Capítulo Dezenove.: Alma

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    Por um erro no computador estou tendo de repostar, desculpe.

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O demônio estava seguindo o rastro dos humanos que havia deixado partir, gostava desta brincadeira de caçar os animais mais fracos e a inteligência humana deixava mais divertido, pois eles ignoram seus instintos e isso eram exitante, eles pensam demais tentam saber como um deus pensa e esquecem que são meros lixos da terra, restos imperfeito da criação com a única utilidade de servir, são escravos das entidades e dos mais fortes, se ao menos fossem como os antigos povos da terra ele ao menos os mataria com mais respeito. O cavaleiro queria gargalhar, sentiu o cheiro de um sangue antigo diluído com gerações de impuros, mas ainda é forte, uma índia, desde seu selamento não caça um ser tão instintivo.

Izabel é instintiva, mas não sabe do tamanho do poder que corre em suas veias e agora talvez nem tenha oportunidade para tal, ele a caçaria e testaria seus instintos, ela depende deles para sair respirando de uma situação dessas, os índios o chamavam de Anhanga, e outros muito nomes muito mais divertidos, eles não os usava e mesmo assim aterrorizava cada tribo, os cristãos de diabo, mas ele jamais aceitou nenhum nome dado por mortais sujos, confessa que algumas vezes usou do nome Anhangá, mas jamais deixaria que o ofendessem o nomeando de diabo, gosta de infernizar a esse putinhos, principalmente quando ateve na Europa durante a idade das trevas, apesar de ser um caçador nato sempre odiou injustiças e por isso os caça, ele fez justiça a quem clamou com todo o seu ódio por ela, realizou os desejos de maiores intensidades, não era a essência de sua criação, jamais foi, mas promover chacinas e matanças sempre foi do seu agrado e ele não nega.

Izabel estava mais alerta, uma maior concentração de perigo se prendendo ao seu corpo, é ele a rastreando, a atacando com sua energia e ela não sabe se defender de ataque como esse e nem os bloquear com efetividade, instintivamente sua mãos foram para o colar dado por sua avó, a águia de sua tribo foi passada a ela antes de sua morte, importante demais para sair de seu alcance, a ave tem suas propriedades mágicas oculta aos poucos saberes europeus que fizeram questão de o esquecer e ela criada por seu pai recheado de preconceito com as crenças de sua família materna jamais a deixou conhecer esse caminho, ah se Izabel soubesse como manusear com sabedoria seu amuleto, poderia sair desta enrascada com ou sem ajuda.

Eles saíram do túnel, olharam para trás talvez pensando em retornar mas a passagem havia desaparecido, João olhou a sua volta, conhece essa trilha, mais próxima a cidade onde deixaram suas coisas, se forem rápidos em menos de uma hora estarão fora da trilha, ele voltou a guiar o grupo, Iza agitada queria seguir outro caminho, seus instintos estavam em guerra com a sua razão, ela não sabia qual deveria ouvir, ela tem de seguir seus amigos para sair viva, ela tem. Mas aquele sentimento estava impregnado nela, querendo tirar ela dali, mas a mão de Rafael segurava a sua, fazendo sua razão entrar em conflito com seus instintos.

Eles precisaram parar por um momento para tomar folego, suas gargantas estavam secas e pediam por água, suas pernas doíam pela constante corrida, nenhum deles por mais atlético que seja havia corrido tanto em uma unica noite, e as coisa não parariam por ali, todos sabiam disto, Bella se aproximou de Iza, ela sentiu que a amiga precisava de um abraço e sem falar nada naqueles cinco segundos ela a abraçou. Izabel grudou nos cabelos de Bella e a beijou, a adrenalina começou a correr por todo o corpo da jovem, todos a olharam assustados, a boca de Rafael caiu em um perfeito "O", ninguém a impediu, nem mesmo Bella que retribuiu, pois a menina clamava por ela sedenta e com desespero, ela sentia emanando de suas energias, Iza precisava deste contato para se acalmar. Quando se afastaram nenhuma sorria, elas não estava feliz com toda a situação que viria a seguir.

- Ele vem atras de mim.- Ela afirmou, estava claro como a água, ela via com os olhos da águia pois ela a chamou, pediu para ser guiada por seus guardiões.- Sigam seus caminhos e não veem atras de mim.

Ela estava pronta para partir, Julia a abraçou apertado impedindo a saída imediata da mulher e João fez o mesmo. Izabel saiu correndo para dentro da mata deixando seus instintos a guiarem , ela é uma caçadora que virou um presa, o mais forte caça o mais fraco e ela trataria de dificultar essa caçada, sabendo sua posição nesta difícil hierarquia trataria de ser o mais esquiva possível.

Quando ficou sozinha chamou por sua avozinha, suplicou que ela a ajudasse, era a ultima mulher de sua geração que tinha contato com todos os seres da natureza, que os chamava e lidava com eles. Izabel viu passar ao seu lado um vulto branco que aos poucos foi tomando a forma um leopardo a encarava, o animal a analisou dos pés a cabeça e tomou forma humana, a garita se assustou ao ter diante de si sua avó, ela não aguentou e a abraçou.

- Finalmente você ouviu o que há dentro de seu peito.- A avó retribuiu o abraço da mulher crescida a sua frente.- Só lamento que tenha de ser nesta circunstâncias.- Ela soltou-se de Iza.- Vamos não temos tempo a perder.

    A senhora voltou a se transformar em um  animal, seu espirito é livre e está ligado a terra, ela conhece tudo e sabe como guiar com perfeição Iza ao seu destino, a mulher seguia o leopardo pisando da mesma forma que ele, sem saber que era possível se tornou capaz de enxergar no escuro, nada passava despercebido de sua visão, ela não havia notado as sutis diferenças , mas sua avó sim, quando temos um motivo para lutar nos agarramos a ele com força e encontramos dentro de nos mesmo a força necessária e a força de Izabel se unia aos poucos sem relutância alguma da parte da mulher, ela se unia gradativamente aos seus instintos ouvia o ser que habita em si, seu animal interior não estava agitado, é calmo e preciso capaz de lhe amparar neste momento de necessidade. 

O Depoimento de Bella NomikosOnde histórias criam vida. Descubra agora