Capítulo 65

2.5K 346 63
                                    

Ana

Ficar em casa sem saber o que se esta a passar definitivamente não é para mim. Eu só ainda não peguei na minha bolsa e saí atrás do meu namorado e irmãos porque coloquei o meu bebê acima de tudo.

Jasmin era para ter ficado aqui em casa comigo, mas José ao perceber que ela estava a me deixar mais nervosa decidiu sair com ela. Eles foram dar uma caminhada pelas redondezas me deixando só.

Sentei no sofá da sala e encostei a minha cabeça para trás a pensar em tudo o que aconteceu desde o fatídico dia em que vi os meus pais perderem a vida. Foram meses complicados, porém nem tudo foi mau.

Devo ter adormecido em algum momento e quando abri os meus olhos dei de cara com Suzanna sentada na mesinha que ficava em frente ao sofá a apontar uma arma na minha direção.

- Finalmente a Bela Adormecida acordou. - disse ela com desdém

- O que faz aqui, Suzanna? E porquê essa arma? - perguntei e ela sorriu

- Achou mesmo que iria roubar tudo que era meu e que ficaria por isso mesmo? - ela riu mais - Eu vim acertar as nossas contas.

- Não temos o que acertar. - disse tentando soar calma, coisa que eu não estava pois temia pelo meu bebê.

- Vocês me subestimaram Anastásia. Eu não sou tão burra quanto pensam. - Ela se aproximou - Quando Jack me ligou dizendo que aceitou a troca sem fazer perguntas soube que algo estava errado. Ainda o tentei alertar, mas ele se acha demasiado esperto para cair em uma armadilha. - Fechei os olhos - Era para eu também estar no encontro em que você se entregaria em troca do seu irmão, mas a última da hora mudei de ideias e decidi ficar na porta da mansão Grey a vigiar.

- Você percebeu que não era eu no carro. - afirmei

- Sim. - confirmou ela - Confesso que se nunca tivesse visto você em pessoa também seria enganada. Ainda bem que não foi. - Ela se aproximou e passou o cano da arma pelo meu rosto - Você não devia ter atravessado o meu caminho.

- Se você sentisse um terço do que sinto pelo Christian o deixaria livre para ser feliz. - Ela gargalhou

- Não estou aqui para medir sentimentos. Estou aqui para acabar com o meu problema.

Ela engatilhou a arma e fechei os meus olhos temendo por mim e pelo meu bebê, mas então nada aconteceu. Abri os olhos lentamente e vi Suzanna caída aos meus pés enquanto José estava em pé com uma frigideira na mão.

- Acabou diva. - disse o meu amigo vindo me abraçar - Essa ariranha não vai fazer mais nada contra você.

Abracei o meu amigo com força e deixei cair as lágrimas que segurava. Escutei a sirene da polícia e logo depois Jasmin entrou na sala a correr.

Ela e José ao voltarem para casa decidiram entrar pela porta da cozinha e ao escutarem a voz de Suzanna decidiram agir. Enquanto minha cunhada chamava a polícia meu amigo pegou na primeira coisa que viu e que pudesse usar como arma e veio para a sala. Quando ele viu a maldita pronta a disparar sentou a frigideira na cabeça dela me salvando.

Escutei os gritos de Suzanna ao ser levada algemada pela polícia e senti um enorme alívio por não ter mais que me preocupar com ela. Jasmin pegou no celular e sorriu me olhando.

- Deu tudo certo. - disse ela - Jack foi pego. Eles estão voltando com Bryan.

Roger

Saí da maldita reunião que me tomou a manhã toda e foi direto para o apartamento em que estávamos a ficar aqui em Seattle. Ao sair do elevador escutei gritos de Elena e me assustei correndo na sua direção. Abri a minha porta e encontrei a sala toda destruída e Elena caída no chão a chorar.

A TestemunhaOnde histórias criam vida. Descubra agora