1 - Frustração.

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- por favor, por favor, por favorr. - sentada no vaso sanitário Lee yuna olhava pro teste de gravidez com expectativa.

Era a terceira vez que ela fazia todo o processo de tomar hormônios e fazer todas as consultas periódicas e a tão sonhada fertilização. Foram muito dinheiro tempo e esforço tanto físico quanto emocional mas ela estava decidida, iria ser mãe custe o que custar.

- droga. - jogou o teste negativo no chão. Era o quinto que ela fazia.

Suspirou fundo e lavou o rosto na pia. Aos trinta anos ela se sentia velha e cansada. Todas as suas amigas ja eram mães e tinham seus maridos por quê a vida tinha que ser tão injusta com ela? Olhou pro lado e o celular vibrava suspirou ao ver que era a mãe mas mesmo assim atendeu.

- alô. - disse sem ânimo.

- querida?

- hun.

- como foi dessa vez?

Não queria contar pra mãe e ter que ouvir o velho sermão de sempre mas sabia que nada podeira passar por sua mãe que ficaria insistindo até saber o resultado.

- negativo. - se limitou a dizer.

- oh querida sinto muito.

- tudo bem. Irei a clínica novamente na sexta.

- yuna querida isso só pode ser um aviso dos céus.

Lá vamos nós de novo.

- aviso de quê mãe.. - revidou os olhos.

- encontre um bom marido e tenha filhos da forma natural.

- mãe por favor..

Suspirou lembrando do último relacionamento onde pegou o noivo na cama com sua melhor amiga. Para casar era necessário confiança e yuna não conseguia mais acreditar em ninguém.

- yuna até quando pretende prosseguir com isso? Pelo amor você quer ter um bebê que é feito em laboratório.

- mãe não é bem assim.

- pra mim é! Querida só estou preocupada com você. Por quê não vai mais a encontros às cegas como antes?

Houve uma época em que por capricho da mãe ia a encontros arranjados o que só a fez ficar mais traumatizada pois em um desses encontros sofreu uma tentativa de estupro, o que ela mantinha em segredo de todos.

- mãe isso não funciona mais hoje em dia. É muito cafona.

- funciona sim. Sua irmã mais nova por exemplo, não casou com um médico que conheceu em um encontro as cegas?

Yuna suspirou mais uma vez. Ser comparada a outras mulheres já era difícil imagina ser comparada a irmã mais nova. - mãe eu não quero.

- yuna até quando vai se afundar nessa obsessão por ter um filho sozinha? Você já vai fazer trinta e um e sua irmã de vinte e três está grávida antes mesmo que você. - sua mãe falou irritada.

- minha irmã...está grávida?

- querida desculpe.. não contei antes por quê não queria te deixar triste.

Seus olhos se encheram e ela apenas olhou pro teste negativo em sua mão. Sua irmã que sempre detestou crianças estava grávida e ela que tanto queria um filho não conseguia.

- tudo bem. - disse com lágrimas rolando pelo rosto.

- querida...

- mãe eu preciso desligar. Nos falamos depois. - disse desligando o celular e o jogando sobre a cama.

- eu não vou desistir.

Pensou no quanto a vida era injusta e chorou amargamente.

[...]

Acordou com o despertador tocando, sua cabeça doia e seus olhos estavam ardendo de tanto chorar na noite anterior. Cansada se levantou da cama e tratou de tomar um bom banho. Era hora de ir trabalhar.

Vestiu a roupa formal e prendeu o cabelo em um coque bem alinhado. Não era muito fã de maquiagem mas era necessário amenizar os efeitos de um rosto inchado. Tomou apenas um copo de suco e logo pegou sua bolsa, entrou no seu carro e saiu rumo ao escritório de arquitetura onde trabalhava.

Chegando no escritório comprimentou a todos e logo tratou de sentar em sua mesa focando apenas em seu trabalho. Não que ela fosse uma viciada em trabalho mas sendo solitária ela tentava a todo custo se ocupar se enchendo de trabalho dia após dia.

- yuna do céu! - sua melhor amiga a comprimentou arrastando a cadeira pra perto dela mas acabou se desequilibrando e caindo de cara no chão.

- bom dia sara. - deu um leve sorriso e estendeu a mão pra amiga atrapalhada.

- obrigada. Droga de cadeira! - tirou a poeira da roupa - amiga você não sabe da maior.

- qual a fofoca dessa vez? - voltou a olhar pro computador.

- a secretária do doutor ming disse que ele fez uma reunião super importante com os sócios do escritório.

- e o que tem de mais? - não desviou o olho do computador um minuto.

- parece que eles vão escolher alguém daqui pra pegar um grande projeto de um shopping center. E advinha? Parece que você é a escolhida mas tem um porém. - ela coçou a cabeça.

- o quê? - a olhou.

- o dono do shopping é um Chinês muito conservador e só vai dar o projeto pra alguém que tenha família.

- como assim?

- é que eles tem uma filosofia boba de que suas construções são para familias logo só podem ser feitas por alguém que tenha família.

- tipo pais, tios, primos??

- não.. tipo marido e filhos. - ela fez bico.

- que injusto. - suspirei.

- eu sei. Mas você está tentando a fertilização não está? Em breve será mãe.

- fale baixo já disse que ninguém pode saber. O teste deu negativo.

- sinto muito. - sara suspirou.

- tudo bem. Irei tentar novamente.

- mas e agora? Esse projeto vai ser uma benção pro escritório e pra sua carreira. Todos vamos ganhar um aumento se ele te escolher.

- não fique preocupada. Já sei o que fazer.

- o que?

- eu irei dizer que tenho um marido.

- mas e se eles descobrem a verdade?

- não vão descobrir. Terminarei o projeto antes do prazo e dará tudo certo.

- mas amiga..

O telefone toca e ela logo atende.

- senhorita Lee?

- pois não?

- compareça a sala do doutor ming. Ele a solicita para uma reunião urgente.

- irei imediatamente. Obrigada.

Desligou o telefone e tratou de se levantar para ir logo a sala do chefe.

- é ele?

- sim.

- amiga você tem certeza que quer mentir?

- não posso fazer o escritório todo ser punido se eu perder esse contrato.

- boa sorte.

- obrigada. - respirou fundo e tratou de ir até seu chefe.

Uma mãe para o meu bebê. - Kim Namjoon.Onde histórias criam vida. Descubra agora