Capítulo 7

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Anastásia

Passei boa parte da noite rolando na cama de um lado para o outro pois as imagens do dia em que os meus pais foram mortos teimavam em aparecer na minha mente. A verdade era que estava com algum receio do que poderia acontecer quando coloca-se os meus olhos em cima de um dos assassinos, receava lembrar de coisas que demorei meses a enterrar no fundo da minha mente.

Levantei, tomei banho e me arrumei. Estava a terminar de fazer a maquiagem quando escutei uma batida na porta do meu quarto. Pensei que poderia ser Christian, mas para a minha surpresa era Elliot do outro lado e estava bem nervoso.

— Aconteceu alguma coisa, Elliot?— perguntei enquanto ele entrava no meu quarto — Você parece nervoso.

— Preciso da sua ajuda.— disse ele sentando na minha cama sem a menor cerimónia

— Ok.

— Estou interessado em uma garota. — disse ele e sorri

— E quando é que você não está?— perguntei me sentando ao seu lado — Pelo que me contaram sempre tem uma garota na sua vida e nunca é a mesma durante muito tempo.

— Também não é assim.— disse ele e o repreendi com o olhar — Talvez seja, só que desta vez é diferente. Me ajuda.

— Quem é a garota? — perguntei e ele abriu um lindo sorriso

— Katherine, a sua nova assistente. Ela é linda e meu coração está balançando por ela.

— O que você pretende de mim exatamente?— perguntei curiosa

— Que me ajude a conquistar Katherine. Ela vai ser sua assistente e pensei que a poderia convencer a sair comigo.

— Isso posso fazer, mas em troca quero que tire Paul do quarto. Meu irmão tem estado meio deprimido e precisa se divertir. Enquanto eu estiver viajando com Christian você o ajuda e na volta eu te ajudarei.

— Isso é chantagem. — disse ele se fingindo chocado e ri

— Eu considero como uma troca de favores. — pisquei

Iria ajudar Elliot de qualquer modo, mas vi nele a oportunidade de ajudar Paul e resolvi aproveitar. Desci as escadas com um pequena mala na mão e sorri ao ver que Christian já me esperava.

A viagem até Los Angeles não foi muito longa e depois do avião aterrar fomos até a minha casa que era onde ficaríamos acomodados.

— Nervosa? — me perguntou Christian

— Um pouco. Não queria ter de ver nenhum dos desgraçados que mataram os meus pais, mas não a nada a fazer. — Christian segurou na minha mão delicadamente e olhei

— Estarei sempre do seu lado e o delegado assegurou que ele não saberá que você está lá. Ele vai ser encaminhado para uma sala com alguns homens parecidos a ele e você os vai observar através de um espelho e depois indicar o assassino. — assenti

Ao chegarmos na delegacia o delegado não desviava o olhar de mim, pois no fundo sabia que eu escondia algumas informações dele. Christian se apresentou como meu advogado e pouco depois seguimos até a sala onde eu faria o reconhecimento.

Ao perceber o meu nervosismo Christian se aproximou e segurou a minha mão de forma firme. Trocamos um olhar e então a outra sala que dava para ver através do espelho foi iluminada, a porta abriu e por ela entraram 5 homens muito parecidos que ficaram lado a lado olhando de frente para o espelho, ou seja, para mim. A vez, o delegado foi pedindo que cada um deles desse um passo a frente e no fim me perguntou se eu reconhecia algum deles como sendo um dos assassinos do meu pai.

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