Capítulo 1

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Desafios nem sempre são bem aceitos, ainda mais aqueles que não esperamos.

Gwangju, 05:40 AM...

O dia se iniciou chuvoso, frio e muito nublado. Mesmo que o sol já tivesse nascido naquela parte do planeta, era evidente que seus raios ainda não havia iluminado ali. Ou talvez até esteja, mas as nuvens densas não permite que os mesmo iluminem aquela manhã. Entretanto o frio não só estava no clima, estava também no coração daquela mulher. Após mais de um mês e meio de atraso de sua menstruação, ela decidiu por fim fazer um teste de gravidez e o resultado a fez sentir frio. "O típico frio na barriga".

O positivo estava estampado naquela folha que a mesma segurava em suas mãos trêmulas.

Desde o dia anterior, quando ela finalmente pegou o teste seu coração gelou. Ela não tinha a menor condição de criar aquela criança sozinha. Ela havia acabado de fazer vinte anos e estava na metade da faculdade que pagava com muito esforço, mas que em apenas uma noite em que cometeu um deslize tudo poderia virar de cabeça pra baixo. Durante toda aquela madrugada ela chorou, rezou, pensou, se desesperou e chegou a uma conclusão. Ela iria falar com o pai da criança.

A mesma morava sozinha, trabalhava e se sustentava só. Agradecia por seus pais ajudarem a pagar sua faculdade, mas se eles soubessem de sua gravidez ele parariam. Ela sabe o quão seus pais são conservadores e até pensam que a mesma é virgem ainda. Eles sempre falavam :" Minha filha irá casar de branco, e será virgem até que seu esposo o tome para si. "

Acontece que desde os dezoito a mesma não era mais virgem, mas a pressão que seus pais colocavam era tão grande que a mesma não sente a liberdade de dizer sobre seus pensamentos e sua vida. Ela não se sentia confortável para fazer tal coisa.

Ao olhar no relógio do celular, ela viu que já eram seis da manhã. Entrou na lista de contato e ligou para o pai da criança. Ele seria sua única esperança.

Após chamar inúmeras vezes o mesmo atende e fala de forma muito grosseira com a mesma. Por fim, ela consegue marcar um encontro com o mesmo na hora do almoço. Seria perfeito para colocar as cartas na mesa.

{•••}

Já eram meio-dia em ponto e a mesma saiu do seu local de trabalho e foi se encontrar com o mesmo em uma praça não tão longe dali. Suas mãos suavam e ela sentia náuseas. Pensou que talvez fosse por estar nervosa, isso com certeza era verdade, porém também fazia parte da gravidez. Ela sentou no banquinho e ficou admirando as aves ali e imaginou um dia estar com seu filho ou filha brincando naquela praça enquanto alimentava os animais também. Um sorriso bobo brotou em seus lábios com aquele pensamento e ela estava tão inerte em seu mundo imaginário que não notou quando o homem havia chegado e sentado ao seu lado.

- Cheguei. Vamos direto ao assunto, eu não tenho muito tempo. - Encostou suas costas no banco e olhou pra ela.

Suas mãos tremiam, suas bochechas queimavam e um frio na barriga lhe passou. Ela respirou fundo e olhou no fundo dos olhos dele.

- Eu estou grávida. - Sorriu pra ele e o mesmo arregalou os olhos. A mesma não sabia o que esperar dele e apenas o fitou sorrindo. - Nós vamos ter um filho. - Tentou pegar na mão do homem ao seu lado mas ele soltou e ficou de pé.

- Eu não quero ser pai de mais um. - A mesma olhou pra ele confusa.

- Mais um? - Franziu o cenho.

- Eu sou casado e sou pai de dois filhos, eu não posso ficar com você e muito menos assumir essa criança. Isso não é algo discutível. - Passou as mãos nos cabelos escuros e a língua sobre os lábios.

Obsession - VHope. Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora