Capítulo Vinte e seis.: Pulsante

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    Julia sentiu-se aliviada quando encontraram com outros campistas, havia alguns homens e mulheres, entre eles algumas crianças na faixa etária de sete anos, todos assustados. Um homem estava armado com um pedaço de pau e outro com uma forquilha, Rafael queria perguntar ao cara onde ele havia achado a forquilha, mas quando de aponta uma desas para um ponto veraneável de seu corpo o melhor é ficar calado. Uma das mulheres que os acompanhava fez os homens abaixarem as armas, o estado de cada um deles é lastimável, todos estão sujos e desarmados, incapazes de se defender.

    joão com sua infinita sabedoria achou que o melhor seria tomarem caminhos diferentes, a melhor escolha para os dois grupos, mas Rafael e Bella alheios a verdadeira intenção do que os perseguia achava por bem ajuda-los, havia dentre eles crianças e estas são as mais vulneráveis, se ambos não fossem seus amigos o outro casal os teria deixado ali mesmo a deriva a ver navios. Eles voltaram a caminhar os novos integrantes interagiam com Bella, eles não haviam sido ameaçados pela criatura que os perseguia, talvez essa nem os incomodasse, mas eles ouviram os gritos de cada uma de suas vitimas e acharam melhor abandonar ao acampamento e seguirem para a estrada, a forquilha estava no carro de um dos homens que deixou por alto está questão de extrema irrelevância a qual Rafael insistia.

    Um estrondo por todos foi ouvido, uma das crianças próxima a Bella agarrou-lhe a cintura para tentar ter algum conforte e segurança, está passou a mão pelas costas da menina a confortando, uma de suas memorias veio a tona no exato momento, Samira havia lhe feito o mesmo carinho quando estiveram em uma situação inusitada, nem um pouco semelhante a está, não se lembrava com clareza apenas o sentimento de pavor lhe veio a mente e este se refletiu em seu corpo, ela não está com o mesmo medo agora.

    Izabel foi jogada contra uma árvore, não conseguia se lembrar quantas vezes já foram, ela sempre se levanta, mas desta vez está cansada demais para consegui levantar-se e permanecer de pé, apoiou-se na árvore para poder o olhar, ela precisa levantar-se por suas amigas. O corpo da menina pede por tranquilidade, seu copo todo doí, ela está ferida a garra dele penetrou em diversos pontos de sua carne, mas seu veneno de alma não surtiu efeito na mulher, a força bruta foi sua única fraqueza, mas se engana quem acha que ela não o feriu, ele está mais fraco, as sombras que o rodeava estão falhas para ela, lhe permitindo ver a verdadeira forma dele, poderia suspirar pela beleza monstruosa dele se suas emoções voltarem a tona, talvez nem mesmo assim o fará, seus pulmões estão dificultando gradativamente a passagem de ar, a adrenalina a impede de gritar todas a suas dores e são muitas, ela tentou se colocar de pé mais uma vez e falhou arrancando uma gargalhado de seu agressor. Izabel caiu e gradativamente foi perdendo a consciência, perguntou a si se morreria assim, sozinha sem ninguém, não estava com medo, sentiu-se forte e realizada, pois lutou pelo que acreditou.

    Ele puxou um galho de árvore e o afiava enquanto observa a menina divagar sobre sua existência, perdendo levemente a consciência, o controle de Izabel sobre o corpo foi diminuindo gradativamente, ele havia feito um bom trabalho, ela com certeza estava com alguma hemorragia interna, não teria tempo de perceber, levantou-se e se pôs diante da menina, lhe concederia o prazer de ver a maior beleza de toda a criação antes de perder a consciência, ela merece, foi resistente e uma de suas melhores caçadas, talvez jamais encontre alguém que a supere, ela mostrou que é feira de ferro e banhada sobre a lua como todas as descendentes do antigo, merece a honra de um fim digno, a lança feita com cuidado e precisão por ele continham os símbolos da vida após a morte.

    - Não!- Uma figura branca apareceu em sua frente indistinguível.- Ela é essencial para o equilíbrio, não faça isso Abadon.- Izabel sentiu um calor lhe confortar e apagou de vez.

    - Ela já está morta mesmo.- Abadon olhou em direção a menina, ela estava de fato morta, ele não a sentia.

    Sem se importar de dar uma despedida adequada a sua presa saiu andando, essa porra de equilíbrio que se foda! O ser se afastou com sua arma em mãos, acharia outra utilidade mais divertida para ela, Abadon deu um pulo saltando para o ar, suas asas lhe auxiliaram para ganhar altitude, ele planou sobre o ar, sendo revestido pela camada de pavor que tinha guardado ali, sua visão de águia encontrou o que procurava, a brincadeira havia acabado, ou talvez começaria de uma forma mais intensa, ele sentou-se na copa das árvore ocultando-se e observando um grupo grande reunido, será divertido, mas não tão bom quanto foi brincar com Izabel, pena que não consegui lhe enviar de presente a guardião entre os mundos, ela amaria este belo presente, mas em breve terão outros tão dignos quanto.

    João começou repentinamente a passar mal, seus olhos se reviravam e ele caiu no hão, parecia estar tendo uma convulsão o que chamou a atenção de todos, uma mulher o amparou, ela é enfermeira e estava apta a socorre-lo, ela o virou, e isso acalmou um pouco a situação. João se levantou, seus olhos varreram todo o local, uma das crianças que estava próxima a ele antes o agarrou pela cintura. O rapaz pegou o fedelho pelo pescoço esse humano imundo ousou lhe tocar, sua mão penetrou a caixa torácica da criança e segurou seu coração o arrancando do peito, a criança foi jogada longe enquanto João apreciava o coração pequeno do fedelho.

    -  Me deem o que meu mestre deseja e o restante será polpado.

    Julia notou a clara diferença na voz, João foi possuído e ela não sabe se tem forças para tirar essa porra dele, todos recuaram um passo, todos ficaram abalados com a cena, Bella entrou em choque ao ver o corpo desfalecido da criança estirada no chão e o coraçãozinho dela sendo arremessado em sua direções, o órgão acerou em cheio o rosto da mulher fazendo o demonio sorrir para ela.

    - Corram!

O Depoimento de Bella NomikosOnde histórias criam vida. Descubra agora