A Testemunha

Capítulo 18

Anastásia

Ao perceber que eu ainda não tinha dado a nossa conversa por terminada Gregor sorriu e voltou a sentar.

— Como o seu chefe pode ter a certeza de que sou de facto uma Steele? — perguntei e Gregor sorriu

— Pensei que você era mais esperta e que já havia entendido, Annie. — disse ele e continuei calada — Você não lembra o que aconteceu naquela noite antes de eu fugir?

Flashback on

Ao ver os meus pais mortos fiquei abalada e cai de joelhos no chão deixando várias lágrimas caírem pelo meu rosto. Gregor apontava uma arma para mim quando escutamos um barulho e soubemos que os seguranças estavam a chegar. Ele me pegou pelos cabelos puxando-os com força e olhou-me nos olhos.

— Adoraria prolongar o nosso serão, mas parece que mais convidados indesejáveis estão para chegar por isso terei de partir. — olhei para ele com ódio e raiva por tudo que presenciei naquela sala — Porém levarei uma lembrança sua querida. — disse Gregor arrancando de seguida com força alguns fios do meu cabelo e jogando-me com força no chão — Tenho certeza que nós voltaremos a encontrar.

Gregor e o outro bandido saíram da sala correndo e me arrastei para junto dos corpos dos meus pais chorando pela perda.

Flashback off

— Meus cabelos. — murmurei — Vocês usaram os meus cabelos para fazer um exame de DNA. — Conclui depois de pensar um pouco

— Touché. De quatro opções passamos para três. — Ele aproximou o seu rosto — Diga-me uma coisa. Você contou aos seus irmãos que um deles não é filho de Raymond?

— Isso não é de sua conta. — respondi ríspida e Gregor riu

— Pelo jeito você não contou. Vai enganar eles até quando? Quando o meu chefe souber qual deles é o filho perdido pode ter a certeza que o irá procurar.

— Se esse homem pensa que vai destruir o que restou da minha família está enganado. Seja quem for a criança que os meus pais esconderam dele, ela jamais o vai perdoar por ter ordenado a morte de quem o criou e amou. Raymond Steele foi único pai que ele conheceu.

— Isso é o que veremos.

Gregor foi levado novamente para a sua cela e Christian entrou na sala de interrogatórios e me abraçou bem forte. Retribui o seu abraço e me aconcheguei nele me sentindo segura.

Depois de trocarmos umas palavras com o delegado saímos da delegacia e voltamos para casa em silêncio pensando em tudo o que havia acontecido.

Autora

Mason andava pelo colégio com um sorriso bobo. Ainda não estava a acreditar que finalmente tinha provado os doces lábios de Mia e decidiu ligar para uma floricultura e encomendar um lindo ramo de rosas vermelhas para a presentear.

Leila

Apesar de no início ter achado ótimo a ideia de Mia sair com Mason para provocar ciúmes em Ethan agora estava com o pé atrás. Estava preocupada com a minha amiga e com medo de que no final ela fosse sair ainda mais magoada.

— Você é tão careta barbie. — disse José — Qual é o problema da Mia se envolver de verdade com Mason? O Ethan não anda pegando a Gia pela empresa? Pois ela também pode fazer o mesmo e se no final os dois quiserem voltar irei apoiar de igual forma, mas estarei muito feliz por saber que ela pegou o gostosão do Mason.

— E se Mason não gostar de ser usado e tentar machucar a nossa amiga?— perguntei preocupada

— Dramática você. Mason com certeza quer é afogar o ganso na Mia e não se importa nem um pouco em ser usado. — abri a boca em choque e bati em José — Barbie, entenda que Mason é gostoso demais para perder o seu precioso tempo com vinganças. O que pode acontecer é ele nos agradecer pois com a nossa ajuda vai poder dar uns bons amassos no seu objeto de desejo.

— Fico chocada com as coisas que você diz. — José riu — Qual será o próximo passo? — perguntei

— Nada definido ainda. Vamos esperar pela volta de Ana.

Autora

Vicky estava furiosa por Ryan a andar a evitar depois de serem apanhados por Paul aos beijos. Tudo bem que ela quem se jogou em cima dele, mas pensou que o Steele ao menos iria correr atrás dela o que não aconteceu. Agora não tinha nem mesmo Paul atrás dela.

— Você tinha o Paul aos seus pés e não aproveitou por isso não reclama agora. – Disse Amber a amiga

— Você seria capaz de dispensar um homem como Ryan por causa do Paul? Pois eu não.

— Acontece que o Ryan nunca quis nada com você Vicky, você quem se jogou em cima dele pensando que o conquistaria e acabou perdendo os dois Steele.

— Se Ryan pensa que as coisas vão ficar assim está enganado. — Disse Vicky com ar sombrio

Paul que andava pelo campus da universidade viu Vicky ao longe conversando com a amiga e ficou feliz por não sentir mais tristeza só de a ver. Depois da sua saída com Elliot percebeu que a garota não era assim tão importante para ele e que o que o mais magoou foi o beijo que viu ter sido dado com o seu irmão. E depois havia Hannah, a garota que conheceu na boate e que era super gente boa.

Ryan estava sentado em casa vendo os seus e-mails quando percebeu que tinha um de Camille, a ex de Luke com quem ele havia se envolvido e ficou sem saber se lia ou não.

— Viu algum fantasma Ryan? — Perguntou Luke ao ver a cara do irmão que se assustou ao vê-lo ali

— Quase isso. — respondeu e Luke não querendo mostrar interesse deu de ombros, mas quando ia subir as escadas para o quarto o irmão largou a bomba — Camille me enviou um e-mail. — Luke paralisou na subida das escadas e olhou-o

— Como é? O que essa vadia quer? – Perguntou raivoso

— Não sei se quero saber por isso ainda não abri.

— Faça o que quiser, mas não ouse trazer ela de volta para as nossas vidas ou teremos mais uma vez problemas e bem sérios. — disse Luke subindo as escadas furioso e batendo a porta do quarto com força

Christian

Quando chegamos em casa Ana foi em direção ao pequeno bar que havia na sala e pegou em uma bebida bem forte o que me fez erguer uma das sobrancelhas.

— Não me olha desse jeito pois estou precisando da bebida.— disse ela bebendo tudo de uma vez

— O que pretende fazer? — perguntei curioso e ela deu de ombros sem saber — Pelo menos agora você sabe que é uma Steele de verdade.

— Pois saiba que preferia não ser. — respondeu e a olhei sem entender — Se a criança que os bandidos procuram fosse eu, os meus irmãos jamais precisariam saber do passado dos nossos pais.

— Eles terão de saber mais cedo ou mais tarde a verdade, você não os pode proteger para sempre. — Ela serviu-se de outra bebida

— Tenho de descobrir quem é o suposto pai de um dos meus irmãos. — Disse ela sentando ao meu lado — O que acha de irmos em um clube de swing? — Eu que estava também a beber engasguei com a bebida

— Ficou louca? — perguntei e ela riu

— Claro que não. — disse ela — Nós iriamos fazer uma visita de estudo, ver como era o ambiente e tentar descobrir mais sobre a vida secreta dos meus pais. Não seria nada demais.

— Teríamos de fingir ser um casal. — disse e ela assentiu sorrindo

Olhamos fixamente um para o outro sem perceber fomos nos aproximado, parecia que um íman nos puxava e quando menos percebemos estávamos com os lábios colados em um beijo cheio de paixão.