𝐅𝐎𝐎𝐋𝐒, calango

06 | mari

Ligo o computador e recebo mensagens pelo whatsapp web da Sayuri me convocando para uma clamada partida de gartic, como uma profissional, não pude negar tal oportunidade. Clico no link do Google meeting revelando, ela, Rafael e Calango.

"Oi gays." Falo sorrindo. "Bo jogar, bo."

"Aí não, tu sempre desenha feio." Rafael reclama e eu mostro meu dedo do meio.

"Sayuri, seu namorado ta me irritando." Falo com voz de criança.

"Você sabe que ele tem razão."

"Isso é um complô contra a minha pessoa!" Faço um biquinho. "Bora logo jogar pra eu ganhar."

Falo entrando na sala e iniciando o jogo, o primeiro a jogar era o Lange, ele começa fazendo algumas linhas no chão e depois começa a desenhar algo que parecia uma vaca, um celeiro que parecia mais com uma montanha e depois algo caindo do céu como se fosse chuva. Digito vaca, fazenda e similares e errava, enquanto todos já tinha ganhado.

"Cara, vocês tão ROUBANDO!" Falo estressada.

"Você que é lerdinha." Thiago diz rindo.

"Vai se foder!" O tempo da frase deu para acabar meu tempo e a resposta era dinossauro. "COMO ASSIM 'DINOSSAURO'? VOCÊ FEZ UMA VACA!" Grito.

"Era um dinossauro, Marianna." Rafael fala rindo.

"Mas tinha até a chuva na fazendinha, tinha um celeiro." Falo me acalmando.

"Mari, era um meteoro e o celeiro era uma montanha." Thiago fala rindo e eu reviro os olhos.

"Vocês tavam roubando!" Falo brava e a Sasa ri.

O jogo anuncia que era a minha vez, a palavra era joelheira, eu desenho um pé e ponho uma tornozeleira de polícia, eu me sinto satisfeita com o meu trabalho de desenhista.

"Égua vai se foder, Mari!" Rafael reclama.

"Pior que tu desenha mal mesmo." Calango complementa.

"Tudo inveja de vocês do meu talento desenhista!" Falo cruzando os braços.

O tempo acaba e aí eu me toco que era joelheira e não tornozeleira.

"Me lembrem de não chamar mais a Marianna pra jogar com a gente." Flávia fala.

"Vocês são muito cruéis!"

O Jogo anuncia que o jogador da partida era o Calango, ele começa desenhando alguém com uma flor e outra pessoa aceitando a flor, depois fazendo duas setas e escrevendo o nome dele e o meu.

"Que fofo, Lango xonadinho." Lange diz e mesmo estando longe, eu podia sentir as bochechas do loiro corarem.

Com um pouco de tempo, Rafael logo acerta, depois de mais algumas tentativas, Sayuri também acerta e eu fico tentando palavras como burro e não ia, o tempo acaba e eu decido me pronunciar.

"Qual era a palavra?" Pergunto e escuto um pequeno riso de todos.

"Sonho."