O Presente Parte ||

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⚠️ Contém gatilho ⚠️

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Olivia sorriu e afastou-se dando passagem

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Olivia sorriu e afastou-se dando passagem.

Analisei o ambiente a minha volta, a última vez que lá estivera, Olivia atacara Amora e parecia desolada.

A professora apontou o único sofá da sala tentando deixar-me confortável.

Fora uma ideia incerta ir até lá, não sabia se Olivia me queria ali, se minha presença era bem-vinda. Talvez ela ainda tivesse muita mágoa de mim depois de seu tempo como estudante. Talvez ela me odiasse depois de ver minhas memórias e só estava sendo educada, tolerando-me.

Ainda não tinha certeza em que parte da história ela havia descoberto que eu era um agente duplo, mas de qualquer forma, sabia que não era a melhor companhia para alguém.

O caso é que sentira meu coração estraçalhar ao escuta-la contando sobre como sentia-se no Salão Principal.

Eu obviamente já sabia de seu incômodo, pois as memórias em sua mente eram tão fortes que eu conseguia sempre ouvir o que ela relembrava enquanto estava lá.

Mas ouvi-la falar sobre aquilo, confidenciar a mim aquele sentimento, fora profundamente triste e angustiante.

Olivia foi até uma prateleira perto da lareira e de lá tirou dois copos de vidro, os depositando sobre a mesinha de centro, junto com a garrafa da bebida.

Na outra extremidade da sala tinha uma pequena geladeira de uma só portinhola, de onde ela tirou um potinho com pedras de gelo.

Ela sentou ao meu lado no sofá, fazendo-me realocar, afastando-me dela um pouquinho.

Não que não quisesse que nossos ombros se encostassem, mas certamente ela não gostaria.

-Posso?- Olivia perguntou, sem quase som nenhum sair de sua voz, referindo-se a bebida.

-Por favor- Respondi sem emoção.

Vi a menina-mulher despejar delicadamente a bebida no copo e aquele gesto de gentileza fez meu coração aumentar no peito, deixando-me desconfortável por esses sentimentos que Olivia me fazia sentir quando estava por perto.

Assim que serviu-me, fez o mesmo com o próprio copo e depositou o gelo em ambas as doses.

Ela dirigiu o profundo olhar ao meu e percebi naquele momento que ela havia chorado, de novo!

Seu perfume deixou-me zonzo mais uma vez e dei-me conta que estava parado, olhando para seus olhos por demasiado tempo.

O tilintar do vidro de seu copo encostando levemente no meu, na tentativa de um brinde, fez-me despertar.

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