28 - Pierre

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Capítulo 28

Eu resolvi dar uma chance para a minha mãe, Oscar conversou bastante comigo sobre isso e meu pai também, então chamei ela pra conversar e resolver as coisas, ela quis ir em uma cafeteria, vesti um vestido preto, meus shorts estavam todos apertados. Oscar me levou até o local e depois foi embora. Entrei e minha mãe estava sentada em uma mesa nos fundos da loja.

_Oi, filha. Que bom que veio. -ela disse se levandando e me abraçando-.

_Oi, mãe. - eu disse retribuindo o abraço-.

Nos sentamos e eu não quis beber nada, ela pediu um café pra ela.

_Bom, Aléxia. Eu queria muito que você fosse morar comigo, eu tenho certeza que você vai gostar de lá, vou fazer um quarto pra você, um pro bebê, não vai precisar trabalhar e viver uma vida miserável com o.. -eu a interrompi irritada-.

_Mãe, eu não to acreditando que você me chamou aqui pra falar disso! Você disse outra coisa no telefone. -eu disse completamente irritada-.

_Alexia, calma. Eu só estou falando a verdade, filha. Eu não quero ver você na pior. -ela disse pegando minha mão e eu tirei sua mão da minha-.

_Olha, mãe. Eu tentei de verdade fazer tudo ser diferente, tentei conversar com você, te dar mais uma chance mas eu tô vendo que foi tudo em vão. -eu disse me levantando dali-, Nunca mais dirija uma palavra a mim. -eu disse e sai dali completamente irritada, ela gritou algumas coisas mas eu nem ouvi só sai dali-.

Sai dali e liguei para Oscar, queria que ele viesse me buscar pra eu conversar com ele.

Estava sentada em um banco esperando Oscar chegar e um senhor se aproximou de mim.

_A senhorita poderia me ajudar, eu não conheço aqui e estou perdido. -ele disse gentil e eu assenti-.

_Claro. -eu disse me levantando e o segui-.

Ele foi até um carro e pegou um mapa.

_Onde eu estou? -ele me mostrou o mapa mas não prestei atenção porque a tatuagem que ele tinha no pulso me deixou intrigada-.

_Essa tatuagem.. -antes mesmo de eu falar ele gargalhou e senti algo tampar meu rosto-.

Puta merda de novo não, me empurraram para dento de um carro, eu estava desesperada e com medo de algo acontecer com meu bebê, eu pedia a Deus pra me ajudar e pedia também para que Oscar me achasse.

Pov Oscar

Depois de conversar várias vezes com Alexia para que ela desse mais uma chance a mãe dela, ela acabou concordando. A levei lá mas logo ela me ligou de novo pedindo pra que eu fosse buscá-la, provavelmente tudo teria dado errado. Estava vestindo camisa pra ir buscar ela quando Juan entra no quarto.

_Spooky, o Pierre está na cidade. -ele disse e eu o olhei sem entender-.

_O que?

_Seu vô está na cidade, alguns cara viram ele. -ele disse e eu não disse nada apenas peguei meu carro e fui de encontro a Alexia o mais rápido possível, aquele desgraçado não seria capaz... -.

Cheguei lá e ela não se encontrava, sai do carro e fui procurar em alguns lugares, na praça e na cafeteria, não achei nem ela e nem a mãe dela.
Eu vou matar aquele desgraçado.

Pov Alexia

Chegaram em um lugar e me tiraram do carro rapidamente, eles ficavam calados.

_Onde eu estou?! -perguntava gritando em vão ainda com um capuz na cabeça-.

Amarraram minhas pernas e minhas mãos e então tiraram o capuz da minha cabeça e era uma sala cheia de homem mas apenas um sentado, o mesmo senhor que me pediu ajuda.

_Acha que pode fazer Oscar sair da gangue? -ele perguntou calmo e soltando a fumaça de um charuto-.

_Quem é você? -eu perguntei, mas parando pra pensar nele, na tatuagem, tenho certeza que é o avô de Oscar-.

_Responde a minha pergunta. -ele disse irritado-.

_Oscar me ama. -disse isso e todos da sala riram debochados-.

_Não, vadias são todas iguais. E você foi bem espertinha, né? Já engravidou de cara. Ta querendo acabar com a gangue? -ele perguntou debochado-.

_Seu velho louco. -eu disse editando ele se aproximou-.

_Acha que consegui te trazer aqui como? -ele parou em minha frente e perguntou-, Eu apenas dei uns trocados para a sua mãe, dizendo a ela que iria ajudá-la a te tirar da cidade e você confiou nela mais uma vez. -ele disse aquilo e meu mundo caiu, não estava acreditando que minha mãe tinha feito isso-.

Eles me levaram para um quarto da Casa. Me colocaram lá. Eu não sei se eles são burros ou estavam com medo de me tocar por estar grávida mas nenhum deles me revistou, meu telefone estava comigo, peguei mas não tinha sinal algum, andei de uma lado pro outro no quarto tentando fazer pegar algum sinal e felizmente deu sinal, tinha várias ligações de Oscar, mensagens, ligações dos meus amigos e do meu pai. Apenas mandei a localização para Oscar com medo de alguém entrar no quarto, quando desliguei a tela ouvi alguém abrir a porta e escondi o telefone em baixo do colchão da cama que eu estava sentada.

O velho nojento entrou no quarto e me puxou bruscamente pelo braço e me levou até a sala do local de novo, eu estava pedindo a Deus pra mandar Oscar ali pra me salvar.

O avô de Oscar me levou para a sala onde somente ele estava, me algemou na cadeira, por ele está sozinho suponho que esteja tramando algo. Não demorou muito e derrubaram a porta. Olhamos para a porta assustados e era Oscar e Juan. Levantaram as blusas mostrando estarem desarmados. Eu fiquei tão feliz em vê-lo ali, eu queria poder ir abraçá-lo mas não podia. Ele não tirava os olhos de mim.

_Agora a festa ficou melhor. -o avô dele falou vendo ele parado na porta-.

_O que eu te falei com você sobre isso? -Oscar se pronunciou olhando para o avô dele-.

_Eu não fiz nada de mais, fiz? -ele perguntou debochado-.

_Se você tiver encostado a mão nela você tá morto.. -Oscar disse travando o maxilar-.

_Relaxa, ninguém encostou nela. -ele disse-, deixamos até ela com o telefone pra te avisar onde estava.

_O que você quer, Pierre? Ninguém te fez mal. -Juan disse olhando para o avô de Oscar-.

_Estão querendo acabar com com meu patrimônio, com o que eu levei anos para construir. -ele disse irritado.

Escutamos um barulho de carro na rua e passos de alguém se aproximando, quando chegou na porta era minha mãe, ela estava com cara de choro e me olhava.

_Filha me desculpa, eu não queria. Eu quero o melhor pra você. -ela disse chorando-.

O Pierre a olhou, Minha mãe tirou uma arma da bolsa e apontou para Oscar, eu fiquei desesperada com aquilo, minha mãe estava ficando louca.

Impossíble | Oscar Diaz (revisando) Onde histórias criam vida. Descubra agora