Capítulo 6: aquele com a discussão

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A reunião seguia no colégio Françoise Dupont assim como o trabalho das meninas enquanto Marinette e Adrien tiravam um cochilo merecido.

Alya: Como você dobra devagar, hein Juleka.- A caçula dos Couffaine tentava fazer seu máximo, já havia dobrado roupa, mas nunca de bebê.

Juleka: Pra que a pressa?- As duas ficavam se importunando, o que deixava o local com a energia pesada. Juleka, após o comentário de Alya, começou a dobrar as roupas mais rápido o que resultou em roupas mais amassadas do que dobradas.

Alya: Isso ai é jeito de dobrar?

Juleka: O que que tem? O Hugo vai amassar mesmo.

Alya: A sua empregada também faz isso?

Juleka: Eu falei minha empregada porque é forma de dizer. Eu sei que ela trabalha pra minha mãe, e eu me dou super bem com ela.- Todas as outras garotas prestavam atenção na conversa,  sabiam o que fazer, só não sabiam se isso pioraria o momento ou ajudaria.

Alya: A minha mãe trabalhava de faxineira antes da gente vir pra Paris e ela conseguir um emprego em um restaurante, daí a Nora começou a trabalhar de faxineira quando viemos pra cá até entrar em lutas profissionais.

Juleka: Legal.

Alya: Legal?- O tom de irritação na voz de Alya era óbvio. Na sua cabeça não entrava uma pessoa achar 'legal' uma pessoa trabalhar como faxineira. É uma profissão digna? Sim, mas não é legal quando você tem que levar sua comida e bebida, porque dizem que a faxineira se aproveita do patrão.- Elas deram o maior dura na casa de gente esnobe que dizia 'a minha faxineira', como se fosse propriedade da família.

Juleka: Quer saber. Dobra essas roupas se você é tão boa assim.- Após jogar a roupa que estava dobrando na frente de Alya, saiu andando até a sala pisando forte.

Myléne: Volta aqui, Juleka, eu já arrumei aí.- Ainda com a vassoura na mão, foi atrás da amiga que abandonou seu posto.

Rose: Alix, vem ajudar a Alya a dobrar as roupas.- Disse enquanto passava um macacão verde cheio de patinhos amarelo de Hugo.

Alya: Por que eu e a Alix temos que fazer a tarefa da Juleka?- Alix continuava a secar a louça tentando evitar a conversa.

Mylène: Vocês podem falar mais baixo, o moleque vai acordar.- Falou apontando para a porta do quarto de Marinette.

Alix: Você quem está levantando a voz, Mylène.

Alya: Outra, por que a gente tem que obedecer a Mylène? Cada uma não pode escolher o que quer fazer?

Mylène: Vamos parar de brigar porque vocês sabem que se o Hugo acordar ele chora por horas.- Retornou na cozinha puxando Juleka pelo pulso a levando até a mesa aonde tinham muitas roupinhas e coisas de bebê para dobrar e guardar.

Juleka: Foi a Alya quem começou.- Falou com a voz baixa voltando a mexer nas roupinhas.

Alya: Eu? Você com esse privilégio branco não se toca que tem gente nesse mundo que nasceu com muito menos riqueza que você e essa sua família rica!

Juleka: Eu não sou assim! Eu não tenho culpa de ter pais famosos e ricos!

Alya: Mas podia ter mais consciência! Vocês, de escola de gente rica, que nasceram com tudo na mão são tudo alienadas!

Rose: Sobrou pra mim e pra Mylène agora?- Largou a colher na panela encarando a garota que a ofendeu.

Alya: Você que vestiu o casaco!

Rose: Mas quem estava falando da faxineira como propriedade era a Juleka!

Juleka: Vai me acusar você agora, branquela?

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