Capítulo 6

13 5 7
                                    


- Vamos sair, ficar no quarto no último dia é chato. Podemos dar uns rolezinhos por aí, o que acham? – Sugeriu Carol.

- Vamos, pelo menos ter uma recordação boa dessa viajem, porque desde que cheguei aqui só tem acontecido desgraças – disse me levantando da cama.

- Por mim tudo bem – afirmou Elly.

Então saímos do quarto depois de nos arrumarmos, em rumo a lugar nenhum.

Decidimos ir a cidade vizinha. Não era tão longe.

Um amigo da Carol havia falado para ela que lá haveria um festival. Então quando chegamos a tal cidade, passamos de uma loja e compramos fantasias do festival.

Eu havia escolhido uma camiseta do festival e um boné, não queria chamar atenção demais. Mas a Carol e a Elly colocaram vestidos de vaqueiras. Eu não consegui vestir aquela fantasia, o vestido era curtíssimo, dava para ver a calcinha de quem vestia.

Seguimos para a pista de dança. Não queria dançar, mas a Carol me arrastou para pista. Comecei a dançar alguns dos poucos passos que sabia, mas parei quando vi Rick e Amina na pista dançando e se beijando. Elly viu e me puxou para fora da pista.

- Vamos sair daqui Carol – gritou Elly por causa da música que estava muito alta.

Carol virou para trás depois de ver o sinal que ela mandava.

- Você não precisa parar de se divertir por causa deles – falou Carol.

- Eu não me sinto bem aqui, você sabe que eu não gosto de dançar, vamos para um lugar calmo, por favor – implorei.

- Esta bem, vamos para algumas dessas barracas – Sugeriu Carol.

Saímos do local e demos algumas voltas nas barracas do festival.

- Posso ler o seu futuro – leu Elly em uma placa de uma das barracas que estavam por ali.

- Isso é mentira – afirmei.

- Nós sabemos disso, mas não faz mal brincarmos um pouquinho, o que acham? – Sugeriu Carol.

A Elly aceitou, então não tive escolha a não ser seguir em frente com elas.

Ao entrar não dava para ver muita coisa pela luz fraca do lugar. Tinha uma "bola de cristal", se é que eu posso chamar aquilo de bola de cristal, era mais uma lâmpada, mas já que era uma brincadeira, era melhor que eu não reparasse nisso.

Nos sentamos nas almofadas que estavam ali. Em seguida, entro uma mulher que aparentava ter uns trinta anos. Ela se sentou e começou a tocar na lâmpada e a olhar para nos. Aquilo era esquisito, mas entrei na brincadeira.

- O que vai acontecer comigo daqui a dez anos? – Perguntei.

- Nada, porque você estará morta em uma semana – disse a vidente.

- O que você esta falando sua louca! – Exclamou Carol. – Vamos sair daqui, essa mulher é louca.

- Não estou mentindo, você corrompeu muitas pessoas e os seus dias foram diminuídos por isso – continuou a vidente.

- Vai se fuder filha da puta! – Exclamou Elly desta vez.

As duas me tiraram dali.

Como ela sabia daquilo? Eu vou morrer? O que está acontecendo comigo?

Várias questões estavam na minha cabeça, mas me limitei em olhar para a tela do celular e eram vinte horas e três minutos, haviam se passado três minutos desde que saí da barraca.

- Eu vou morrer em uma semana...

- Isso não é verdade, aquela mulher é louca, não acredite em nada que ela disse. – Falou Carol.

- Eu, eu preciso ficar sozinha, não me sigam, euvou pegar um táxi – disse me dirigindo ao estacionamento.

24 Horas da minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora