegar outros clientes. (Falo pegando minhas roupas em minha mochila).
- Bom que sobra mais para nós. (Vermelha rebate e sai do camarim batendo seus saltos 15 cm).
- Estranho isso né? O cara mau chegou e se obsecou a ti a ponto de cancelar toda a tua agenda. (Pérola Negra diz também retocando a maquiagem).
- Ele me pediu um beijo mas eu neguei. (Conto e Neve se vira na cadeira para mim).
- Que? Tá doida, garota? Ele podia ter te dado um boa gorjeta. (Neve diz chocada).
- Não, o que eu consegui hoje já da para as compras das próximas semanas. Se eu desse o beijo ele ia querer mais e eu não sou prostituta. (Falo firme e elas se entre olham). - Não falei por mau, sei que vocês têm a razão de vocês pra fazer esse extra mas eu não consigo, não ia conseguir. (Explico terminando de me vestir).
- Relaxa amiga, nós entendemos. E realmente não desejamos isso a ninguém. (Pérola Negra diz compreensiva).

Então fomos interrompidas por Roger que entrou no camarim e jogou um maço de dinheiro sobre a mesa a de maquiagem.

- Dinheiro para o teu aluguel, e acho que ainda sobre um pouco para pagar a água. (Ele explica e meus olhos brilham). - Cortesia do cliente novo, ele te adorou. (Roger completa e saí do camarim enquanto eu vou pegar o maço de dinheiro).
- Puta merda, é muito dinheiro. (Neve falou chocada enquanto eu contava o dinheiro).
- Acho que dar para comprar até umas peças novas para o show. (Falo com meus olhos brilhando).
- É, pelo visto ter feito cu doce por causa do beijo, só excitou o homem ainda mais. (Pérola Negra fala maliciosa).
- Será? (Falo mordendo meu lábio inferior e todas rimos).

Pelo menos vou conseguir pagar minhas contas, isso que importa.
[...]

Continua...

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Queria agradecer a todos que estão me apoiando para escrever essa história, amo vcs♡♡

Espero que estejam gostando meus amores, estou escrevendo essa história com todo o amor do mundo. E por isso eu peço que não se esqueçam de dar aquele voto com a estrelinha☆, que me ajuda muito. Obg♡amo vcs♡

My Lord (Meu senhor) - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora