Capítulo 14

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Christian

Mal escutei os gritos soube que Anastásia estava a ter mais um pesadelo e por isso segui os seus irmãos até o quarto dela. José entrou na nossa frente e tratou de nos impedir de entrar.

— Ana precisa de ajuda e eu meio que já lidei com esta situação antes. — disse me lembrando do que aconteceu na nossa viagem

— Você ajuda numa próxima queridinho quando não tiver a sua noiva na sala a sua espera. — respondeu José e confesso que fiquei frustrado — Podem ficar tranquilos que cuidarei muito bem da Ana.

Ele fechou a porta do quarto na nossa cara e todos acabamos por descer para a sala. Os irmãos da morena estavam visivelmente preocupados, assim como eu, mas claramente Luke era o mais abalado e eu supunha que era por ter visto a expressão do rosto da irmã ao acordar. Eu ainda lembrava de quando a vi em Los Angels.

— Não seria melhor ela procurar uma ajuda profissional? — perguntou Ryan enquanto bebia um pouco de whisky na tentativa de se acalmar — Talvez ela se abra com um psicólogo e conte para ele o que vem escondendo de todos nós.

— Até que não é uma má ideia. — disse Luke — Mas a decisão final é dela.

Meu olhar não saia das escadas pois a minha vontade era de subir por elas e ir bater na porta do quarto de Ana para saber como ela estava. Suzanna deve ter percebido pois acabou batendo em um dos meus braços e me olhou irritada.

— Qual o problema? — perguntou ela — Porque diabos você não para de olhar as escadas?

— Nada. Só fiquei preocupado, nada demais.

— Acho bom. — disse ela. — Temos coisas mais importantes com o que nos preocupar como o nosso casamento, não perca o seu tempo com bobagens. — revirei os olhos e fingi escutar o que ela falava

Algumas horas depois foi levar Suzanna em casa com a intenção de voltar, mas ela me convenceu a passar a noite com ela dizendo que estava com saudades dos nossos momentos a dois.

Anastásia

Mais um pesadelo, ou melhor uma maldita lembrança daquela maldita noite.

Por mais que não quisesse chorar as lágrimas teimavam em cair pelo meu rosto sem autorização e me encolhi na cama. Senti um leve cafuné nos meus cabelos e sabia que era José quem estava ali. Havia escutado ele colocar todos para fora.

— Meus irmãos? — perguntei com a voz embargada

— Mandei eles voltarem depois. Agora você não tem condições para ver nenhum deles, deusa. — disse ele pegando um pouco de água para mim que sempre tinha na cabeceira da minha cama para durante a noite — Bebe um pouco que vai te fazer bem.

— Obrigada. — disse bebendo com cuidado — Obrigada por sempre estar do meu lado cuidando de mim. — disse e ele sorriu

— E onde mais eu poderia estar? — Perguntou ele elevando a sobrancelha — Melhores amigos não são somente para os bons momentos. — sorri fraco — O delicia do Christian parecia preocupado com você. Quer me dizer o que aconteceu ou vou ter de adivinhar?

Não podia revelar toda a verdade sobre os meus pais a José, pelo menos por enquanto, por isso tratei de mencionar somente que me havia encontrado com Christian na parte de tarde e que havia rolado um beijo.

— Isso começa a ter cheiro de romance. — disse meu amigo e neguei enquanto fechava os olhos tentando dormir.

Autora

Na manhã seguinte Andrea desceu para tomar o café da manhã e acabou encontrando com Ryan na sala. De imediato ela lembrou da ceninha dele com a loira no dia anterior e tratou de o ignorar, mas ele seguiu-a até à cozinha.

A TestemunhaOnde histórias criam vida. Descubra agora