Capítulo 51

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{POV. Keren}

Meus olhos se arregalam ao entrar no banheiro e minhas mãos falham, fazendo o copo se espatifar no chão em um barulho enorme ecoando por todo o cômodo.

Meus olhos se arregalam ao entrar no banheiro e minhas mãos falham, fazendo o copo se espatifar no chão em um barulho enorme ecoando por todo o cômodo

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- CHARLES!!

Eu grito e minhas pernas agem rápido correndo até Charles na banheira, Charles estava deitado sobre a água gelada da banheira ainda vestido em seu terno usado no enterro, a torneira da banheira estava ligada e água escorria inundando todo o banheiro. Me ajoelhei desesperada ao lado de Charles sem ligar para a água que molhava meus joelhos sobre a calça jeans preta.

- Charles! Charles, pelo amor de Deus, fala comigo.

Digo desesperada tocando o rosto desacordado de Charles e me assusto ao ver a palidez e frieza de sua face, seus lábios estão mais brancos assim como todo o seu corpo. Puta merda!

- CIDA! SARA! SOCORRO!

Eu grito desesperada enquanto continuo a dar leves tapinhas no rosto de Charles na esperança de o acordar, ouço passos rápidos do lado de fora do quarto e elas logo aparecem.

- Senhora, o que... Aí meu Deus! (Cida diz assustada assim que nos ver).
- Ele teve outra recaída? (Sara diz vindo que mim e começa a analisar Charles colocando sua mão no pescoço dele).
- Pelo que parece sim, cheguei e ele já estava assim. (Explico tentando controlar meu desespero).

Mas meu desespero só aumenta quando vejo Sara morder seu lábio inferior em uma feição de preocupação.

- O que houve? (Pergunto preocupada).
- Os batimentos dele estão muito fracos, mais fracos do que da última vez, isso não é nada bom. (Ela explica e meu coração se aperta).
- Temos que ir para o hospital, Cida liga para ambulância agora. (Ordeno a ela).
- Sim, senhora. Vou ligar para o hospital dele. (Ela responde e sai correndo).
- Sara, corre e chame Percy e Clark para nos ajudar a tirar Charles daqui. Nessa água gelada ele só piorará. (Ordeno e ela assente também correndo para fora do quarto).

Eu volto a me ajoelhar ao lado de Charles e acaricio seu rosto, pode ser apenas a agitação dos dias que vivemos, ou ensinamento físico, ou talvez fraqueza por ele ter pouco se alimentado. Uma lágrima cai de meus olhos pois eu sinto uma sensação ruim dentro de mim, como se algo me dissesse que não é apenas isso. Mas eu peço a todos dos céus e da terra que seja apenas algo do tipo.
[...]

Já faz algumas horas desde que chegamos ao hospital e eu ainda estava esperando ansiosa e preocupada na recepção. Estava tão desesperada que vim usando a roupa ainda do enterro, uma calça jeans preta, camisa de mangas longas pretas, botas de couro preto até os joelhos e sem salto, uma jaqueta jeans preta com capuz moletom, minha bolsa com celular e coisas essenciais, e uma touca moletom preta sobre meus cabelos rosa. Cabelos esses que estavam um pouco bagunçados assim como eu por inteiro, eu estou exausta mas não me entrego em um só minuto. Minha aparência pode não está uma das melhores sem nenhuma maquiagem ou acessório, cheia de hematomas, mas só eu sei o que estou passando e aparência agora é a última coisa que me importa. Só quero saber como Charles está.
Uma chuva intensa caía na noite lá fora fazendo um pouco de frio e havia apenas três pessoas na recepção, então eu dou um pulo da cadeira em que estava sentada assim que vejo o médico que atendeu Charles aparecer.

- Doutor. (Eu digo ao senhor de cabelos brancos e jaleco ficando a sua frente). - Doutor, sou a acompanhante de Charles Anders. O senhor o atendeu, por favor como ele está? (Pergunto preocupada e agoniada).
- O senhor Anders está em estado estável agora, tivemos que o deixar acordado pelo seu estado que ele chegou, para podermos o monitorar. Mas agora é só esperar a sua melhora. (O médico explica).
- Quando ele vai poder sair? O que ele tinha? (Perguntei preocupada).
- Talvez daqui há dois dias ou mais, ele já vai está de alta, mas tem que ter muito cuidado em casa. Charles teve um princípio de parada cardíaca hoje e isso deve ser evitado no estado que ele está, apesar de ser comum essas crises. (O médico falou e eu uni as sombracelhas confusa).
- Que? Como assim uma parada cardíaca pode ser comum no estado dele? Que estado? (Perguntei totalmente sem entender nada).
- Charles não lhe contou?

