Capítulo 7: aquele com a mensagem

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Tanto as aulas do colégio Françoise Dupont quanto as aulas do École élémentaire publique Saint-Bernard haviam terminado por aquele dia, o que trazia felicidade para os alunos que só queriam sair com os amigos ou só sair logo da escola.

Juleka: Bem que vocês podiam ter me dito que a Kyoco só ia aparecer na saída pra nos ver.- O grupo de amigos de Juleka se resumia a Kim, Nathaniel, Kyoco, Ivan e Sabrina, e sim, Juleka não conhecia Rose pessoalmente porque no colégio cada uma das irmãs usavam um sobrenome.

Nathaniel: Você deu tempo pra isso?- Da mesma forma como ocorreu antes do início das aulas Juleka saiu correndo de perto dos amigos indo atrás de Kyoco, que com seus cabelos pretos e olhos castanhos claros, esperava na calçada.

Juleka: Kyoco, quanto tempo?- As duas se abraçaram parecendo que não iam mais se soltar.- Como foi ficar no Japão sem nós, sobrevivendo só com sua família e costumes japoneses?- Após alguns segundos em silêncio Kyoco desfaz o abraço e cumprimenta o resto do grupo.

Kyoco: Quanto aos costumes foi ótimo, adoro minha cultura, mas ter que ficar revezando entre a casa do meu pai e da minha mãe, foi horrível a um nível extremo.

Kim: Nenhum deles voltou com você?- Todos já sabiam a resposta. Os pais de Kyoco gostavam muito da França até morarem nela por quatro anos, então veio o divórcio e a confusão, mas Kyoco amava o país francês com todas as suas forças e por isso queria se formar e ficar nele.

Kyoco: Não, voltei sozinha. Você sabe disso.

Sabrina: Você vai morar aonde? Não me diz que é com aquele rapaz que você estava de papo e não quis dizer quem é!- Um sorriso pervertido cresceu no rosto dos amigos da japonesa, o que a fez ficar com vergonha de ter compartilhado aquela informação com eles meses atrás.

Kyoco: Não, quem dera. Vou morar com a Penny Rolling.

Juleka: Não brinca?! Vai ser incrível! Vamos poder fazer festas e usar as bebidas do bar porque a Penny é bem liberal.- Isso era verdade, após quase 10 anos conhecendo Penny já a considerava da família, principalmente por Penny entender ela e os amigos melhor que seus próprios pais.

Kyoco: Eu preciso ir pra terminar a arrumação do meu quarto. Depois marcamos a primeira festa, só passei mesmo pra ver vocês depois de meses distante.

Assim que Kyoco piscou para os amigos saiu cantarolando alguma música japonesa até o metrô, os deixando na porta do colégio felizes pela amiga ter voltado, mas sentindo que algo estava estranho com ela. Segundos depois dos amigos irem cada um em direção a sua própria casa uma moto preta estaciona na frente da escola.

Alya: Valeu, mana. Me espera aqui.- A ruiva procurou por todos os lugares quem queria encontrar até que o avistou na soverteria na frente da escola. Sem esperar se dirigiu até ele.- Oi garotos.

Max: Oi, se você está procurando a Rose...

Alya: Eu estava procurando ele.- Apontou para Nino depois de interromper Max.

Nino: O que você quer comigo?

Alya: Te entregar isso.- Ela tira um pacote marrom da mochila colocando em cima da mesa.

Nino: O que é isso?

Alya: É sério que você está duvidando da procedência de um pacote da sua fada madrinha? Não é nada demais. Confia, vai.

Nino: Se der ruim eu vou atrás de você.

Alya: Tudo bem, mas não vai dar ruim. Você vai até me agradecer.- Os três escutam o barulho de uma buzina de moto.- Eu tenho que ir, depois a gente se vê e você me diz o quanto você gostou do que está aí.

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