Capítulo 4: aquele com o choro

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Adrien: Responde, você quer que seu pai saiba disso?- A cada palavra a voz do rapaz abaixava o tom.

Marinette: Não, claro que não. Meu pai não pode nem sonhar com isso.

Adrien: Então para de falar como se eu não fosse o pai do Hugo, porque eu sou.

Marinette: A gente tem que pensar direito no que a gente tá fazendo. Você tem que pensar direito se é isso que você quer.

A reação de preocupação de Marinette era óbvia. Seu melhor amigo havia dito que assumiria um filho que não era dela meses atrás, e agora que a criança nasceu, o momento final havia chegado.

Adrien: Pensar bem? Pelo amor de Deus! Agora que eu já enfrentei meu e o seu pai, atendi a todos os seus desejos de grávida. Você quer que eu desista e pague de otário? Não foi isso que a gente combinou.

Marinette: Você está certo é que sair da maternidade e ter que pensar em ficar sozinha em casa com o Hugo me deixa nervosa. Eu não vou conseguir.

Adrien: Vai sim, você é boa em tudo que você faz, vai tirar de letra.- Antes de receber alguma resposta o loiro puxou a amiga para um abraço apertado com cafuné na cabeça, algo que ela amava.

Marinette: Eu só quero ficar aqui, abraçada com você.

Alguns minutos haviam se passado e os dois não saíram daquela posição até que se separaram se encarando. Nenhum dos dois tinha a menor ideia do que iria acontecer com eles ou como bebê. Assim que os dois se acalmaram o máximo que conseguiram retornam para o quarto.

Tom: Filha, vem cá.- Da mesma forma que Adrien fez, Tom puxou Marinette para um abraço.- Podemos conversar? Tá tudo bem?

Marinette: Eu tô com medo. Sai de 'a garota mais popular do colégio' pra 'mãe que não sabe o que fazer com o bebê'.

Alya: A gente já disse que vai ajudar ela.- Todas as meninas que estavam no vagão naquela sexta-feira treze estavam sentadas na cama brincando com Hugo.

Mylène: É, você não está mais sozinha. Bem, nunca esteve.

Marinette: Valeu, mas você não sabem cuidar de bebês.

Juleka: A gente aprende.

Rose: Eu já andei pesquisando e já sei o que fazer quando o bico rachar, ele tiver cólicas...

Alix: Não assusta ela. Você tem razão, a gente não sabe, mas vamos aprender.- Ninguém sabia o porque mas Marinette começou a chorar e a soluçar.

Marinette: Todo mundo tem mãe nessas horas, eu só queria a minha aqui.

Mylène: Não que sirva de consolo, eu perdi minha mãe no meu parto.

Alix: A minha mãe abandonou a minha família.- Marinette correu até as garotas e as abraçou, elas sentiam o mesmo que si mas ainda sim estavam ali dispostas a ajudar. Aquelas cinco garotas foram a segunda coisa mais aleatória que acontecera na vida da jovem mãe, depois do parto no meio do metrô, e parecia que Marinette amava situações aleatórias.

Tom: Vamos pra casa, querida.

Minutos depois Marinette e sua família estavam no carro e as amigas haviam ido pra casa. Talvez aquela noite fosse a pior da vida da nova família Dupain-Cheng.

Adrien: O Hugo dormiu?

Marinette: Finalmente, achei que nunca fosse parar de chorar.- Já eram quase 23:30 quando o bebê havia fechado os olhos e dormido desde o momento que chegou em casa.

Adrien: Eu passo a noite aqui pra te ajudar, se você quiser.- Os dois estavam sentado nos bancos da padaria tomando um café depois do dia corrido que haviam tido.

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