O doutor pergunta, eu faço que "não" com a cabeça e o médico engoli seco. Gestos que fazem o meu aperto no peito aumentar e minhas mãos suarem de nervosismo.

- Já deveria ter imaginado que Charles não contaria sua situação já que ele se recusou fazer o tratamento. (O médico comenta me deixando mais agoniada).
- O senhor, pelo amor de Deus, pode me dizer o que tá acontecendo? (Esbravejo).
- Charles tem uma doença no coração, senhorita Keren. Uma doença que se não tratada pode matar Charles a qualquer momento. (O médico diz e meu chão se abre).
- Que? (As palavras saem em um sussurro enquanto todo meu sangue gelava dentro de mim).
- Charles adquiriu essa doença por genética, seu pai, o falecido Poter Anders também tinha essa doença. Chama-se síndrome do QT longo, uma doença genética e que não tem cura, que age na parte elétrica do coração, desencadeando batimentos cardíacos acelerados e fora do ritmo. Quando a pessoa passa por um grande susto ou é submetida a emoções fortes pode provocar morte súbita. O pai de Charles tratou assim que descobriu aos 50 anos e viveu até seus 67 anos. Em Charles ela apareceu mais cedo aos 38 anos, se a pessoa passar por emoções muito fortes, sejam boas ou ruins, as veias de seu coração não conseguem suportar o bombeamento intenso de sangue e o coração entende que tem que começar a acelerar depois a diminuir os batimentos cada vez mais, até chegar a parar. Qualquer emoção muito intensa de estresse, raiva ou qualquer coisa intensamente negativa ou positiva pode levar a pessoa a morte. (O médico explica).

E nesse instante parece que é o meu coração que vai parar, Charles esteve por várias vezes entre a vida e a morte a minha frente e não me disse nada. Meu rosto estava petrificado e eu mau conseguia pensar em algo enquanto as lágrimas desciam, isso explica tudo. O desmaio dele no escritório depois de um dia intensamente estressante na empresa, a forma como passou mau depois de brigar com Taddy e agora esse princípio de parada cardíaca depois do enterro de Taddy.
Reuno forças e pergunto:

- Quantos... quantos anos ainda... restam?

Pergunto sentindo náuseas por causa dessa pergunta.

- Com o tratamento, uns 14 à 17 anos, agora sem tratamento, como ele está fazendo, apenas uns... 2 à 3 anos. (O médico diz e agora o chão se quebra abaixo de mim).
- 2 anos. (Eu sussurro sem acreditar).

Dois anos é muito pouco, viver ao lado de Charles por apenas 2 anos?O mundo parece explodir ao meu redor

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Dois anos é muito pouco, viver ao lado de Charles por apenas 2 anos?
O mundo parece explodir ao meu redor.
[...]

Continua...

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Não me matem😬

🚫AVISO IMPORTANTE🚫
  Para a galera amante de história de ficção científica, fantasia e universo paralelo, eu acabei de lançar "As Essências do Destino". A história de um outro mundo onde as pessoas são dívidas em superpoderosos, aqueles que controlam o mundo e foram abençoados com superpoderes, e os neutros, os castigados pelo Destino que nasceram sem poderes. Nessa sociedade cada um tem sua função, regida pelo Destino desde o seu nascimento, ele é o grande condutor dessa sociedade.
  Uma monotonia que acaba quando o Destino uni três garotas para se tornarem amigas e mais ligadas do que elas imaginam, a sociedade de Riverside nunca mais será a mesma.
  Tenho certeza que vcs iram amar e criar muitas teorias, aguardo o apoio de vcs para mais esse desafio que estou pregando. Vão lá da uma olhada, favoritem, cometem e compartilhem. Bjs. ♡♡♡

My Lord (Meu senhor) - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora