Capítulo 11

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— Que explosão fora aquela? Não fazia parte do plano! — perguntei ao me lembrar da segunda explosão que ouvimos.

— Ah é que perto dos fenos que incendiei havia alguns botijões de gás! — Alec explicou enquanto dirigia.

— Fora bom, o fogo se alastrou mais rápido e assim ninguém prestou atenção em nós, com toda essa confusão... — James falou.

— Sim, fomos muito bom, nós executamos o plano de forma perfeita! — disse Hernandes todo animado.

Nós íamos para longe, encontraríamos Marcus no local combinado, e lá dividiríamos o dinheiro em partes iguais, isso após Marcus retirar a parte dele, já que ele fora a cabeça do plano mais uma vez.

Mesmo o dinheiro tendo que ser dividido para cinco pessoas, acredito que ainda renderia uma boa quantia para cada um de nós. Já estava pensando na minha nova vida, acreditando que agora, finalmente, eu ficaria livre e nunca mais precisarei fazer outro assalto em minha vida, eu poderei recomeçar ao lado de Charlotte. E só de pensar nisso, um sorriso surgiu em meus lábios.

Ficamos em silencio por quase um minuto, eu estava distante em meio aos meus pensamentos, quando Hernandes de repente começou um novo assunto.

— Cara, você sabe o quanto a gente gosta de você não sabe, você é nosso parceiro há muito tempo...

— Sei, mas eu não curto essas paradas de despedidas, vocês não vão começar a chorar porque eu vou me aposentar, não é? – falei num tom brincalhão, então Hernandes e James riram.

— Não, só que esse é o problema cara, essa merda toda de querer sair... – disse James, ele discordou com a cabeça, parecia um pouco nervoso. — Você achou que Marcus é burro? Achou que ele não ia desconfiar de nada...

— O que você está dizendo? Ele falou alguma coisa para vocês? — perguntei preocupado.

— O que você acha? O que você pensa que ele sabe Joshua, tudo! — James garantiu, aquela frase já fora suficiente para meu coração disparar acelerado.

No mesmo momento eu entendi onde aquilo iria chegar, vi James mexendo discretamente na cintura, logo imaginei que ele ia pegar a arma, eu sei que ia e iria me matar, pois foi mandado por Marcus. Sim aquilo era uma armadilha.

Logo pensei rápido, não perdi tempo, abri a porta do carro com tudo e me joguei para fora antes deles puderem sequer digerir o que fiz, sai rolando pela rua e devido á velocidade do carro eu cai para fora da estrada, no meio do mato, continuei rolando morro abaixo, até conseguir me segurar em um tronco de uma árvore, antes que continuasse rolando todo o morro e caísse dentro de um rio que havia lá embaixo, eu fiquei alguns segundos sem me mover, sentindo meu corpo doer devido a minha queda no asfalto, a minha cabeça estava sangrando, logo ouvi um barulho, olhei para os lados e com dificuldade eu me arrastei até me encolher atrás da árvore que havia me segurado, escutei os passos se aproximando, respirei fundo e retirei a arma de minha cintura, segurando-a com mais força. Achei que iria ter que lutar, que seria ele ou eu. Mas antes dele se aproximar de vez, os passos cessaram, olhei discretamente para trás, e vi Hernandes alguns metros de distância, de costas, no celular.

— Marcus, já está feito! — falou apenas me confirmando que tudo aquilo não havia passado de uma armadilha para me eliminar. — O cara é esperto, se jogou do carro, mas caiu morro abaixo, o impacto provavelmente o matou, tem um rio lá embaixo, ele deve ter caído dentro dele e se afogado, pois estava inconsciente... — novamente ele ficou em silêncio por alguns segundos, com certeza porque o desgraçado do Marcus deveria estar falando. — Não, está certo, eu tenho certeza, fica sossegado... Ele já era! A parte dele é nossa, não é? Certo, valeu!

JoshuaOnde histórias criam vida. Descubra agora