- por favor, por favor, por favorr. - sentada no vaso sanitário Lee yuna olhava pro teste de gravidez com expectativa.
Era a terceira vez que ela fazia todo o processo de tomar hormônios e fazer todas as consultas periódicas e a tão sonhada fertilização. Foram muito dinheiro tempo e esforço tanto físico quanto emocional mas ela estava decidida, iria ser mãe custe o que custar.
- droga. - jogou o teste negativo no chão. Era o quinto que ela fazia.
Suspirou fundo e lavou o rosto na pia. Aos trinta anos ela se sentia velha e cansada. Todas as suas amigas ja eram mães e tinham seus maridos por quê a vida tinha que ser tão injusta com ela? Olhou pro lado e o celular vibrava suspirou ao ver que era a mãe mas mesmo assim atendeu.
- alô. - disse sem ânimo.
- querida?
- hun.
- como foi dessa vez?
Não queria contar pra mãe e ter que ouvir o velho sermão de sempre mas sabia que nada podeira passar por sua mãe que ficaria insistindo até saber o resultado.
- negativo. - se limitou a dizer.
- oh querida sinto muito.
- tudo bem. Irei a clínica novamente na sexta.
- yuna querida isso só pode ser um aviso dos céus.
Lá vamos nós de novo.
- aviso de quê mãe.. - revidou os olhos.
- encontre um bom marido e tenha filhos da forma natural.
- mãe por favor..
Suspirou lembrando do último relacionamento onde pegou o noivo na cama com sua melhor amiga. Para casar era necessário confiança e yuna não conseguia mais acreditar em ninguém.
- yuna até quando pretende prosseguir com isso? Pelo amor você quer ter um bebê que é feito em laboratório.
- mãe não é bem assim.
- pra mim é! Querida só estou preocupada com você. Por quê não vai mais a encontros às cegas como antes?
Houve uma época em que por capricho da mãe ia a encontros arranjados o que só a fez ficar mais traumatizada pois em um desses encontros sofreu uma tentativa de estupro, o que ela mantinha em segredo de todos.
- mãe isso não funciona mais hoje em dia. É muito cafona.
- funciona sim. Sua irmã mais nova por exemplo, não casou com um médico que conheceu em um encontro as cegas?
Yuna suspirou mais uma vez. Ser comparada a outras mulheres já era difícil imagina ser comparada a irmã mais nova. - mãe eu não quero.
- yuna até quando vai se afundar nessa obsessão por ter um filho sozinha? Você já vai fazer trinta e um e sua irmã de vinte e três está grávida antes mesmo que você. - sua mãe falou irritada.
- minha irmã...está grávida?
- querida desculpe.. não contei antes por quê não queria te deixar triste.
Seus olhos se encheram e ela apenas olhou pro teste negativo em sua mão. Sua irmã que sempre detestou crianças estava grávida e ela que tanto queria um filho não conseguia.
- tudo bem. - disse com lágrimas rolando pelo rosto.
- querida...
- mãe eu preciso desligar. Nos falamos depois. - disse desligando o celular e o jogando sobre a cama.
- eu não vou desistir.
Pensou no quanto a vida era injusta e chorou amargamente.
[...]
Acordou com o despertador tocando, sua cabeça doia e seus olhos estavam ardendo de tanto chorar na noite anterior. Cansada se levantou da cama e tratou de tomar um bom banho. Era hora de ir trabalhar.
Vestiu a roupa formal e prendeu o cabelo em um coque bem alinhado. Não era muito fã de maquiagem mas era necessário amenizar os efeitos de um rosto inchado. Tomou apenas um copo de suco e logo pegou sua bolsa, entrou no seu carro e saiu rumo ao escritório de arquitetura onde trabalhava.
Chegando no escritório comprimentou a todos e logo tratou de sentar em sua mesa focando apenas em seu trabalho. Não que ela fosse uma viciada em trabalho mas sendo solitária ela tentava a todo custo se ocupar se enchendo de trabalho dia após dia.
- yuna do céu! - sua melhor amiga a comprimentou arrastando a cadeira pra perto dela mas acabou se desequilibrando e caindo de cara no chão.
- bom dia sara. - deu um leve sorriso e estendeu a mão pra amiga atrapalhada.
- obrigada. Droga de cadeira! - tirou a poeira da roupa - amiga você não sabe da maior.
- qual a fofoca dessa vez? - voltou a olhar pro computador.
- a secretária do doutor ming disse que ele fez uma reunião super importante com os sócios do escritório.
- e o que tem de mais? - não desviou o olho do computador um minuto.
- parece que eles vão escolher alguém daqui pra pegar um grande projeto de um shopping center. E advinha? Parece que você é a escolhida mas tem um porém. - ela coçou a cabeça.
- o quê? - a olhou.
- o dono do shopping é um Chinês muito conservador e só vai dar o projeto pra alguém que tenha família.
- como assim?
- é que eles tem uma filosofia boba de que suas construções são para familias logo só podem ser feitas por alguém que tenha família.
- tipo pais, tios, primos??
- não.. tipo marido e filhos. - ela fez bico.
- que injusto. - suspirei.
- eu sei. Mas você está tentando a fertilização não está? Em breve será mãe.
- fale baixo já disse que ninguém pode saber. O teste deu negativo.
- sinto muito. - sara suspirou.
- tudo bem. Irei tentar novamente.
- mas e agora? Esse projeto vai ser uma benção pro escritório e pra sua carreira. Todos vamos ganhar um aumento se ele te escolher.
- não fique preocupada. Já sei o que fazer.
- o que?
- eu irei dizer que tenho um marido.
- mas e se eles descobrem a verdade?
- não vão descobrir. Terminarei o projeto antes do prazo e dará tudo certo.
- mas amiga..
O telefone toca e ela logo atende.
- senhorita Lee?
- pois não?
- compareça a sala do doutor ming. Ele a solicita para uma reunião urgente.
- irei imediatamente. Obrigada.
Desligou o telefone e tratou de se levantar para ir logo a sala do chefe.
- é ele?
- sim.
- amiga você tem certeza que quer mentir?
- não posso fazer o escritório todo ser punido se eu perder esse contrato.
- boa sorte.
- obrigada. - respirou fundo e tratou de ir até seu chefe.
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Uma mãe para o meu bebê. - Kim Namjoon.
FanficLee yuna sempre sonhou em ser mãe mas como o homem perfeito nunca apareceu tomou a difícil decisão de ser mãe solteira indo contra sua família conservadora, após muitas tentativas frustradas foi parar na clínica do mais excelente médico especialista...