Capítulo 6

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IMAGINO QUE JOSHUA tenha demorado uns vinte minutos no banheiro, quando saiu já vestido com a roupa de Victor eu notei que elas até serviram nele, porém a calça ficou meio curta, mas por sorte Victor sempre gostou de usar roupas folgadas e por isso a camiseta acabou servindo-lhe perfeitamente.

Então, ele me soltou e me deixou tomar banho, porém na condição da porta ficar entreaberta, isso me incomodou e acabei tomando o banho mais rápido que pude, pois me dava medo de saber que a porta estava quase aberta e ele poderia entrar no banheiro a qualquer instante.

Depois que sai dali de dentro, Joshua falou que já estava com sono e era melhor irmos para o quarto, esse de "irmos para o quarto", meio que me incomodou. Pois eu já imaginava que ele iria me amarrar novamente.

— Eu precisava de algemas, serviria melhor agora... — disse, parecia pensar no que iria fazer, ele olhava em volta do quarto. Logo eu bufei.

— Mas que droga, se você vai ficar aqui por um tempo, você vai ter que confiar em mim, não é? — perguntei já irritada de tanta desconfiança.

Ele me olhou, com um olhar sério.

— Eu te ofereci dinheiro, mas você mesmo sendo pobre, não pareceu tão interessada nisso, ou não acreditou em mim, então... Eu acho que por hoje, você vai ter que dormir amarrada na cadeira...

— Meu, você sabe como é desconfortável ficar amarrada em uma cadeira? — perguntei, cruzando os braços, ele bufou.

— Eu sei, eu sei, é que eu não vim preparado, está legal, além do mais, eu não costumo fazer esses tipos de coisas...

— Ah não, eu pensei que você já era expert em invadir casas de mulheres indefesas e obrigá-las a dividir a casa com você... — retruquei.

— Claro que não, eu tenho mais o que fazer, se eu estou fazendo isso não é por hobby, vamos dizer que é a necessidade, mas, então já que você não quer dormir na cadeira, vai ter que dormir na cama comigo, com o braço amarrado ao meu, eu tenho sono leve, se você tentar desamarrar, pode ter certeza que eu vou acordar... Amanhã precisaremos comprar algemas, para não dar toda essa confusão, sabe...

— Você acha que vamos ter que conviver juntos por quanto tempo, hein? — perguntei a ele.

— Calma, ainda é a primeira noite, digo que isso dependerá de você, quanto antes você aceitar o nosso acordo e me mostrar que posso confiar em você, mas rápido isso acaba, entendeu? — Ele falou, mas na verdade eu não entendi nada.

E então, ele fez o que falou, amarrou o meu braço ao dele, e meio que tive que dormir, virada para o seu lado, era estranho ficar o olhando por minutos e minutos, mas ele meio que nos obrigou a ficarmos nessa condição.

Joshua ainda ficou um bom tempo assim, com corpo virado em minha direção, me olhando. Pela condição em que estávamos, os nossos rostos estavam muito próximos, e isso só serviu para eu poder comprovar o quanto ele é bonito.

A respiração dele chegava em meu rosto, ela era gelada, assim como a mão dele, estranhamente eu fiquei um bom tempo com o coração disparando, embora eu não estivesse com medo dele, pois eu sabia que se fosse para ele me matar, me violentar, ou fazer qualquer coisa do tipo, já teria feito. Se ele estava ali, era por outra coisa.

Acabei pegando num sono antes mesmo que ele, fora desconfortável não poder se mexer direito, mas teve um momento em que acabei me sentindo mais quente, quando abri os olhos eu vi que um dos braços de Joshua estava em volta do meu corpo.

***

Acordei escutando a seguinte frase: "Acorde bela adormecida!". Suspirei, e cocei os meus olhos, já percebendo que meu braço não estava mais amarrado ao de Joshua.

— Quer que eu faça o café da manhã? — Ele perguntou, já em pé ao lado da minha cama, franzi as sobrancelhas.

— Está falando sério? – perguntei, afinal, eu não o conhecia muito bem, mas já tinha percebido que ele era meio preguiçoso.

— É, vem na cozinha, se senta, que eu vou ver se faço duas omeletes, eu sei cozinhar, tá legal! — falou, parecia até mais animado do que ontem.

Fomos para a cozinha e eu me sentei na cadeira, fiquei observando Joshua abrir a geladeira e pegar os ovos como se a casa fosse dele. Franzi a testa, achando aquilo um tanto estranho, mas algo me dizia que era melhor eu me acostumar logo com isso, porque parecia que essa loucura estava longe de terminar.

Fora até que então, um barulho de campainha nos sobressaltou. Ainda era cedo e eu estava de pijama.

— Aí droga, eu acho que deve ser a Genevieve... — falei, e logo me levantei e fui para o meu quarto, Joshua fora me seguindo.

— O que você vai fazer? —perguntou.

— Por um roupão! — disse, pegando o roupão no guarda-roupa.

— Está bem, eu vou ficar escondido no banheiro enquanto você abre a porta, com a arma na mão, isso caso não seja Genevieve, e sim outra pessoa...

— Ah sim, você está com medo de ser a pessoa que está te perseguindo? — perguntei, enquanto o seguia até a mesa de jantar e fiquei o observando pegar a arma.

— Quem sabe, tenho que me prevenir! — falou e então ouvi o barulho da campainha tocando novamente.

— Caso não seja, e essa pessoa desconfie que estou aqui, você já sabe, eu sou seu namorado... — falou, e então eu arqueei as sobrancelhas. — Bom, foi você que inventou!

Novamente a campainha.

— JÁ VAI! — Eu gritei.

E então logo Joshua seguiu para o banheiro e eu fui até a porta, fechei o roupão, antes de abrir a porta e me deparar com a última pessoa que eu imaginava encontrar parado em minha porta nesse momento.

— Beatrice... – Ele falou.

— John? – falei, totalmente incrédula.

Realmente por essa eu não esperava.

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O canalha do ex-marido dela apareceu... e agora? O que vai acontecer?

Hum... que acharam do começo dessa história? Tem muita coisa para rolar...

Esse é apenas o começo e agora dependerá de vocês... votem e comentem que volto mais rapidinho ;)

louca para conhecer todos...

beijinhos

JoshuaOnde histórias criam vida. Descubra agora