Capítulo 10: aquele com o desabafo

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Juleka: E aí, Marinette.- Se sentou á bancada da parte da padaria onde se faziam os sanduíches observando Marinette do outro lado lavando louça.- Chamei alguns amigos do colégio pra vir hoje de tarde aqui ajudar a arrumar o galpão.- Largou a mochila na bancada tirando um caderno de dentro anotando alguma coisa na folha de papel.

Marinette: Mas já? Achei que a gente tinha combinado que iríamos limpar nesse final de semana e fazer a balada daqui duas semanas.

Juleka: A gente tinha, mas é que com tudo que tá acontecendo, eu achei que seria uma boa ideia esvaziar a cabeça. Mas vai ser bom, eu juro.

A jovem mãe sabia que não estava fácil pra Juleka, com os pais se separando, um irmão perdido no mundo e um sobrinho que apareceu do nada, mas pra ela também não estava, precisava pensar em todas as hipóteses para sua ações, não podia mais ser inconsequente por causa do filho.

Marinette: Juleka, eu sei tá difícil pra ti com isso, só que você tem entender que eu preciso de tempo pra pensar. Eu sei que você não me cobrou, só que eu senti que era isso que você queria me dizer.

Juleka: Não queria te pressionar, mas você também me entende. Olha, aqui tá o nome completo do meu irmão, Luka Couffaine Stone, o instagram e o número de telefone se você quiser tentar fala com ele.- Arrancou uma folha de papel do caderno largando na bancada de mármore. A jovem mãe encarou o papel por um tempo até que o pegou para colocar no bolso da calça.- A gente ainda vai conversar direitinho sobre isso, tá?

Marinette: Tá bem.- As duas se encararam sorrindo.- Ei, não importa o que eu escolher, você vai continuar sendo minha amiga?

Juleka: De verdade, eu não sei, isso é uma coisa muito importante na vida da minha família, mas se você decidir não contar pro Luka eu quero falar pra minha mãe sobre isso, ela guarda as coisas pra ela, só pra ela conhecer o, provável, único neto.

Marinette: A gente fala sobre isso depois, daqui a pouco chega gente e não quero que isso se espalhe.- Piscou para a amiga que respirou fundo, pois tudo que ela queria era começar a resolveu os problemas que apareciam na sua vida.

As duas ficaram conversando sobre a balada do bebê, sobre Hugo, sobre praticamente tudo até a chegada de Alix e Alya que apareceram rindo contando como Alya havia levado marmita de casa para esquentar no microondas da cozinha da escola, mas Alix a convidou para comer em sua casa, o que para muitas pessoas é um sinal de que a amizade passou para outro nível.

Alix: Antes que pergunte Juleka, eu e a Alya só conseguimos pensar em uma pessoa de confiança lá do colégio pra ajudar. Ela só foi deixar a irmã em casa, comer algo e já vem.

Alya: Eu tentei chamar a minha irmã e o irmão da Alix, mas os dois iriam estar trabalhando hoje.- Segundos depois Rose entrou correndo na padaria com a respiração ofegante, sendo seguida por Mylène que parou na porta para respirar. 

Rose: Chegamos.- Apoiou-se no ombro de Alix.

Mylène: Não precisávamos correr. Juleka, tu saiu mais cedo da escola?

Juleka: Não, é que não fico paquerando o professor de biologia depois que a aula acaba.- Mylène fica vermelha e começa a encarar o chão enquanto as amigas riam baixinho.- É, eu sei do seu paquera. Passei na sua sala e você quase se derretendo na mesa dele.

Mylène: Tá bom que eu vou paquerar o professor casado.- Comentou colocando a mochila na pilha de mochilas que as garotas fizeram no balcão.

Rose: Casado, mas tem uma ferrari que não sei por Deus da onde ele tirou dinheiro para aquilo. Ele deve ganhar uns 6 mil euros por mês.

Juleka: Esposa rica. Enfim, fizeram o que eu pedi?- Sorriu para as colegas de escola que se entreolharam.

Rose: Eu só chamei o Nino e o Max, eles são meus outros únicos amigos. Eles são bons com tecnologia, eles podem ajudar a Alya nos negócios que só ela entende.

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